Fumar x gravidez: O que toda gestante que fuma precisa saber

LEIA e compartilhe este artigo com mulheres que fumam e pensam em engravidar ou já estão grávidas.

Stael Ferreira Pedrosa

Não é novidade para ninguém que o cigarro é pernicioso, nem é de se espantar que ele mate 370 mil pessoas por ano em todo o planeta. Nem que nove entre dez pessoas que têm câncer de pulmão são fumantes. Também é fato que esse hábito letal gera bilhões em lucros às indústrias do tabaco, patrocina filmes onde astros fumam enquanto exibem comportamentos e ideais atraentes a todos os públicos, relacionando-os ao cigarro.

Talvez por isso ainda haja um número assustador de fumantes ativos e passivos. As crianças são as que mais sofrem com o fumo involuntário. Ainda que os pais fumem longe das crianças, os resíduos de suas roupas e mãos causam danos significativos à saúde delas. Fumar na gravidez é ainda mais perigoso tanto para o feto como para a mãe.

A gestante que fuma

A gravidez já costuma trazer complicações às mulheres que não fumam, tais como hipertensão e diabetes gestacional. Para as que fumam, o risco é ainda maior. Além de hipertensão, pode ocorrer:

  • Hemorragias

  • Aborto espontâneo

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  • Destruição de nutrientes como a vitamina C

  • Fadiga muscular

  • Hipoglicemia

  • Dores de cabeça

  • Aumento do colesterol

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  • Distúrbios circulatórios inclusive trombose e embolia pulmonar

  • Desnutrição

O ideal é jamais fumar o primeiro cigarro. Porém, se a mulher deseja engravidar, deve parar um ano antes. O cigarro, entre outros males, diminui a fertilidade.

Os efeitos no feto

Enquanto está no ventre materno, o feto recebe além de oxigênio e nutrientes, tudo o que estiver no sangue materno. O primeiro risco a que o feto fica exposto é o aborto, ou seja, à morte. O segundo é a morte pós-parto. Resumindo, o risco do feto cuja mãe fuma é de morte. Se o bebê sobrevive, ele pode ter problemas neonatais e sequelas. A nicotina é vasoconstritora, ou seja, estreita os vasos sanguíneos prejudicando o recebimento de nutrientes e oxigênio pelo cordão umbilical e deixando o bebê desnutrido e com baixo peso.

Problemas neonatais

  • Nascer prematuro

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  • Pulmões imaturos

  • Ter baixo peso

  • Exposição a agentes tóxicos que podem deixar sequelas permanentes

  • Mutações genéticas como no gene HPRT – que é um marcador biológico que registra exposição a agentes cancerígenos.

  • Risco de desenvolver depressão

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  • Risco de autismo

  • Risco de morte súbita

Stephen Grant, professor de saúde ambiental e ocupacional na University of Pittsburgh, ressalta que “As mulheres grávidas deveriam não só parar de fumar, mas também conscientizarem-se de sua exposição ao fumo a partir de outros membros de sua família, no trabalho e em outras situações sociais”. Ainda segundo Grant, o tabagismo passivo pode acarretar os mesmos danos à mãe e ao feto.

O que a gestante ou futura gestante deve fazer

  1. Primeiro, tenha consciência de que o tabagismo é um vício e como tal deve ser tratado. Se não consegue parar de fumar, procure ajuda para deixar o vício pelo menos um ano antes de engravidar.

  2. Caso já esteja grávida, deve parar imediatamente. Não existe quantidade segura de cigarros em nenhuma situação, muito menos na gravidez.

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  3. Tenha o desejo de deixar o hábito. Priorize o bebê.

  4. Evite pessoas que fumam e locais onde há a possibilidade de contato com a fumaça do cigarro. Os danos do fumo passivo são tão prejudiciais quanto do ativo na gravidez.

  5. Esteja ciente de que você terá crises de privação, e a tentação de recair no vício será grande, principalmente em momentos de estresse. Evite situações ou pessoas estressantes.

  6. Tome bastante água. A água ajuda a livrar o corpo da nicotina e consequentemente diminui o desejo de fumar.

  7. Alimente-se bem, corte o café e outras fontes de cafeína. Procure meditar, ler, exercitar-se moderadamente e cultive hábitos saudáveis. Comer cenoura cortada em palitos ajuda a diminuir a ansiedade nos fumantes em crise de privação.

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  8. Faça um bom pré-natal e participe de grupos de gestantes e de dependentes químicos (disponível no SUS). Acompanhamento médico e psicológico ajuda muito.

  9. Procure ajuda divina. Ore, leia as escrituras de sua religião, medite, enfim, cultive seu espírito. Lembre-se de que a fé é um princípio de poder.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.