7 dicas para sair de casa com os filhos pequenos sem enlouquecer

Nem sempre o passeio ou a ida ao supermercado vai sair do jeito que imaginávamos. Uma birra pode acontecer no meio do caminho, ter calma e paciência ajudam muito na hora de resolver os conflitos com os pequenos.

Caroline Canazart

A primeira vez que saí de casa depois que a minha segunda filha nasceu foi um desastre. Chegando ao shopping ela começou a chorar desesperadamente de fome e meu outro filho, que na época tinha quase dois anos, saiu correndo porque queria brincar. Eu tinha um bebê pequeno gritando, um carrinho, um bebê conforto na mão e uma bolsa cheia de bugigangas caindo pela calçada. Se a minha irmã não estivesse por perto, acho que estaria até hoje lá procurando por ele. Respirei fundo e continuamos o passeio.

A vontade, na verdade, era voltar para o carro e ir direto para casa. Tudo foi péssimo como o início já tinha previsto. Eu estava acostumada com a logística de apenas um filho. Depois de chegar a casa decidi que só iria sair de novo quando um deles estivesse com 10 anos ou quando pudesse contratar umas dez babás para me ajudar, tamanho o estresse que passei. Claro que não fiz nem uma coisa e nem outra. Com o tempo comecei a me adaptar a essa nova rotina e descobrir o que dava certo agora, com dois filhos pequenos.

Abaixo seguem algumas das coisas que me fazem estar mais tranquila e não me deixam enlouquecer “muito” quando quero sair com eles.

1. Alimente-os

Sempre dou almoço, lanche ou o jantar antes de sair. Eles ficam com mais energia, mas pelo menos não ficam irritados. Assim fica mais fácil de negociar quando a bagunça começa a ficar fora do controle.

2. Faça-os dormir antes

Criança cansada é sinônimo de estresse e desespero. Para você e para o seu filho.

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3. Reconhecimento do local

Quando chegar ao destino mostre o lugar para eles, explique o que vão fazer, quem vai estar lá e o que não pode ser feito. Funciona muito com a nossa família quando vamos num restaurante, por exemplo. Nós andamos por entre as mesas mostrando para eles os objetos e explicando o que acontece lá enquanto a comida não chega. Eles ficam mais calmos e, normalmente, conseguimos comer sem maiores problemas.

4. Lanchinho na bolsa

Uma bolachinha, um suco ou um pirulito sempre são bons companheiros. Às vezes a inquietação dos pequenos é fome ou sede.

5. Choro desesperado

Aqui em casa é assim, se um começa a se agitar ou chorar o outro vai no embalo. Então quando estamos num local público e alguém começa com o chororô, levamos o filho que está nervoso para fora ou outro ambiente reservado até que se acalme.

6. Fique calmo

Respire fundo e tente entender o motivo. As crianças na maioria das vezes não conseguem expressar com palavras o que estão sentindo, então apelam para o choro. Pode ser o guardanapo que ele não consegue pegar, um brinquedo que ficou esquecido no carro, um cadarço desamarrado. Qualquer coisa simples de resolver.

7. Hora de ir embora

Tem momentos que precisamos ceder. Se o choro não passar ou a irritação das crianças não cessar é porque a hora de ir para casa chegou.

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Depois daquela primeira tentativa, outras se seguiram desastrosas também. Foram cansativas até o momento em que percebi o fato de que eles eram crianças e esse cenário não iria mudar tão cedo. Então tivemos que nos adequar. Às vezes iriam chorar e fazer birra. Em outros momentos a ida ao supermercado acabaria sem nenhuma lágrima. Não se intimide com os olhares reprovadores dos desconhecidos e conhecidos, por mais inconveniente que pareça, é normal. As crianças ainda não estão acostumadas com as regras de convivência. E isso cabe a nós ensinarmos a elas.

Não adianta dar palmadas também. Violência gera violência. Você vai bater nelas. Elas vão bater no irmãozinho, que vai bater nos amiguinhos da escola. Simplesmente porque essa vai ser a forma deles aprenderem como resolver os problemas, com agressividade.

Comigo essas atitudes funcionam e acredito que tudo depende muito da forma como nós adultos olhamos as coisas. Algo que meu marido tem falado muito nos últimos passeios é: “Relaxa! Deixe, são crianças. Estão fazendo coisas de crianças. Eu também ia querer estar rolando nesse chão lisinho e brilhoso do supermercado!”.

Então é assim, com os devidos limites, mas deixando que eles aproveitem a infância. Passa muito rápido e vamos sentir saudades desse tempo. Logo eles não vão mais querer a nossa companhia nos passeios.

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Caroline Canazart

Caroline é uma jornalista catarinense que optou por ser mãe em tempo integral depois do nascimento dos filhos. Ama escrever e ainda acredita que pode mudar o mundo com isso.