Casamento feliz: Mantendo a individualidade
A questão da individualidade dos cônjuges é tão importante que define vários tipos de casamento e influencia inclusive muitas separações.
Suely Buriasco
Muito se tem falado sobre a importância de manter a própria individualidade no casamento. A questão é tão séria que aparece intrínseca nas formas de união. Vejamos:
Algemados
Casamentos que não terminam nunca, embora insatisfatórios e infelizes; uniões desgastadas, paralisadas no tempo. Normalmente casamentos assim são formados por cônjuges que perderam a própria individualidade e por mais que estar junto represente uma situação desconfortável, não sabem viver um sem o outro, como se estivessem algemados.
Egoístas
Tipo de união onde cada um só se importa consigo mesmo; cultuam o próprio individualismo e exigem que o outro privilegie sempre as suas vontades. Nesses casos ou o casamento tem vida curta ou um dos cônjuges se torna submisso ao outro. Nada pode ter de satisfatória uma união baseada no egoísmo.
O “eu”, o “outro” e o “nós”
Um relacionamento saudável é aquele onde as individualidades dos cônjuges são distintas da identidade do casal. Assim, ambos mantêm vida própria com seus afazeres, gostos e diversões; mas por amor constroem uma vida em comum, com os mesmos objetivos e sonhos. Dessa forma, cada um mantém a própria identidade que juntas formam uma terceira que representa a maneira com que funciona a vida do casal.
Esse último é o ideal; teoricamente parece fácil, mas efetivamente não o é. Pensar em situações que podem ser revistas no sentido de tornar o relacionamento mais saudável pode ajudar:
1- Respeito
É preciso que se entenda que cada um tem sua própria maneira de ser, o que inclui qualidades e defeitos. Pode mudar, mas apenas se a pessoa quiser, esse poder é individual. Assim, quer respeito? Respeite seu cônjuge.
2- Identidade
A mulher tem uma tendência maior em se doar totalmente ao homem que ama, deixando de lado todos os seus interesses e focando apenas no alvo de seu amor. Dessa forma torna-se um tanto compulsiva e isso, com o tempo, mina qualquer relação.
3- Retomada
Um bom exercício para retomar a própria individualidade é a reflexão. O que faz você feliz? Quais as atividades que você deixou de lado para dedicar-se apenas ao casamento? Que plano você tem adiado? Busque retomar a sua essência, como era e o que fazia antes. Não se trata de abandonar a responsabilidade do casamento, mas de torná-lo mais interessante e feliz a partir de sua satisfação própria.
4- Desapego
Dependência emocional é uma chaga que corrói as relações! Aprenda a equilibrar as suas emoções e mantê-las serenas independente das emoções de seu cônjuge. Você não precisa estar feliz ou triste dependendo do que ele inspire; seja você mesmo e busque desapegar-se de seu cônjuge. Parceria e cumplicidade são excelentes para a convivência, mas o apego só atrapalha. Usufrua dos bons momentos juntos, mas não precise que ele esteja ao seu lado para estar bem. Fuja das cobranças e assuma a responsabilidade de ser feliz!
Vale a dica da psicóloga Mônica de Lima Azevedo:”É bom também ficar alerta para os créditos e cobranças, pois quando começam, é hora de rever a relação. É sinal de alerta de que alguma coisa não vai bem”.