4 maneiras de promover a conciliação entre seus filhos após uma briga

A cultura do diálogo familiar pode solucionar muitos problemas que os pais encontram na criação desta geração de filhos. A qual a tecnologia tem substituído a presença da família.

Beth Proenca Bonilha

“Filhos… Filhos?

Melhor não tê-los!

Mas se não os temos

Como sabê-lo?” Já dizia o Poeta Vinicius de Moraes.

Tenho seis filhos sendo as duas primeiras meninas, os do meio dois meninos, e as caçulas mais duas meninas. Por serem próximos e do mesmo sexo, os três pares me deram muitas alegrias, mas ao mesmo tempo tive que intervir em muitas brigas.

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Não é fácil ter que intervir em uma briga entre irmãos, sempre haverá aquele que espera que você tome partido de sua causa, ou aquele que sempre vai achar que você toma partido do outro.

Algumas vezes sei que acertei, mas sei também que errei em muitas outras ocasiões. Porém, uma coisa que nunca deixei de fazer foi ser pacificadora, ou seja, após a briga intervir com os dois lados envolvidos de maneira a persuadir a conciliação.

Independente de quem está com a razão ou não, se houve uma briga os dois lados perdem a razão, pois houve descontrole e a última coisa que uma mãe quer ver é seus filhos discutindo ou na pior das situações se batendo entre si. Por isso nosso instinto é sempre de apartar e querer promover a união.

Até mesmo na hora da conciliação deve se tomar o cuidado para não agir com injustiça, desprezando o sentimento dos filhos. Há mágoas que podem se tornar irreparáveis se a conciliação não acontecer de maneira adequada.

Por isso na hora de interromper a briga e promover a reconciliação deve-se tomar alguns cuidados.

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  1. Deixe claro a ambos que, como mãe ou pai, não irá tolerar brigas entre irmãos. É mais ou menos como diz o dito popular: “Quando um não quer, dois não brigam”. Seja somente discussões ou principalmente agressões físicas, esta regra deve ser clara para ambos independente das justificativas que sejam apresentadas.

  2. Ouça o que seus filhos têm a dizer, evitando, claro, nova discussão. Aja com autoridade e amor dando oportunidade para que cada um se explique e mostre suas razões.

  3. Evite dar razão ou atenção especial para um ou para outro, mesmo que um seja mais forte ou mais velho que o outro. Não valorize que o irmão é menor e isso é a razão para que o mais velho não revide. Seja imparcial e a todo o momento relembre-os da regra número um. Afirmar que o mais velho não pode brigar pelo fato de ser o mais velho ou mais forte pode levar o menor a achar que por sua idade ou estatura pode mais que o irmão.

  4. Ao final seja justa e se tiver que impor um castigo que seja para ambos, pois assim que a briga iniciou os dois perderam sua razão. Procure demonstrar amor e compreensão, não menospreze os sentimentos de seus filhos, ou reforce comportamentos negativos ao dizer: “Você não tem jeito mesmo, é sempre você que começa coisas do tipo”.

A relação entre irmãos sempre terá seus altos e baixos, mas é uma relação que normalmente há cumplicidade e amor, e o papel dos pais é de valorizar e reforçar estes sentimentos positivos, permitindo que o respeito seja um escudo para ambos.

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O ideal é que as brigas terminem de uma forma sadia, através de um acordo. Um cede um pouco de um lado, o outro cede um pouco do outro lado e assim chega-se a um meio-termo, onde os ânimos se acalmam e a vida continua.

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Beth Proenca Bonilha

Graduada em Administração de Empresas com MBA em Empreendedorismo. Casada mãe de 6 filhos, avó de 2 netos. Atua profissionalmente como Analista Instrutora da Educação Empreendedora no SEBRAE - SP. Como hobby gosta de artesanato, música e leitu