Fumante passivo: Quais os riscos de conviver com quem fuma

Segundo pesquisas do Instituto Nacional do Câncer, fumantes passivos estão em maior risco de contrair câncer de pulmão e infarto do que os não fumantes. É a terceira maior causa de morte evitável no mundo.

Stael Ferreira Pedrosa

Seria quase redundante falar dos males do fumo. A maioria absoluta das pessoas no planeta sabe dos malefícios que esse hábito traz.

De acordo com este site da lei antifumo de SP “É também chamado de tabagismo passivo (a) exposição involuntária ao fumo ou à poluição tabagística ambiental (PTA). Segundo a Organização Mundial da Saúde, a PTA é o principal agente poluidor de ambientes fechados e o fumo passivo é a 3ª maior causa de morte evitável no mundo.”

Segundo o Ministério da Saúde, as crianças são 40% das vítimas do fumo passivo.” Já pesquisa feita na USP diz que são 51%.

Pais que fumam

Se um pai ou mãe, ou ambos, querem destruir sua saúde e dar mau exemplo aos filhos, é fácil fazê-lo através do hábito de fumar. Mas contribuir para que os filhos sofram os efeitos desse mal é, para dizer pouco, irresponsabilidade. Basta que um dos pais fume para causar danos à saúde da família. A fumaça se impregna nas paredes, roupas, móveis e continua a intoxicar.

O pneumologista da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia Sérgio Ricardo Santos afirma que o fumante passivo sofre os mesmos riscos e às vezes até mais que o próprio fumante. Se você é fumante, evite fumar perto de outras pessoas ou dentro de ambientes como sua casa. Se você não fuma, cuide do ar que você e suas crianças respiram.

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As crianças são as maiores vítimas

Conforme a OMS, fumar passivamente “é a terceira maior causa de mortes evitáveis do mundo”. As crianças expostas à fumaça têm 50% de chances de desenvolver problemas respiratórios, como bronquite e asma. Também estão listados os problemas cardíacos, mentais, comportamentais, auditivos, de aprendizado e câncer. Nos adultos o risco de doença cardíaca aumenta em 25% quando exposto ao fumo passivo.

A exposição

A mãe que fuma durante a gestação expõe o feto a abortos espontâneos, morte fetal, nascimento prematuro. Além disso, os que nascem de tempo apresentam baixo peso e risco de morte. Não existem níveis seguros para consumo de cigarro, mesmo um único cigarro pode acelerar os batimentos cardíacos do feto. Esses efeitos estão presentes mesmo quando a mãe apenas é exposta à fumaça de cigarro.

Muitas mulheres se abstêm do fumo durante a gestação, mas voltam a usá-lo quando o bebê nasce. A amamentação da mãe fumante transforma o bebê em fumante passivo e o expõe ao risco de intoxicação fatal, parada cardíaca e Morte Súbita Infantil. Mesmo se a mãe fuma longe da criança, a fumaça que permanece na roupa expõe a criança a riscos.

Risco no ambiente

Por que não basta ficar longe do fumante? Porque a fumaça que fica no ambiente tem até 50 vezes mais agentes tóxicos do que a fumaça inalada pelo fumante, já que o cigarro tem filtro. Nenhum equipamento de ventilação é capaz de impedir que a fumaça e resíduos tóxicos se fixem nas paredes e móveis. Ou seja, mesmo depois de apagado o cigarro continua a causar males. Os males causados por respirar-se nesse tipo de ambiente vão de problemas respiratórios a riscos de câncer de pulmão, fígado e bexiga, passando por elevação da pressão arterial e angina (dor no peito), até infarto agudo.

Direito de escolha

A indústria do tabaco usa o termo “direito de escolha” para defender-se judicialmente contra processos por danos físicos por parte de fumantes e ex-fumantes. Em parte, é verdade. A pessoa escolhe fumar ou não o primeiro cigarro. Mas, e quanto ao fumante passivo? Qual seu direito de escolha? Principalmente as crianças vítimas de mães que fumam?

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É necessária a conscientização por meios governamentais e veículos de comunicação sobre os males do fumo passivo. Como pais é nosso dever zelar pelo bem-estar de nossa família. No Brasil 24 pessoas morrem a cada hora pelo tabagismo ativo e 7 pessoas a cada dia pelo tabagismo passivo.

Escolha a vida

O fumante pode escolher agora proporcionar uma vida mais saudável a si e aos que o rodeiam. Escolha livrar-se desse hábito pernicioso. Busque ajuda médica e governamental através da saúde pública:

Sua saúde e dos que o rodeiam agradecerão.

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Para se inspirar veja o vídeo do Dr. Drauzio Varella.

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Stael Ferreira Pedrosa

Stael Ferreira Pedrosa é pedagoga, escritora free-lancer, tradutora, desenhista e artesã, ama literatura clássica brasileira e filmes de ficção científica. É mãe de dois filhos que ela considera serem a sua vida.