Paz de consciência: A recompensa de uma vida reta

Encontrar a paz de consciência através de Deus. Deixe suas cargas sobre Seus ombros e encontre esperança no futuro.

Stael Ferreira Pedrosa

No quinto dia da última semana de Jesus antes de sua crucificação, Ele reuniu seus apóstolos para a última ceia pascal. Sentindo que o Mestre logo deixaria a vida mortal, seus apóstolos estavam entristecidos. A fim de confortá-los Jesus disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vou dou”. Para diferenciar da saudação comum entre os judeus “Paz seja convosco”, o Salvador afirmou que aquela invocação tinha um sentido mais amplo e elevado ao completar: “Não vo-la dou como o mundo a dá”. (João 14:27)

O apóstolo Paulo, anos mais tarde, falando aos filipenses disse:

“E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos sentimentos em Cristo Jesus”. (Filipenses 4:7)

Num mundo conturbado, sem paz, com fome de alimentos e amor, com sede de justiça, parece ser impossível encontrar a paz.

O jornal católico Missão Jovem traz um belo artigo sobre a paz, sobre o que ela não é e o que ela é:

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“A paz não é só ausência de guerra. Falta paz sempre que a vida humana é violentada. Falta paz quando o homem extingue as espécies animais, quando o equilíbrio da natureza é ameaçado…

Não há paz quando há o desespero por causa do desemprego, da falta de pão, da saúde maltratada, da miséria, do desabrigo, da juventude drogada, da violência em casa e nas ruas, dos encarcerados sem direitos, das crianças sem escola, dos preconceitos contra os diferentes…

Há falta de paz ainda quando eu não respeito a mim mesmo, ao outro, à natureza, a Deus, rompendo as relações essenciais que constroem a pessoa, o outro, a sociedade.”

“A paz verdadeira é fruto do amor e da justiça, é conquista. É um dom oferecido por Deus. Na linguagem simples do povo, é quando tudo corre como deve ser: criança brincando, se alimentando bem, estudando, as pessoas sendo respeitadas como pessoas, famílias tranquilas, trabalhador com salário digno, sem temer humilhação, idosos se sentindo acolhidos, cada pessoa servindo a comunidade e por ela sendo respeitada.”

(Jornal – “Missão Jovem” – Construindo Fraternidade: A paz que o mundo precisa)

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O belo hino de Emma Lou Thayne diz: “Onde encontrar a paz e o consolo quando o mundo estiver contra mim?” A resposta surge como um suave sussurro: “Em Cristo, paz real, certo terei” (Onde encontrar a paz – Hinos SUD nº 73). “Ele é o príncipe da Paz”. (Isaías 9:6)

Para os cristãos não é uma mensagem nova. Ouvimos isso por toda a vida, porém, saber como aplicar esse princípio em nossas vidas é o diferencial entre ter fé em Cristo e apenas crer que Ele existe. Como podemos trazer para nossas vidas a paz que Ele tão abundamente dá?

  • Primeiramente temos que ser humildes diante de Deus. Reconhecer que dependemos d’Ele e sentir que Ele nos ama.

  • Orar, conversar com nosso Pai nos céus. Falar de nossas dores, nossas alegrias e de nosso amor por Ele. Sentir que Ele nos ouve e nos compreende.

  • Desenvolver uma profunda fé em Cristo e em sua expiação redentora. Quentin L. Cook, um líder religioso em um discurso sobre a paz, ressalta a paz advinda do sacrifício que Cristo fez: “Talvez nada se compare à paz que advém a uma alma atormentada pelo pecado que descarrega seus fardos aos pés do Senhor e suplica as bênçãos da Expiação.”

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  • Tornar-nos verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, andando em seus passos, fazendo as obras que Ele fez. Em Atos 10:38, Pedro falando ao centurião Cornélius a respeito de Cristo, disse que Jesus andou fazendo o bem, por que Deus era com Ele.

Não podemos fazer os milagres que Jesus fez. Não podemos curar o cego ou o coxo, não podemos alimentar uma multidão, porém, podemos fazer o que Ele nos ordenou e nos ensinou através de seu próprio exemplo:

  • Amar a nosso Pai nos céus e amar-nos uns aos outros como Ele nos ama. Inclui amar os inimigos.

  • Ser o sal da terra e a luz do mundo.

  • Reconciliar-nos com nosso próximo – perdoar.

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  • Ser puros de mente e coração.

  • Ser corretos em nossas palavras.

  • Não pagar o mal com o mal.

  • Dar a quem nos pedir.

  • Buscar a perfeição.

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(João 15:12 e Mateus 5)

Para finalizar, volto a citar Quentin L. Cook:

O Salvador é a fonte da verdadeira paz. Mesmo com as provações da vida, graças à Expiação do Salvador e Sua graça, o viver reto será recompensado com paz individual. No ambiente reservado do cenáculo da Páscoa, o Salvador prometeu a Seus apóstolos que eles seriam abençoados com o “Consolador, que é o Espírito Santo”, e depois Ele proferiu estas importantes palavras: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá”. Em seguida, logo antes de Sua Oração Intercessória: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. (Conferência Geral de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias – abril de 2013 – Paz de Consciência: A Recompensa da Retidão)

O Resultado de nossos esforços será a paz de consciência, a gloriosa paz que excede todo entendimento. Que ameniza o presente e traz esperança no futuro.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.