Permita-se um novo amor

Enfrentar uma desilusão amorosa pode ser traumatizante, no entanto, é fundamental que se busque superar, afinal não se pode descrer da importância do amor na vida.

Suely Buriasco

Amar é a maior e mais rica experiência humana, pois o amor é capaz de promover as transformações necessárias para a evolução dos seres e, portanto, é o sentimento que mais aproxima o homem do Criador. É imensurável o papel do amor em nossas vidas, merecendo toda a nossa dedicação.

O trauma

Ao referirmo-nos especialmente no amor que une dois seres na formação de um casal, observamos quanto sofrimento causa uma relação que chega ao fim. Quando o amor se transforma em frustração seja por escolhas equivocadas, intolerâncias ou mesmo por mudanças de percepção, é comum que a pessoa se sinta apegada às lembranças negativas. Isso pode ser tão intenso que obscurece da memória as coisas boas que também aconteceram. Então o trauma faz com que a pessoa passe a desacreditar que seja possível ser feliz no relacionamento a dois e afasta dela as possibilidades de encontrar alguém com quem possa construir um relacionamento diferente.

O aprendizado

Todo relacionamento amoroso é fonte de aprendizado que deveria ser aproveitada ao máximo. Sempre que encararmos o que deu errado como uma experiência que promove o acerto, estaremos dando um grande passo evolutivo. Para tanto, é primordial assumir os próprios enganos, deixando de se lamentar e culpar o outro pela desilusão sofrida. Se um relacionamento não deu certo para a vida toda, deixa no mínimo duas reflexões: o que fez dar certo por algum tempo e o que mudou esse quadro. Assim fica mais fácil saber o que precisa ser mudado para que você se torne mais apto para uma relação feliz. No livro “Amar pode dar certo”, Roberto Shinyashiki escreveu: “Ficar reclamando dos outros ou do mundo só vai prejudicar o novo broto que quer nascer“.

A permissão

No capítulo “Deixe a paixão acontecer”, do livro citado acima, Shinyashiki alerta: “Se, por um lado, é necessária a sensação de incômodo, de falta de algo na vida para que ocorra o movimento em direção ao amor, por outro é fundamental querer crescer no amor e confiar em si mesmo e na própria capacidade de vivê-lo“. Permitir-se ao amor é estar preparado para receber, mas sobretudo, para doar. Lembrando que não podemos doar o que não temos. É assim que a vivência do amor exige que cultivemos esse sentimento, cuidando da autoestima e nos libertando do que nos incomoda em nós mesmos. Compreendendo que as expectativas devem ser em nosso próprio comportamento e não nas atitudes do outro. Abrindo expectativas incríveis que nos permitirão almejar a felicidade a dois novamente.

A superação

Assim, leitor ou leitora, não se apegue à perda que porventura você tenha vivido e foque na sua própria capacidade de superá-la, livrando-se da desilusão de um amor perdido. A vida certamente tem muito a lhe oferecer, bastando que você preste atenção nas oportunidades e promova as mudanças necessárias em você mesmo. Fuja do ideal e foque na realidade de que somos todos seres falíveis e que ninguém será capaz de preencher todos os requisitos que almejamos, a não ser nós mesmos.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.