4 sinais infalíveis para identificar futuros problemas no relacionamento

Para um relacionamento ser saudável é necessário que de alguma forma ele inspire ambos a se tornarem o melhor que puderem.

Taís Bonilha da Silva

No início do namoro, tudo é um mar de rosas, parece que a cada dia o amor cresce mais e mais. A pessoa apaixonada acredita que encontrou o amor de sua vida e que ficarão juntos para sempre.

Mas a convivência e o tempo derrubam qualquer máscara, e aquele filme romântico se transforma em um filme de terror. Amar já não é mais suficiente quando o desrespeito, o ciúme e outros sentimentos negativos passam a controlar a relação.

Por que as pessoas se mantêm em relacionamentos destrutivos

O problema é que aspectos negativos do relacionamento se misturam a lembranças de bons momentos vividos ou mesmo misturam-se com o que a pessoa acredita ser amor, e ela não percebe o quão ruim é a situação que está vivendo.

Essa confusão de sentimentos aliada ao nosso esquema de defesa psíquico, que barra qualquer informação que tenha uma carga emocional ofensiva para a pessoa, contribui para que um relacionamento, que é destrutivo, mantenha-se por anos, e a autoestima, o amor-próprio e a alegria de viver vão definhando junto com a pessoa.

Em casos mais extremos, vemos esse tipo de relacionamento acabar em tragédia. Portanto, saber quais são os aspectos de um relacionamento destrutivo é essencial para evitar que o problema chegue longe demais.

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Como identificar um relacionamento não saudável

1. Humor e bem-estar

. Avalie como se sente a maior parte do tempo em que está com a pessoa. Em um relacionamento saudável, as pessoas se sentem bem ao estarem umas com as outras, ainda que existam momentos de conflitos e até mesmo brigas, a maior parte do tempo o casal se diverte junto.

2. Autoestima e segurança

Qual a influência que essa pessoa tem sobre sua opinião com relação a si mesma? Esse é um ponto bastante importante. Quando estamos com pessoas que nos fazem bem, elas nos inspiram a ter mais confiança em nós mesmos, inspiram-nos a nos tornarmos melhores a cada dia. Se o seu companheiro lhe faz sentir-se inútil, feia, desmotivada ou incapaz de realizar coisas, é possível que algo esteja errado. Esse será o momento de você reavaliar. Converse com a pessoa e exponha seus sentimentos, veja como ela reage, e a partir dessa reação, decida se esse relacionamento deve continuar.

3. Altruísmo e respeito

Como está sua independência? Essa é uma questão que contribui muito para a manutenção de relacionamentos destrutivos, a pessoa se sente dependente do outro e sente que sozinha não conseguirá sobreviver. Você pode sim ter uma vida a dois, compartilhar as coisas, mas sua independência deve ser construída ainda que em um relacionamento. Não estou falando de independência financeira, mas sim de uma independência emocional.

4. Confiança e fidelidade

. Ciúme exagerado também é um sinal de que algo caminha para a direção errada, sentir ciúme é natural, faz parte do ser humano, mas quando se torna doentio é sinal de que algo vai muito mal. O ciúme é doentio quando interfere na vida da pessoa que é alvo desse ciúme e também na vida daquela que sente o ciúme, pois ela não consegue dormir ou trabalhar sem ligar de cinco em cinco minutos para o outro e é extremamente desconfiada de tudo e de todos. Buscar ajuda profissional pode ajudar em casos mais complexos que sugerem alguma patologia.

Se você se encontra em um relacionamento desse tipo, este é o momento de parar e conversar com seu companheiro e mostrar a ele que você está infeliz e que mudanças serão necessárias. Acredito que todo mundo tem direito a uma segunda chance, mas tenha em mente que não deve haver duas, três e quartas segundas chances. Se fez uma tentativa e nada mudou, o melhor é terminar a relação, antes que o pior aconteça. Para um relacionamento ser saudável, é necessário que de alguma forma ele inspire ambos a se tornarem o melhor que podem ser.

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Taís Bonilha da Silva

Taís Bonilha da Silva, estudante de Psicologia, atua na área da Saúde Mental. Participa do Programa de Monitoria na Universidade na disciplina de Análise do Comportamento. Esposa e mãe de 2 filhos.