Como educar a si mesmo e a família sobre TDAH

O TDAH é pouco conhecido e atinge mais pessoas do que imaginamos. Veja, neste artigo, como educar toda a família sobre esse transtorno.

Tati Ippolito

O TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) é um transtorno neurobiológicopouco conhecido e, muitas vezes, diagnosticado de forma incorreta. Ele se desenvolve na infância, porém pode ocorrer de não ser identificado, devido à falta de informação que é passada. Portanto, neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre esse transtorno e com as informações adquiridas, educar também a família sobre isso. Veja:

1- O que é?

O TDAH é um transtorno (ou síndrome) de causas genéticas que aparece na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida. Ele é caracterizado por desatenção, inquietude e impulsividade.

Também conhecido por DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção), é o transtorno mais comum em crianças e jovens encaminhados para serviços especializados.

Entre 3% e 6% das crianças em fase escolar foram diagnosticadas com TDAH, e delas uma média entre 30% e 50% dos casos persistem até a idade adulta.

2- Sintomas

O TDAH se caracteriza por dois sintomas principais: desatenção e hiperatividade-impulsividade. Cada um deles é marcado por uma combinação de outros sintomas. Veja:

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– Desatenção

  • Deixa de prestar atenção a detalhes ou comete erros por descuido em atividades escolares, de trabalho, entre outras.

  • Tem dificuldade para manter a atenção em tarefas ou atividades lúdicas.

  • Parece não escutar quando lhe dirigem a palavra.

  • Não segue instruções e não termina seus deveres escolares, tarefas domésticas ou deveres profissionais.

  • Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades.

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  • Evita, antipatiza ou reluta a envolver-se em tarefas que exijam esforço mental constante.

  • Perde coisas necessárias para tarefas ou atividades.

  • É facilmente distraído por estímulos alheios à tarefa.

  • Apresenta esquecimento em atividades diárias.

– Hiperatividade-impulsividade

  • Agita as mãos ou os pés.

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  • Abandona sua cadeira em sala de aula ou outras situações nas quais se espera que permaneça sentado.

  • Corre em exagero, em situações nas quais isso é inapropriado.

  • Tem dificuldade para brincar ou se envolver silenciosamente em atividades de lazer.

  • Age como se estivesse “a mil por hora”.

  • Fala muito e em grande velocidade.

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  • Dá respostas precipitadas antes das perguntas terem sido completadas.

  • Tem dificuldade para aguardar sua vez.

  • Interrompe ou se mete em assuntos de outros.

3- Consequências

Esse transtorno traz tanto consequências positivas quanto negativas, vamos analisar ambas:

– Positivas

adotam um jeito diferente de encarar a vida, sendo imprevisíveis na maneira de abordar diferentes assuntos, demonstram ter pensamento original, tem muitos talentos criativos (que geralmente aparecem durante o tratamento), tem a persistência como característica marcante, são muito afetivos e de comportamento generoso, além de serem muito intuitivos. Com frequência, demonstram ter inteligência acima da média e focam-se em apenas uma área para se concentrar, geralmente algo que o agrade.

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– Negativas

dificuldade para transformar suas grandes ideias em ações, humor volúvel, muda rapidamente da raiva para a tristeza, grande falta de iniciativa, problema para explicar seus pontos de vista, não tolera a frustação, tem problema com organização e gerenciamento de tempo e tem necessidade de adrenalina, podendo, inconscientemente, provocar conflitos apenas para satisfazer essa necessidade de estímulo. Tem tendência ao isolamento, sendo assim, busca por atividades solitárias, e raramente conseguem aprender com os próprios erros.

4- Causas

Os portadores têm alterações na região frontal e suas conexões com o resto do cérebro, ligadas ao funcionamento de um sistema de substâncias químicas denominadas neurotransmissores, que passam informações entre os neurônios.

A região frontal orbital é responsável pela inibição do comportamento, pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.

As possíveis causas para essas alterações são as seguintes:

  • Hereditariedade– se um dos pais é portador o filho tem o dobro de chance de ter TDAH, se ambos os pais tem isso aumenta para oito vezes.

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  • Substâncias ingeridas na gravidez – como álcool e nicotina.

  • Traumas e problemas neonatais.

  • Exposição ao chumbo nas primeiras semanas de vida do bebê.

  • Deficiência hormonal– principalmente na tireoide.

  • Deficiência de vitaminas.

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5- Tratamento

O transtorno não tem cura, mas pode ser minimizado e controlado com o uso de medicamentos e psicoterapia (a terapia indicada chama-se Terapia Cognitivo Comportamental), além de acompanhamento médico. Lembrando que portadores de TDAH também podem apresentar outros distúrbios psiquiátricos associados, como depressão, ansiedade generalizada, transtorno alimentar, transtorno do sono, bipolaridade, TOC, entre outros.

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Tati Ippolito

Tatiana tem grande paixão por escrever e pretende ajudar as pessoas com isso, ou entreter, no caso de seu blog http://inspiration-tatis.blogspot.com.br.