6 características de uma mãe amorosa

Doar amor é mais importante que dizer "Eu te amo". Aprender a priorizar nossos filhos é a maior lição de vida que podemos ter.

Fernanda Ferrari Trida

Ao mesmo tempo em que estou tentando me concentrar para escrever este artigo, minha filha está ao meu lado clamando por atenção. Quer mexer em tudo o que tenho sobre a mesa de trabalho, desbravar os mistérios existentes dentro das gavetas e desenhar mundos novos nos meus livros tão bem cuidados e organizados.

Manter a calma em momentos como esse não é fácil. Poderia, simplesmente, fechar a porta e seguir as regras de outro artigo que escrevi intitulado “Como trabalhar em casa”. Elas, realmente, funcionam quando tudo está bem. Mas como fazer tal coisa quando sua filha está adoentada, febril, precisando de carinho de mãe e não há quem ajude?

1. Estabelecendo prioridades

Acontecimentos como esse nos mostram que, depois de nos tornarmos mães, nossa vida muda radicalmente. Os filhos vêm sempre em primeiro lugar. Por mais que eu peça silêncio à minha filha, uma menina de apenas três aninhos não é capaz de entender o real significado desse pedido. No caso dela, “silêncio” é apenas reduzir o volume de voz. Chega a ser engraçado.

2. Exercitando a paciência

Os filhos precisam de atenção o tempo todo. Isso pode ser, por vezes, tão sufocante para os pais, que eles perdem a paciência e dizem palavras ríspidas a eles, das quais se arrependem depois. Aprender a ser uma mãe mais amorosa é um exercício diário.

Sei disso porque tenho dois filhos pequenos, o que torna as manhãs (madrugadas, às vezes) atribuladas de um modo que nunca havíamos vivenciado antes. Ambas as crianças exigem que façamos suas vontades ao mesmo tempo, querem colo simultaneamente e se atracam na disputa pelos brinquedos. Além disso, existe a preparação para levá-los à escola, e ainda há os cães, que têm problemas de saúde crônicos e precisam ser medicados e alimentados. Tudo ao mesmo tempo. Ufa! Sentar para tomar chá é quase impossível.

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3. Observando os benefícios

Até hoje, não sei como fazer tudo isso com tranquilidade, mas quando vejo a satisfação das crianças quando lhes dou atenção exclusiva, lembro que devo ser mais cuidadosa, mais compreensiva e mais altruísta. Ser uma boa mãe não significa ter os filhos mais educados que há, ter a casa mais arrumada, ter sempre pratos elaborados para servir à família ou trabalhar bastante para poder dar brinquedos caríssimos às crianças.

4. Persistindo no amor sem exigências

Ser mãe é uma dádiva. Ser uma mãe cada vez mais amorosa é um trabalho árduo. Estar atenta à rotina dos filhos, prover alimentação saudável, conversar com eles (mesmo que pareçam não estar entendendo nada), responder às suas perguntas, estimulá-los a ajudar nos serviços domésticos (eles podem guardar seus brinquedos e arrumar suas camas, por exemplo), se interessar por suas atividades escolares, ser dura quando necessário e carinhosa sempre que precisar, contar-lhes histórias na hora de dormir e brincar com eles são algumas das coisas que uma mãe precisa fazer se quer que seus filhos se tornem adolescentes amorosos e adultos responsáveis.

As demais tarefas do nosso cotidiano podem esperar aqueles “15 minutinhos” a mais para serem realizadas. Uma mãe só consegue desempenhar os demais papéis de sua vida depois de ter a sensação de ter feito seu melhor com os filhos. Afinal, eles são a nossa melhor porção e irão perpetuar nossa memória.

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Fernanda Ferrari Trida

Fernanda Trida é jornalista, médica veterinária, dona de casa, esposa, mãe de Marcela, com três anos, e de João, com um ano de idade.