Educação sexual na escola x informações em casa

Perguntas e respostas sobre educação sexual na escola e orientação dos pais em casa.

C. A. Ayres

O que fazer depois que meu filho aprendeu sobre educação sexual na escola?

A maioria das escolas fundamentais ensinam algumas classes de educação sexual já no 4º ou 5º ano, o que é outra boa razão de ter a conversa sobre sexo com o filho antes disso, para que ele tenha uma boa e positiva visão do assunto antes de informações “técnicas” virem à tona.

Algumas escolas apresentam vários tipos de ambiente para esse tipo de educação sexual. Algumas variam da informativa e útil e o ensino da diversidade à outras de forma duvidosa, dependendo do professor, do distrito escolar, do currículo da escola, da política e outros fatores envolvidos. Algumas escolas enviam autorizações a ser assinadas pelos pais antes, e é dever e direito seu checar exatamente o que será ensinado. Conversar com o filho depois e perguntar se ele teve alguma informação nova, ou alguma dúvida sobre o que aprendeu é aconselhável.

Meu filho é um adolescente, já conversamos sobre sexo várias vezes. Preciso me preocupar?

Sem dúvida! O mundo em que nossos filhos crescem hoje é muito mais perigoso do que o mundo em que nós crescemos. O comprometimento de viver o que ele acredita e os valores que aprendeu deve ser incentivado. Num mundo ideal, os pais têm a conversa sobre sexo cedo com os filhos, e estes crescem com uma atitude positiva, fazendo boas escolhas e salvando suas experiências sexuais para quando estiverem maduros e preparados para o comprometimento. No mundo real, porém, sexo acontece cedo demais, e tanto filhos como pais, possuem sentimentos de culpa e um senso de que perderam a virtude ou cometeram um pecado horrível. Pais que ensinam seus filhos da maneira correta desde cedo têm mais sucesso quanto ao desenvolvimento do adolescente quanto às suas escolhas, mas pode acontecer de tudo, pois dependeremos do ambiente, dos amigos, da situação em geral.

A ideia de finalidade ou fatalidade é crescente. Se caso algo indesejável acontecer, não é o fim do mundo! O importante é você entender, e ensinar isso a ele, por palavras e ações, que pode-se mudar e começar de novo. Pode-se parar com o comportamento destrutivo e voltar aos conceitos e ao estilo de vida desejado e decidido, tanto pelos pais quanto pelas próprias decisões dos filhos. O mais importante é estar presente quando o filho precisar, independente de sentir-se fracassado caso ele não tenha seguido seus primeiros ensinamentos. Todos precisamos de muitas chances. A ordem é nunca desistir de seu filho, aconteça o que acontecer.

Como suportar um filho que errou e se encontra perdido?

São muitas as histórias passadas e atuais onde a filha ficou grávida e os pais a expulsaram de casa, ou o garoto engravidou uma moça e não assumiu a responsabilidade, ou ainda o adolescente contraiu doenças pelo fato de ter sexo na adolescência.

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Não há como fazer decisões ou metas para o passado, somente para o futuro. Não gaste muito tempo se martirizando porque seu filho “não aprendeu” o que você lhe ensinou e acabou agindo diferente do “combinado”. Pense somente qual a melhor decisão a tomar agora de forma que o futuro seja repleto de esperança e responsabilidade. Todos os ensinamentos sobre assumir a responsabilidade das consequências de suas escolhas precisam ser aplicados agora, mas não no tom de “Eu lhe disse!”.

Ser pais exemplares inclui mais que educar e orientar. Ser pais exemplares significa apoiar e suster incondicionalmente os filhos, balanceando disciplina e amor, de forma que eles entendam e sintam-se confiantes e capazes de decidirem por si mesmos. O apoio mútuo será a melhor solução para os problemas que enfrentam e para que a boa convivência familiar seja estabelecida. São os laços de confiança eternos que começam enquanto são crianças.

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.