5 pontos a serem considerados sobre o Natal

Uma época tão significativa como o Natal merece considerações profundas.

Erika Strassburger

Dezembro é, para a maioria cristã, a melhor época do ano. O espírito do Natal enche nossos corações de alegria e esperança. Sentimos algo diferente, um sentimento doce, um desejo de sermos melhores, uma vontade de abraçar as pessoas.

Quando pensamos acerca do Natal, as lembranças mais marcantes dizem respeito aos momentos agradáveis que passamos com aqueles que amamos, a mesa farta, a beleza dos ambientes, as luzes brilhantes e o cheiro de comida no ar.

Mas há algo mais grandioso a ser considerado sobre o Natal. Coisas que não são muito lembradas, menos ainda ponderadas. Vejamos quais são elas:

1. O personagem principal

A humanidade associa o Natal a uma figura fictícia muito carismática: o Papai Noel. Um bom velhinho que tem como missão alegrar o coração das crianças com lindos presentes. Mas e o principal personagem do Natal? Qual o espaço que Ele ocupa nesse evento?

Jesus Cristo, o filho de Deus, aquele que foi enviado para esta terra com a maior de todas as missões: resgatar a humanidade do pecado e da morte, é o maior motivo para comemorarmos o Natal. O Seu nascimento, vida, morte e ressurreição afetam toda forma de vida sobre a terra.

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Será que voltamos nossas mentes e corações ao aniversariante? Temos nos lembrado de convidá-lo para nossos lares?

2. Os presentes

Faz parte da tradição natalina a troca de presentes. Ficamos realizados ao fazermos a alegria daqueles que amamos comprando-lhes presentes especiais.

O menino Jesus foi especialmente presenteado pelas mãos de homens sábios, divinamente inspirados. As escrituras fazem o seguinte relato: “E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra.” Mateus 2:11

Esses presentes valiosos foram muito importantes para a família de Jesus. Eles podem ter sido sua fonte de subsistência durante muito tempo, pois não sabemos se José podia trabalhar naquela época, visto que o Rei Herodes ordenou a morte de todos os meninos abaixo de dois anos. Ele precisou esconder o menino Jesus até a morte do Rei Herodes.

E nós, que presente temos oferecido ao aniversariante? Estaríamos dispostos a seguir Seu exemplo e guardar Seus mandamentos como uma oferta ao nosso Salvador?

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3. As visitas

Ficamos felizes ao estar com aqueles que amamos durante o Natal. Na medida do possível reunimos nossos familiares, que vêm de todas as partes, ou convidamos os amigos mais íntimos para confraternizarem conosco.

E quanto à Maria e José? Maria teve um filho e não pôde contar com a ajuda das mulheres de sua família. José não tinha nenhum familiar por perto para compartilhar esse momento. Eles não tiveram ninguém com quem podiam contar. Eles estavam sozinhos, na companhia dos animais. Receberam a súbita visita de desconhecidos, os pastores que estavam no campo, que foram avisados por anjos sobre o nascimento de Jesus.

O Salvador certamente tem um carinho muito especial por aqueles que se sentem sozinhos, abandonados ou, de alguma forma, isolados do mundo nesta época. Estaríamos dispostos a fazer a alegria de uma pessoa solitária, convidando-a para estarem conosco neste Natal? Ou sairíamos do conforto do nosso lar para visitar alguém que estivesse sozinho ou doente?

4. A decoração

Uma das coisas que mais nos alegram nessa época do ano é a beleza das decorações das ruas, casas e comércios. Regozijamo-nos em enfeitar a nossa casa, montar a árvore, decorar a mesa. Escolhemos nossa melhor toalha e as melhores louças. Tudo precisa estar impecável.

Agora pensemos no ambiente em que Jesus nasceu. “E [Maria] deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” Lucas 2:7

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Um estábulo não costuma ser um lugar agradável para se passar a noite. Não havia conforto nem beleza. O cheiro não deveria ser dos melhores. Teve Maria um lugar macio para se acomodar? Pôde José repousar naquela noite? A manjedoura onde deitaram o menino era confortável?

Agora, pensemos acerca de nós mesmos: temos expressado nossa gratidão a Deus pelo lugar que temos para repousar? Estamos satisfeitos com o que temos? Estaríamos dispostos a oferecer pouso a alguém que estivesse precisando?

5. O banquete

A mesa farta costuma ser um marco do Natal. Alimentos típicos exalam seu aroma pela casa, encantam nossos olhos e satisfazem nosso paladar.

Qual deve ter sido a refeição da sagrada família naquela noite? Será que Maria se alimentou adequadamente? Ela acabara de ter um filho, precisava repor suas energias. Além disso, eles estavam exaustos, pois haviam viajado durante muito tempo antes de chegar a Belém.

Foi-lhes negado um lugar para passarem a noite, será que lhes deram pelo menos o que comer? Será que não nos preocupamos demais com as guloseimas de Natal? Estamos dispostos a compartilhar nosso alimento com os famintos?

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Essas são algumas coisas importantes a serem consideradas nesta época do ano. O primeiro Natal não foi um acontecimento luxuoso, não houve festa, banquete ou reunião de amigos e parentes. Os presentes ofertados pelos magos chegaram algum tempo depois, quando Jesus já era um menino. Jesus Cristo, mesmo sendo filho de Deus, nasceu nas mais humildes condições.

Ele espera que possamos ver essa época tão significativa com olhos mais espirituais. Que pensemos mais nos outros e menos em nós mesmos. E que empenhemos a mesma energia e disposição, despendidas nos preparativos de Natal, em causas nobres, através das quais aqueles que mais necessitam podem ser abençoados.

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.