5 venenos que mantêm uma mulher em uma relação tóxica – e seus antídotos

Se você vive um relacionamento destrutivo e não sabe como sair dele, este artigo pode facilitar as suas reflexões.

Suely Buriasco

Antes de iniciarmos nossas reflexões precisamos esclarecer o que pode ser definida como sendo uma relação tóxica:

  • O marido só sabe criticar. Uma pessoa que nunca elogia ou reconhece o lado bom de seu cônjuge é alguém negativo, controlador, que destrói os laços dos bons sentimentos, portanto, é uma pessoa tóxica. Mulheres que aceitam viver assim, quase sempre possuem baixa autoestima e deixam que se estabeleça uma relação pela qual o marido domina e ela obedece.

  • Ele é desleal. O marido não é comprometido com o casamento e já nem se acanha com a própria infidelidade, não se compromete afetivamente e ainda é desonesto nas questões financeiras, estabelecendo uma relação destrutiva.

  • Ele é um viciado incorrigível. Qualquer tipo de vício compromete a saúde da relação e destrói a possibilidade de uma vida satisfatória. A relação é doente quando o marido não aceita mudar e, pior ainda, cultiva seus vícios, obrigando a mulher a se render a eles.

Se você tem vivido uma relação assim, entende que precisa sair dela, mas se não se sente forte para tanto, analise alguns medos comuns em mulheres na mesma situação e como se livrar deles:

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1. Não ser boa o bastante para reconstruir a própria vida

Mulheres envolvidas em relacionamentos tóxicos se tornam cada vez mais dependentes emocionalmente e acabam acreditando no ditado popular “ruim com ele, pior sem ele”. Pessoas tóxicas costumam humilhar, menosprezar tanto a outra que o relacionamento se torna mais e mais doentio, porque a esposa segue acreditando que não merece uma vida melhor.

Antídoto: Uma forma de livrar-se dessa dependência emocional é enumerar os adjetivos usados por seu parceiro. Converse com alguém de sua confiança, de preferência um profissional e estabeleça racionalmente quais os adjetivos que, realmente, se encaixam em sua personalidade. Com certeza você irá perceber que é um ser humano muito melhor do que tem se deixado chamar.

2. Não conseguir ter ou manter filhos

Mulheres entre trinta e quarenta anos costumam ter medo de terminar uma relação e não conseguir realizar o sonho da maternidade. E as que já possuem filhos se preocupam em criá-los longe da figura paterna.

Antídoto: Para afastar esse medo talvez seja o bastante refletir sobre como seria a convivência de seus filhos com um pai com tantos exemplos negativos. O que isso influenciaria na formação da personalidade deles?

3. De não ser o momento certo

É comum mulheres que vivem um relacionamento tóxico protelarem o momento de chamar o parceiro à responsabilidade, desculpando os atos dele. Ou eles estão doentes, ou sofreram muito na infância, enfim… Buscar justificar as atitudes do parceiro é uma das características de mulheres dependentes emocionalmente.

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Antídoto: Faça uma lista de tudo o que você deseja em seu relacionamento e mostre para seu parceiro, se ele não aceitar suas exigências e ainda continuar destratando você, o momento é de decisão: é assim que quer viver para sempre?

4. Que algo terrível aconteça ao parceiro

É comum o medo do que possa acontecer ao parceiro caso seja abandonado, afinal existe um sentimento em relação a ele. A culpa também é acionada pela baixa autoestima que faz com que a mulher acredite que é responsável até mesmo pelos maus-tratos pelos quais é submetida.

Antídoto: Melhorar a autoestima é o caminho mais curto para a autoconfiança e a consciência de que não podemos nos responsabilizar pelos atos alheios e nada justifica comportamentos viciosos e tóxicos. Talvez o melhor para ele seja mesmo se ver sozinho, pode ser uma oportunidade para buscar ajuda.

5. Que ele tenha um novo relacionamento melhor

Você pode ter medo de que seu parceiro venha a formar uma nova família, afinal isso parece confirmar tudo o que ele dizia sobre você. No entanto, a verdade pode ser muito diferente; perdendo você talvez ele se conscientize e passe a agir diferente ou, o mais provável, que ele venha a estabelecer uma nova relação tóxica.

Antídoto: Não se trata do que vai acontecer com ele, e sim na mudança na sua própria vida, esse deve ser o seu foco sempre.

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Sair de um relacionamento tóxico exige determinação e, acima de tudo, amor-próprio e consciência dos próprios limites. Para tanto é fundamental desapegar-se do passado, conforme escrevi no artigo: 5 dicas para abandonar o passado e viver uma vida plena..

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.