5 problemas de autoestima que podem surgir na adolescência

Os problemas de autoestima em adolescentes podem ter consequências devastadoras. Fique atento a esses sinais para conseguir ajudá-los a tempo.

Adriana Acosta Bujan

Quando nós, adultos, ouvimos a palavra adolescência, muitas vezes pensamos em jovens rebeldes, apáticos, irresponsáveis ​​e descomprometidos. Em suma, “problemáticos”.

Pois bem, é verdade que essa fase de mudanças na transição da infância para a puberdade é complicada e, às vezes, difícil para os pais enfrentarem. No entanto, é uma fase valiosa que oferece infinitas possibilidades para o desenvolvimento da autoestima, identidade e personalidade dos jovens.

Nessa fase importante de mudanças, é preciso compreender que os adolescentes sentem-se ora crianças, ora adultos, pois estão em permanente transição para enfrentar o mundo adulto. Por isso sua autoestima às vezes fica abalada, devido à grande influência que têm em casa, na escola e nas mídias sociais.

A autoestima é definida como o conceito que se tem de si mesmo, quando os adolescentes definem sua identidade e personalidade. Eles arriscam sua autoestima com frequência para se sentirem parte de um grupo social. Em outras palavras, os adolescentes se deixam influenciar pela sociedade para se sentirem aceitos, o que coloca em risco o conceito que têm de si mesmos.

Problemas com a autoestima

Os adolescentes costumam dar sinais para nós (adultos) quando têm algum problema de autoestima. E, claro, eles fazem isso inconscientemente. Mas devemos ficar atentos, pois os problemas de autoestima, se não tratados a tempo, podem trazer graves consequências. Tanto que, às vezes, a baixa autoestima põe suas vidas em risco.

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Quais são esses problemas?

1. Distúrbios alimentares

Alguns alunos meus contaram que seus pais diziam que eles eram “gordos”. Comentários desse tipo têm um impacto enorme na autoestima dos adolescentes. Desde cedo, eles se acham gordos, obesos e não se aceitam como são, o que leva muitos deles a desenvolverem distúrbios alimentares.

Inclusive, sabemos que nessa fase de mudanças físicas e psicológicas, os adolescentes estão em constante busca de sua identidade. Eles começam a se sentir atraídos pelo sexo oposto e isso também é um gatilho para que sofram de transtornos alimentares, pois querem se sentir atraentes e aceitos pelos outros.

Portanto, é importante observar atentamente o comportamento de nossos filhos adolescentes, pois às vezes eles deixam de comer por horas, até dias, ou provocam vômito depois de comer. Sendo assim, não hesite em observar seus filhos, e se detectar algum comportamento atípico, procure ajuda de um especialista, não deixe passar despercebido.

2. Isolamento social

Os adolescentes com baixa autoestima tendem a ser antissociais, tímidos e introvertidos. Por se sentirem muito inseguros e com pouco amor-próprio, preferem se isolar da sociedade por medo de serem julgados ou criticados. 

O problema é que, ao não se relacionarem com os outros, fica difícil para eles estabelecer relacionamentos na vida adulta, o que faz com que se sintam rejeitados, afeta não apenas sua autoestima, mas também o conceito que eles têm sobre seus pontos fortes.

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Em casos assim, é importante motivá-los a praticar alguma atividade física ou esporte de grupo, talvez futebol, vôlei, balé, entre outros.

3. Automutilação

Alguns adolescentes acham que fazer cortes na pele dos braços, pernas ou qualquer parte do corpo é uma brincadeira sem importância. Porém, é um sinal de baixa autoestima, pois, muitas vezes, fazem isso pensando que se machucar é uma boa forma de se punir, porque se sentem culpados por serem como são. Eles também fazem isso para chamar atenção dos adultos e, assim, sentirem-se ouvidos e compreendidos.

Especialistas afirmam que a automutilação na adolescência sinaliza algum tipo de sofrimento, tais como negligência, abuso sexual, físico ou emocional, ou algum trauma de infância (problemas familiares, morte de entes queridos), entre outros.

4. Baixo desempenho escolar

Devido ao isolamento social e baixa autoestima, os adolescentes muitas vezes têm dificuldade para se concentrar e concluir seus trabalhos escolares. Eles não põem fé em suas habilidades, acham que não têm talentos, têm medo de serem expostos em público se cometerem erros, por isso param de se esforçar.

Esse baixo rendimento escolar está relacionado com a depressão. Eles não sentem mais motivação por não esperarem nenhum tipo de recompensa. Costumam dar a desculpa de estarem cansados ​​e não entenderem o conteúdo.

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5. Conflitos familiares

Às vezes, o baixo conceito que têm de si mesmos causa conflitos frequentes com os pais, pois eles querem ser ouvidos e compreendidos, mas não recebem o que desejam. Por isso, tornam-se rebeldes, violando as regras e os limites estabelecidos em casa.

Nesses casos, os adultos devem entender que seus filhos adolescentes estão constantemente em busca de sua identidade e por isso se tornam verdadeiros rebeldes ao tentar defender suas concepções.

A baixa autoestima em adolescentes é um problema sério e deve ser tratado por um especialista. Lembre-se de que é importante ter uma boa comunicação com eles e aprender a ouvi-los, pois eles só querem se sentir apoiados pelos pais. Portanto, não ignore os sinais de que sua autoestima está fragilizada e faça o que for preciso para ajudá-los.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original 5 problemas de autoestima en la adolescencia

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Adriana Acosta Bujan

Adriana Acosta estudou comunicação, é mãe de um adolescente, e atualmente se dedica em ensinar e pesquisar em nível universitário em Puerto Vallarta. Publica seus textos esperando que ajude as pessoas com suas vivências úteis.