Compatibilidade: Um dos pilares essenciais de um casamento feliz

Objetivos e valores compartilhados não são importantes apenas no dia do casamento. Eles continuam a ser uma chave para a felicidade durante todo o seu casamento - e, por vezes, envolvem sacrifício.

Rob Jenkins

Nota do Editor: Este artigo foi publicado em 24 de maio de 2014 no Gwinnett Daily Post. Foi reproduzido aqui com permissão.

Foi perguntado à esposa de um destacado líder religioso, se alguma vez, em seus mais de 50 anos de casamento, ela já tinha considerado a possibilidade do divórcio.

“O divórcio?”, Ela respondeu. “Não. Assassinato? Talvez.”

Sem dúvida, a maioria das pessoas casadas e que estão comprometidas com seus casamentos, já se sentiu assim alguma vez. A boa notícia é que, entre os casais, o assassinato não é tão comum. A má notícia é que o divórcio é muito mais comum e cada vez aumenta mais todos os dias.

Ou talvez só parece ser assim. Estatisticamente, embora a taxa de divórcios tenha subido acentuadamente entre 1960 e 1980, ela se estabilizou um pouco desde então. Talvez o que eu esteja vendo é que, à medida que envelheço mais e mais jovens que eu conheço – em alguns casos, pessoas muito próximas – estão se divorciando.

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Isso me incomoda muito. Eu acho que eu sou da velha guarda, pois eu ainda acredito que a dissolução de um casamento é uma das piores coisas que podem acontecer com as pessoas. Certamente, eu vi em primeira mão como o divórcio pode ser devastador, especialmente para as crianças.

Não que eu esteja colocando a mim mesmo como qualquer tipo de paradigma, e muito menos um especialista. Eu não sou um psicólogo, um conselheiro matrimonial, ou um membro do clero profissional. (Embora eu tenha servido como o que alguns poderiam chamar de ministro leigo, onde me capacitei com alguma experiência para trabalhar com casamentos problemáticos).

Por outro lado, eu estou casado há 31 anos. E embora isso seja devido, principalmente, à graça de Deus e ao fato de que a minha mulher é uma santa, eu ainda tenho certeza que muitos de vocês também podem ter um relacionamento.

Um último aviso antes de terminar esta introdução: como cristão, eu acredito que os indivíduos e as famílias são mais propensos a serem felizes quando seguem os ensinamentos de Jesus Cristo. Não há dúvida de que este princípio é subjacente em muito do que eu vou dizer.

Por outro lado, eu acho que você não necessariamente tem que ser um cristão, ou mesmo religioso, para ter um bom casamento. Os princípios que vamos explorar, creio eu, são universais.

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Compatibilidade

A maioria de nós está familiarizada com o velho ditado, “os opostos se atraem”, assim como seu corolário: “mas são os iguais que ficam juntos.”

Ambas as máximas, parece-me, contêm alguma verdade. As pessoas parecem motivadas, talvez biologicamente, a encontrar companheiros com traços físicos e de personalidade que os complete. Também a buscar naturalmente parceiros cujos pontos fortes e fracos compensem os seus.

Mas, no final, o que realmente atrai as pessoas – e as mantém juntas – é que eles têm visões de mundo semelhantes e partilham valores comuns, esperanças e objetivos.

Talvez a coisa mais importante que um casal possa fazer antes de se casar é ter uma conversa franca e abrangente sobre todas as questões que se tornarão importantes na estrada: educação dos filhos, as finanças da família, as expectativas para o futuro. Porque não importa o quanto “apaixonadas” duas pessoas podem estar, elas vão achar que é incrivelmente desafiador construir um casamento feliz e duradouro, se não puderem chegar a um acordo sobre tais princípios.

Felizmente, parece que mais e mais jovens estão tendo essa conversa nos dias de hoje. O problema é que a discussão deve ser contínua, o que vai muito além do namoro. Ao longo de seu casamento, os casais precisam se comunicar constantemente sobre essas questões e muitas outras.

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O fato é que as pessoas mudam. O que elas querem aos 20 anos não é necessariamente o que querem aos 30. A mulher, que, no início, compromete-se a ficar em casa e criar os filhos pode decidir mais tarde que ela quer voltar a trabalhar. Um marido pode descobrir que ele é muito mais ambicioso do que pensava, necessitando de mais horas no escritório do que o previsto.

Os interesses das pessoas mudam também. Alguém que gostava de caminhar e acampar aos 23 anos pode não ser tão aventureiro aos 43. Alguém que sempre esteve acima do peso pode embarcar em uma dieta rigorosa ou começar a treinar para maratonas. Nesses casos, há sempre o risco de um parceiro deixar o outro para trás. Eu já vi isso acontecer muitas vezes.

É por isso que, à medida que um casamento amadurece, o sacrifício torna-se um aspecto importante e muitas vezes negligenciado do que chamamos de “compatibilidade.” No início, a compatibilidade é uma questão de interesses e perspectivas comuns. Mas em algum ponto ao longo do caminho, ela se torna uma escolha consciente.

Às vezes, a fim de manter o casamento forte, temos que optar por não deixar que outros interesses ou atividades estejam – e podem estar – entre nós e nosso parceiro. Nós também temos que escolher reencontrar essa pessoa no meio do caminho – ao tentar encontrar alguma maneira de apoiar e ter um interesse nas coisas pelas quais o outro se interessa.

A compatibilidade é duramente oferecida, mesmo no início de um casamento – e se por algum motivo, ele tender a ficar mais difícil à medida que os anos passam. Mas, se estamos constantemente a falar sobre as questões importantes, e se realmente colocamos a outra pessoa em primeiro lugar, então devemos ser capazes de manter um nível de compatibilidade que nos permite viver em relativa paz e harmonia.

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_Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa Metzger do original Compatibility: One of the essential cornerstones of a happy marriage

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Rob Jenkins

Rob Jenkins is a newspaper columnist, a happily-married father of four, and the author of "Family Man: The Art of Surviving Domestic Tranquility," available on Amazon.