Melhorando como pais e mães: Seguindo o exemplo de nosso Pai Celestial

Aprender a ser pais como Deus: Não falando alto, sem xingar ou humilhar - mas com uma voz mansa e delicada. De perfeita suavidade e cheia de esperança.

Stael Ferreira Pedrosa

“Sou um filho de Deus, por ele estou aqui, mandou-me à terra, deu-me um lar e pais tão bons para mim.”

A letra deste antigo hino infantil de Naomi W. Randall, ainda hoje me emociona. Ele fala do amor de Deus. De como Ele se importa. Sabemos que nem todas as crianças têm um lar e pais bondosos. Ainda assim Deus as ama e se importa com elas.

O amor de Deus é perfeito, pleno e até certo ponto incompreensível à nossa limitada percepção humana. Pessoas a quem amo de todo coração não creem em Deus por que pensam que Ele é injusto por deixar pessoas sofrerem, crianças morrerem de fome, serem maltradas, doentes e por toda a injustiça que há no mundo. Compreendo a sensibilidade do coração dessas pessoas. Porém, milhares de anos atrás o profeta Isaías já havia escrito este ensinamento vindo diretamente dos céus: “Porque assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” (Isaías 55:9)

Portanto, como não conhecemos os caminhos de Deus nem seus desígnios, aceitamos que cada experiência que passamos nesta vida tem um propósito para nosso crescimento ou para o crescimento de outros. Ou como um teste para a bondade das pessoas.

Façamos o melhor que pudermos para elevar aqueles que nos rodeiam. Como todo ato de amor deve começar no lar, comecemos por fazer de nossas casas um centro de amor, imitando o exemplo de nosso Pai Celestial.

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1. Deus é amor

Sejamos pessoas amorosas

A maior necessidade do ser humano é amar e ser amado. Desde bebês precisamos sentir amor ou não nos desenvolveremos corretamente. Sem amor a criança pode adoecer e até morrer. A experiência de Harlow feita com filhotinhos de macacos Rhesus que foram colocados em duas mães artificiais: uma de arame que tinha leite acoplado e uma de lã que não tinha leite. A experiência mostrou que:

  • Os macaquinhos preferiram a mãe de lã independente do alimento.

  • O contato parecia ser essencial ao estabelecimento de uma relação que transmitia segurança.

  • Perante um estímulo gerador de medo, os macacos agarravam-se à “mãe” macia tal como o fariam a uma mãe real. O que não acontecia com a mãe de arame.

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  • na ausência da “mãe” confortável, os macacos ficavam paralisados pelo medo e não exploravam o ambiente.

O resultado dessa experiência mostrou que o contato reconfortante supera até a necessidade de alimento.

O amor que demonstramos às pessoas contribuem para seu bem-estar e desenvolvimento. Falemos a nossos filhos com amor. Cuidemos deles com amor e que eles sempre saibam que podem nos procurar a qualquer momento, mesmo que queiram apenas sentir nosso cheirinho – meu filho mais jovem faz isso.

2. Deus ouve nossas orações

Ouçamos com amor

Muitas vezes nossos filhos querem mais que sentir nosso cheirinho. Têm um problema real e precisamos ouvi-los. Ouvidos atentos e amorosos implicam em desligar a TV, o computador, deixar o livro ou a limpeza da cozinha. Implica algumas vezes em segurar as mãos ou abraçar, mas principalmente olhar nos olhos. Ouçamos com empatia, sem julgamentos. Que possamos ter uma palavra de amor e suavidade àqueles que nos procuram com um problema. Aconselhar ou corrigir um comportamento inadequado com amor é plenamente possível.

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3. Deus nos abençoa

Tenhamos atitudes de amor

As bênçãos que podemos dar a nossos cônjuges e filhos talvez sejam diferentes das bênçãos que Deus dá, mas devem abençoar suas vidas tanto quanto. Um gesto de amor, de compreensão, de cumplicidade e tolerância são bênçãos que esperamos e que podemos dar. Abençoe seus filhos por atos e palavras. Ore por eles. Pequenos gestos como um bilhetinho de amoroso incentivo na bolsinha de lápis para que eles encontrem antes daquela prova temida. Estar na plateia quando eles se apresentarem. Ir ao quarto deles antes de dormirem para ler, conversar um pouquinho, dizer que ama e dar um beijo de boa noite. Assistir com eles seu filme ou desenho favorito acompanhado de pipocas. Cuidar deles quando dizem não se sentir bem. Procurar saber por que não querem ir pra escola e tentar ajudar. Todos esses gestos demonstram amor e abençoam a vida daqueles que você ama.

4. Deus fala de maneira branda e suave

Falemos com amor

Uma escritura do Velho Testamento diz:

“E eis que passava o Senhor, como também um grande e forte vento que fendia os montes e quebrava as penhas diante do Senhor; porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto; também o Senhor não estava no terremoto; E depois do terremoto um fogo; porém também o Senhor não estava no fogo; e depois do fogo uma voz mansa e delicada.” (1 Reis 19:11-12)

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Como deve ser nossa voz dentro do lar? Como a voz de Deus: Uma voz mansa e delicada.

Rosemary M. Wixom, uma educadora que preside uma organização religiosa voltada para crianças do mundo inteiro diz:

“Podemos aprender com essa voz do céu. Não era uma voz que falava alto, em tom de repreensão ou desprezo. Era uma voz suave, de perfeita mansidão.

A maneira como falamos a nossos filhos e as palavras que usamos podem incentivá-los, inspirá-los e fortalecê-los em sua fé para permanecerem no caminho de volta à presença do Pai Celestial. Eles vieram à Terra prontos para ouvir.

Façamos com que as palavras que dissermos e escrevermos para nossos filhos expressem o amor que nosso Pai Celestial tem por Seu Filho, Jesus Cristo, e por nós. E depois, façamos uma pausa para ouvir, porque uma criança é bem capaz de, em troca, dizer-nos grandes e maravilhosas coisas.”

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(Veja a fonte – As palavras que dissermos -_ Rosemary M. Wixom)

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.