Morte na família. Como posso ajudar?

Ideias para apoiar amigos ou familiares que perderam um ente querido.

Joshua Johnson

O telefone tocou — nada de extraordinário na casa dos Jacobs — a não ser que esse não era um telefonema “comum”. Sharon pegou o telefone e ouviu algo impossível de se imaginar. A filha de sua vizinha, Tracy, fora atingida por um carro enquanto voltava para casa depois das aulas. Aquela linda adolescente morreu instantaneamente. Sharon conhecia Tracy desde que ela era uma garotinha. Ficou arrasada e desejava fazer algo para consolar seus vizinhos tão queridos, mas sentiu-se de mãos atadas, e insegura sobre como agir.

Perder um ente querido é algo devastador. A dor da perda parece que supera o que alguém pode suportar. Quando entes queridos — familiares ou amigos — vivem esse trauma, desejamos ajudar de alguma maneira, mas como? O que podemos dizer? O que podemos fazer? É precisamente por que nos importamos muito que nosso desejo é “fazer o melhor” ou “dar um jeito na situação”, mas logo vemos que não é algo que se possa “consertar”.

A seguir leia algumas sugestões que podem ser úteis:

Não há uma forma “correta” de se lamentar

Cada pessoa demonstra seu sofrimento de forma diferente, seja sensível e paciente com a maneira de seu amigo ou ente querido expressar sua dor. Isso significa evitar estereótipos. Tenha cuidado ao usar termos como “solitário”, “deprimido” ou “revoltado”. Você pode errar em seu julgamento e, com isso, ofender mais do que ajudar.

Esteja presente

Primeiramente e, acima de tudo, esteja disponível. Faça algo em vez de ignorar a pessoa ou a realidade da morte. Devido a não saber como agir, com frequência nos afastamos e não fazemos nada. Às vezes um e-mail, telefonema ou uma mensagem de texto é uma maneira gentil de manter contato.

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As palavras certas podem não ser tão importantes

Quando não se tem certeza do que dizer, às vezes somente estar presente e não dizer nada ou quase nada é mais útil. Se você está agindo com o coração, com amor, a comunicação não verbal chega até a pessoa que sofre. Não hesite em abraçar ou dar a mão quando adequado. Isso pode trazer muito consolo, e ser mais poderoso do que as palavras, e é tudo o que é necessário.

Ouça sem dar conselhos

Isso é extremamente difícil para a maioria de nós. Nós queremos muito “arranjar soluções” em vez de somente ouvir. O que a maioria das pessoas que sofrem realmente quer é conversar com alguém e sentir que o que diz é aceito e compreendido. O conselho geralmente interrompe esse processo. O ouvir reflexivo (ouvir com sentimento e depois dizer a mesma coisa com suas próprias palavras) pode ajudar a pessoa a sentir-se compreendida e acreditar que você realmente se importa.

Não hesite em falar da pessoa falecida,

pensando que se falar dela vai fazer a pessoa que a perdeu lembrar-se da morte ou da dor. Ao não mencionar a pessoa falecida, você está fingindo que ela nunca existiu — ou pode parecer assim.

A chave para se achegar àqueles que necessitam é fazer algo a respeito. Siga seu coração e acredite que seu coração o(a) levará aonde você precisa ir. Nossa família, nossos amigos e vizinhos merecem e precisam de nosso apoio.

_Traduzido e adaptado por Silvia Moraes do original Death in the family: How can I help?, de Joshua Johnson

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Joshua Johnson

Joshua Johson é graduado pela BYU e é publicista para a editora Cedar Fort Inc localizada em Springville, Utah.