Ele não é pesado. Ele é meu irmão! Este adolescente carregou o irmão de 7 anos com paralisia cerebral por quase 65 quilômetros

O que você seria capaz de fazer pelo seu irmão ou sua irmã? Rodaria dezenas de quilômetros com ele(a) nas costas só para levar uma mensagem importante dele(a) para outras pessoas? Foi o que este irmão fez.

Marcia Denardi

É estranho à primeira vista, mas foi isso que aconteceu recentemente com um jovem de 14 anos, de Michigan, que com um grande amor por seu irmão mais jovem, decidiu fazer um gesto impressionante para demonstrá-lo.

O pequeno Braden Gandee, de sete anos, é portador de paralisia cerebral, e acabou perdendo o movimento de suas pernas. O irmão mais velho, Hunter, é um fiel companheiro do pequeno Braden, e sempre o ajudou com tudo o que ele precisava. Mas decidiu fazer algo além do costume. Com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a debilidade de Braden, Hunter organizou uma caminhada de aproximadamente 65 quilômetros, junto com seu irmão caçula. Como ele fez isso? Carregou-o amarrado nas costas durante todo o percurso, enfrentando calor, chuva e cansaço.

A conscientização e o resultado

Hunter planejou essa ação por semanas, e demorou cerca de dois dias preparando tudo para levar Braden. Ao longo do caminho, no entanto, as condições estavam muito difíceis e eles até cogitaram parar. Foi quando eles já haviam percorrido pouco mais de 45 quilômetros. Mas antes de tomar a decisão final, Hunter telefonou para um amigo, que conseguiu dar forças para que eles finalizassem o trajeto restante, que embora tenha demorado um pouco mais do que o previsto, surtiu um efeito magnífico.

Várias pessoas aderiram ao projeto, incluindo os pais e os outros dois irmãos, amigos e algumas pessoas que apoiaram a ideia de Hunter pelo Facebook, Twitter e pelo blog deles. No ginásio, que foi o ponto de partida da caminhada, havia muitas pessoas que incentivaram a idealização, e até a banda da escola fez questão de tocar algumas músicas para dar ainda mais apoio. Ao fim da caminhada, cujo ponto de chegada foi a Universidade de Michigan, os participantes e especialmente Hunter e Braden foram recebidos com muitos aplausos e gritos de entusiasmo. A caminhada durou quase 30 horas.

Com toda essa movimentação, Hunter espera que as pessoas atentem mais para a paralisia, especialmente a comunidade médica. Ele acredita que essa idealização possa incentivar o surgimento de novas ideias para melhorar os procedimentos médicos para tratamento de paralisia bem como a mobilidade daqueles que são portadores.

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O pequeno Braden usa andador, cadeira de roda e suspensório para poder se locomover. E seu grande herói, Hunter, treinou durante dias para a caminhada, levantando peso e fazendo muito exercício. Nos dias que antecederam a caminhada, ele ficou de olho na previsão do tempo. No primeiro dia deu um tempo bom, mas no segundo choveu e esfriou bastante. Sabendo de antemão das condições, os meninos se prepararam com roupas de frio.

Segundo Hunter, a caminhada foi apenas uma maneira de dizer o quanto Braden é importante para ele, “Eu nem posso descrever o quanto Braden é especial para mim. Não há como colocar isso em palavras. Ele é maravilhoso, e sempre está lá para mim. Eu só gostaria de retribuir de alguma forma”, declara o irmão mais velho.

Outras ações do pequeno grande herói

Essa não foi a primeira ação de Hunter pensando em como ajudar seu irmão e também outras pessoas com a mesma debilidade. Anteriormente, Hunter angariou 350 dólares para uma entidade de sua cidade, que cuida de pessoas com paralisia. Ele conseguiu esse feito vendendo pulseiras na escola. Com a caminhada, no entanto, o objetivo foi diferente, já que ele esperava aumentar a conscientização, ao invés de levantar doações.

“Precisamos fazer com que as pessoas tenham interesse no assunto. Elas não imaginam o trabalho que os portadores de paralisia passam em coisas simples. Todos os dias da vida de Braden têm sido mais difíceis do que um só dia para mim. Ele é um grande lutador”, afirma Hunter.

Ambos os irmãos pretendem estudar Biomedicina no futuro com o objetivo de projetar equipamentos para facilitar a mobilidade de pessoas com paralisia. A mãe, Danielle, está confiante nesse nobre objetivo e sabe que eles terão sucesso em tudo o que tentarem.

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Danielle ficou impressionada com o resultado da caminhada, e reafirma o que seu filho Hunter disse: “Estamos surpresos com o apoio das pessoas, porque realmente há uma necessidade urgente de acessibilidade e de mais equipamentos para pessoas com dificuldade em se locomover”.

Uma grande prova de amor fraterno, você não acha?

Fonte da imagem: Today.com

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Marcia Denardi

Márcia Denardi é jornalista, musicista e uma mãe e esposa loucamente apaixonada pelos filhos e pelo marido. Tem como objetivo profissional usar a informação para fortalecer as famílias. Curta a fan page www.facebook.com/blogmarciadenardi.