De que lado você está?

O poder de Deus é maior que o poder do homem, mas, ao ficar em cima do muro, você poderá trazer consequências que destruirão sua vida e sua descendência.

C. A. Ayres

Jesus Cristo ensinou:

“E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas.” (Mateus 22)

Repare que Ele foi enfático: Destes dois mandamentos dependem toda a lei dos céus e os profetas. Ele não disse que a lei maior é amar o próximo ANTES de amar a Deus, ou uma igreja falar mal da outra, ou sermos melhores uns que os outros. Ele não disse que adquirir bens materiais e colocar seja lá o que for em frente a Amar a Deus e ao próximo é mais importante. Ele também não disse que satisfazer os desejos carnais, ou apoiar causas politicamente corretas, e brigar por causa de divergências políticas, religiosas e pessoais é mais importante.

Lynn Robbins, um dos fundadores da Franklin Covey, disse: “Tentar agradar aos outros antes de agradar a Deus é inverter os dois primeiros grandes mandamentos. É esquecer-se de que lado está. Mas, ainda assim, todos já cometemos esse erro por temor aos homens.”

A pressão do mundo e a armadilha das lisonjas: Nossa vaidade e o temor dos homens

A sociedade em que vivemos nos massacra se discordamos da maioria. Se defendemos princípios e valores, ajudamos a alguns, e indiretamente outros se ofendem tão facilmente. Joseph Goebbels é conhecido por dizer: “Uma mentira contada mil vezes, torna-se uma verdade”, e assim fez Hitler, Stalin e tantos outros, mesmo hoje em dia.

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A insistência da mídia e de alguns grupos na doutrinação para aceitarmos suas ideias e comportamentos à primeira vista nos causa espanto, depois desconforto, depois familiarizamo-nos, e por fim acabamos por tentar buscar uma convivência pacífica com estes e até nos sentindo culpados por ter discordado a princípio. É nossa compaixão caindo na armadilha.

Nossos acusadores nos chamam de intolerantes. Sentimo-nos forçados a baixar padrões, a “deixar para lá” e acabamos quebrando o maior de todos os mandamentos.

Leia mais sobre isso no artigo A armadilha da tolerância.

Hipocrisia: O ato de achar que pode haver neutralidade

O mais interessante é que a maior parte das pessoas que teme mais os homens do que a Deus acha que podem agradar a ambos. E nós sabemos que “não podemos servir a dois senhores”.

Essa prática faz com que nossos valores sejam confundidos e nossos objetivos perdidos. As pessoas, conforme o teólogo Neal A. Maxwell disse, “desenvolvem autossatisfação, em vez de buscar o aperfeiçoamento e o arrependimento”.

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A verdadeira coragem

Enfrentar os perigos é vencer o medo dos homens. O grande escritor C. S. Lewis escreveu que “A coragem é (…) a forma que cada virtude assume ao ser testada. (…) Pilatos foi misericordioso até o momento em que a situação começou a ficar perigosa”. Quando flertamos com as filosofias dos homens, indo contra o que diz o Senhor, estamos lavando nossas mãos. Há inúmeros exemplos nas escrituras sagradas, e mesmo na história do mundo, de pessoas que, buscando a glória do mundo, tentam agradar aos homens, os famosos “fariseus” amavam mais o homem do que a Deus.

Nas escrituras também vimos inúmeras passagens de profetas de Deus que foram debochados e atacados pelo escárnio. Um líder religioso chamado Harold B. Lee lembra que “um pássaro ferido se debate”. Quem desdenha quer comprar, ou seja, “culpa tentando se reafirmar”. É justamente o ato de contar uma mentira muitas vezes até que ela se torne verdade.

O exemplo do Mestre

“O Salvador, o único ser perfeito que já viveu na Terra, foi o mais corajoso. Durante Sua vida, Ele foi confrontado por dezenas de acusadores, mas nunca Se rendeu ao dedo escarnecedor deles. Ele é a única pessoa que jamais Se esqueceu de que lado estava. Ele foi um representante tão perfeito de Seu Pai que conhecer o Salvador também era como conhecer o Pai. Ver o Filho era como ver o Pai (ver João 14:9). Ouvir o Filho era como ouvir o Pai (ver João 5:36). Ele havia, na essência, tornado-Se idêntico a Seu Pai. Seu Pai e Ele eram um (ver João 17:21–22). Ele sabia perfeitamente de que lado estava.”, completa Lynn Robbins.

Nós também podemos amar a todos como Jesus Cristo amou. Mas, assim também como Ele, precisamos ser firmes e não termos medo de defender o que o Pai Celestial nos ensinou. Que possamos escolher sermos realmente felizes, com a paz de seguirmos o Senhor, proteger nossa família, investir tempo e companheirismo em nosso casamento, decidindo definitivamente de que lado do muro estamos. Mesmo que isso vá contra o poder dos homens.

O poder de Deus é infinita e substancialmente maior e, mais cedo do que pensamos, saberemos disso por nós mesmos, senão pelo amor, pela dor.

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C. A. Ayres

C. A. Ayres é mãe, esposa, escritora e fotógrafa, pós-graduada em Jornalismo, Psicologia/Psicanálise. Visite seu website.