Prática financeira – Viver com o suficiente para nossas necessidades

Aprenda o conceito de o que é "O suficiente para nossas necessidades" num exemplo prático de um orçamento pessoal.

Antonio Alexandre Silva Neto

São várias as causas da sensação de que nossa renda nunca é ou será o suficiente para nossas necessidades. Vão desde a ansiedade de se querer tudo, da insatisfação com o que se tem, da prática consumista dissiminada pela mídia, até mesmo a ingratidão.

O efeito disso no orçamento é que, de fato, a renda nunca será o suficiente, mesmo se aumentasse dez por cento, mês a mês.

O que acontece é que as pessoas estão acostumadas a esse sistema, que não sabem identificar o que é suficiente para um dado momento.

O conceito de o suficiente para nossas necessidades começa com o entendimento do momento ou período econômico em que a pessoa vive.

Essa análise engloba o local onde mora, a renda pessoal e familiar e os custos pessoais para o desenvolvimento de suas ações no meio social onde vive.

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Num exemplo prático e simples de finanças pessoais, temos

Sr. José do Patrocínio, solteiro, Eletricista I, mora de aluguel em uma cidade e trabalha em outra cidade.

Despesas:

  • Aluguel + água + luz: R$ 450,00

  • Transporte: R$ 150,00

  • Alimentação em casa: R$ 250,00

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  • Alimentação fora de casa: R$ 250,00

  • Lazer: R$ 250,00

  • Total: R$ 1350,00

Esse exemplo simples identifica as necessidades principais para esse perfil. Para que o Sr. José do Patrocínio exerça sua atividade social básica que é o seu trabalho, o seu lazer e tendo a alimentação suficiente, ele necessita de uma renda mínima de R$ 1350,00.

Esse é o valor suficiente para atender a suas necessidades. Note que, enquanto Eletricista I o salário médio da profissão é de R$ 1.485,15. Se suas despesas se mantiverem constantes, ele terá uma sobra de R$ 135,15. Ou seja, no limite de sua renda.

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Se ele for promovido para Eletricista II, sua renda média poderá ser de R$ 1.841,87. Agora, ele terá um saldo positivo de R$ 494,87.

Ora, o fato de ele ter sido promovido e ter aumentado sua renda, não significa automaticamente que ele aumentou suas despesas, considerando que ele reside no mesmo local e que suas despesas e hábitos alimentares e de lazer permanecem os mesmos. Suas necessidades ainda custam R$ 1.350,00.

A tendência normal é que, quando se aumenta a renda, tendemos a aumentar as nossas despesas para o limiar de nossa renda, mesmo quando quantificamos nossas necessidades.

O foco da identificação das necessidades essenciais deve estar naquelas que mantém sua estrutura de desenvolvimento social, sem as quais você não desenvolve outras.

Considero as despesas primordiais estruturais de uma pessoa ou família sendo as seguintes:

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  • Aluguel/ IPTU/ Manutenção da casa.

  • Luz/ Água/ Gás/ Telefone fixo.

  • Transporte: combustível/ tarifas de transporte público/ táxi.

  • Comunicação: crédito de celulares/ internet.

  • Alimentação: estoque na despensa/ alimentação fora de casa.

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Sabendo quantificar essas despesas, saberemos o quanto é o suficiente para nossas necessidades num dado momento e saberemos o quanto precisaremos ganhar para mantê-las.

Daí derivam escolhas, dicas e outras práticas financeiras, tanto para o aumento de renda quanto para a economia dos recursos a nossa disposição.

Este site contém várias dessas dicas. Aproveite.

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Antonio Alexandre Silva Neto

Antônio Alexandre é Tecnólogo em Gestão Empresarial e trabalha como Diretor Administrativo na Weyes Technology Solutions, empresa de inovações em Tecnologia da Informação. Autor do livro "Salário e Prosperidade", é casado, pai de cinco filhos com um neto (ou neta) a caminho. Gosta do mar, nadar e passear de bicicleta na praia, além de ler e escrever.