6 coisas a saber para se tornar um doador de órgãos
Milhares de brasileiros estão na fila de espera por um órgão e muitos morrem esperando. Seja um doador de órgãos e ajude a salvar vidas.
Bianca Braun
“A única certeza que temos na vida é a de que um dia vamos morrer. A pergunta é: por que não ajudar as outras pessoas também neste momento? Com esse gesto, muitas pessoas vão ganhar vida. Se temos dificuldade em falar sobre a morte, vamos falar sobre a vida das pessoas que podem ser salvas.” – Dr. Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO e chefe do Programa de Transplante do Hospital Israelita Albert Einstein.
De acordo com a ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), mais de 28 mil brasileiros que sofrem de uma doença orgânica terminal ou incapacitante, estão na fila de espera por um órgão compatível. A maior fila de espera é para transplante de rim e fígado.
A doação de órgãos ainda é um assunto pouco debatido comparado à sua importância. Várias campanhas têm sido feitas para conscientizar as pessoas de quão preciosa pode ser esta decisão para a vida de milhares de brasileiros que aguardam por um transplante. Você pode acompanhar a campanha apoiada pela ABTO neste site.
Saiba como você pode ser um doador e compartilhe com sua família e amigos:
1. O que é ser doador de órgãos?
É considerado um doador de órgãos aquele que expressa espontaneamente o desejo de que seus órgãos sejam doados após a morte.
2. Por que ser um doador de órgãos?
Ser doador de órgãos é uma forma de compartilhar amor e compaixão. Mais de 28 mil pessoas estão na fila de espera por um novo órgão, que vai resultar no fim de uma luta e no começo de uma nova vida.
3. O que pode ser transplantado?
Coração, pulmões, fígado, pâncreas e rins. Também podem ser doados: tecidos (ossos, pele, córnea e válvulas cardíacas), medula óssea e sangue.
4. O que fazer para ser um doador?
O passo é simples, você precisa avisar, dizer à sua família, que você quer que seus órgãos sejam doados após sua morte. Os documentos que antes intitulavam algum doador já não tem mais validade, unicamente a família tem o poder de autorizar a doação. Em grande maioria, uma vez que o ente querido se disse doador, a família consente. Mas se você não se assume doador, a decisão é quase sempre não doar.
5. Passos do transplante segundo a ABTO
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Para o doador ter realmente seus órgãos doados após a morte, ele precisa ter a morte cerebral constatada, onde o cérebro para de funcionar, mas o coração continua batendo por algumas horas e a respiração é mantida por aparelhos.
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Autorização da família após entrevista com a coordenação hospitalar.
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Os receptores são selecionados pela CNCDO (Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos).
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Retirada dos órgãos pela equipe de transplante.
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Os órgãos são encaminhados para o transplante.
6. Doar órgãos em vida
Você também pode doar órgãos em vida, entre os que podem ser doados estão: o rim, cerca de 70% do fígado e parte do pulmão. Pode-se também doar medula óssea. Para ter o órgão transplantado o doador precisa apresentar condições de saúde e ser parente de até quarto grau do receptor; se não for parente deve ser feita uma autorização jurídica.
Cada um de nós tem um legado a deixar, de amor, de caridade, de compaixão. Como humanos, temos a capacidade de nos doar de várias formas, a doação de órgãos é uma delas. Sua vida pode ser interrompida por algum motivo, mas você pode ser o motivo para outra vida continuar. Compartilhe com sua família o seu desejo, e seja um doador de órgãos.