As vantagens do casamento e família bem estruturados para o desenvolvimento da sociedade

Você precisa do seu casamento, eu também, e toda a sociedade precisa do seu sucesso no matrimônio.

Karin Cristina Guedes de Oliveira

Eu sempre digo aos meus amigos solteiros, quando quero lhes convencer de se casarem, ou ao menos tirar-lhes o medo do casamento: dois são melhores do que um; em dupla conquistamos mais, crescemos mais, desenvolvemo-nos melhor, somos mais fortes, e muitas outras coisas estimulantes. Toda essa minha teoria é estatisticamente comprovada.

Um recente estudo americano levantou que “pelo menos 32% da desigualdade de renda familiar, e 37% do declínio nas taxas de emprego dos homens desde 1979 pode estar relacionado com a diminuição do número de americanos que formam e mantêm famílias estáveis”.

A instituição mais antiga da sociedade, e a mais sagrada para a maioria, é fundamental para o desenvolvimento do ser humano, homem, mulher e crianças. O mesmo estudo aponta que, para as crianças, crescer junto aos pais significa mais trabalho e mais educação, resultando em uma vida economicamente mais confortável.

“Toda evidência mais recente confirma a sabedoria antiga: a instituição do casamento é a chave para a vida adulta produtiva, a pedra angular de uma família estável, a unidade básica de uma comunidade saudável”, diz o presidente do American Enterprise Institute, Arthur Brooks.

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1. Casais de baixa renda se divorciam mais do que casais com nível de escolaridade superior e com melhor renda.

Filhos que crescem em famílias economicamente desenvolvidas e desfrutam de acesso à educação e ao trabalho tendem a casar-se na vida adulta e levar uma vida semelhante a de seus pais, proporcionando aos filhos a mesma estabilidade.

Podemos dizer que o casamento, economicamente falando, na maioria das vezes é cheio de vantagens, uma vez que os autores dessa pesquisa revelam que casados recebem mais apoio dos parentes e desfrutam de maiores economias em escala.

2. Homens casados são mais valorizados profissionalmente e consequentemente têm maior renda

Existe algum tipo de poder no casamento direcionado aos homens. Mesmo em uma sociedade atual mais igualitária, eles trabalham mais e ganham mais dinheiro comparado a anos anteriores. Para as mulheres, a situação pode ser diferente, mas também positiva, não temos a mesma cobrança no que se refere ao valor da renda, e qualquer esforço nas tarefas domésticas ou na maternidade é bem baixo comparado a alegria que desfrutamos ao sermos esposas e mães.

Além da renda ser complementada pela renda do homem, mulheres que criam os filhos sozinhas sofrem mais economicamente. Ter um companheiro para dividir os cuidados com os filhos é mais útil e compensador, tanto para eles como para elas.

3. A necessidade das instituições governamentais, civis e religiosas apoiarem e incentivarem o casamento

Mesmo com esses benefícios, ainda é evidente a falta de compromisso e a negação às responsabilidades e aos relacionamentos. Com o passar das últimas décadas, o número de pessoas envolvidas com instituições civis religiosas e não religiosas caiu cerca de 15% comparado aos anos de 1970 e 2000.

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O abismo chamado casamento que assombra os jovens e tem os ensinado a fugirem de compromisso é uma questão cultural, social, cívica e moral, que deve ser trabalhada de maneira a educar os jovens a seguir um plano de vida baseado em estudar, trabalhar e se casar. O Estado ou o governo também pode contribuir dando incentivos e apoiando a instituição familiar, de maneira que o custo financeiro para manter uma família não seja mais um assombro na vida de quem ainda está cogitando essa possibilidade.

A sociedade precisa de famílias bem estruturadas para se desenvolver melhor, para gerar cidadãos de bem, com ideias inovadoras, seres economicamente desenvolvidos e trabalhadores empenhados no empreendedorismo social.

Para que isso aconteça, o exemplo é fundamental. Filhos de relacionamentos estáveis desejarão constituir também relacionamentos semelhantes aos dos pais. Instituições religiosas possuem o poder de influenciar e educar empreendedores sociais e ajudar na formação de famílias fortes que fortalecerão e desenvolverão uma sociedade melhor. O envolvimento dos jovens com compromissos religiosos e familiares os direcionará a estabelecer-se melhor em seu casamento.

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Karin Cristina Guedes de Oliveira

Karin Cristina é pedagoga, mãe e esposa. Apaixonada pelo ser humano, acredita que o conhecimento é capaz de mudar a humanidade e a leitura é o caminho.