Chupeta: vantagens e desvantagens para o bebê

Como tudo na vida, a chupeta também tem o lado bom e o lado ruim. Veja os prós e contras e decida o que fazer com o seu bebê.

Caroline Canazart

Meu filho não aceitou chupeta. Por mais que eu insistisse, ele me venceu. Compramos das mais baratas até as mais caras e modernas e nada adiantou. Só conseguimos fazê-lo ficar com ela na boca por alguns minutos para tirar fotos e mais nada. Acho que meu bebê tomou como regra, ao me ouvir dizer enquanto estava grávida: “Meu filho não vai usar chupeta! Estraga os dentes!“. Mas, é claro que, depois do nascimento, algumas noites em claro e dias exaustivos, quando ele queria ficar mamando a todo o momento, mudei de ideia.

Com o tempo descobri que o movimento de sugar acalma o bebê em períodos tensos como as cólicas e também ajuda na hora de fazê-lo dormir. Por isso, muitas mães optam por dar a chupeta, enquanto outros bebês encontram os dedinhos para chupar. Alguns especialistas dizem que a sucção começa ainda dentro do útero e, inclusive, algumas mamães sortudas conseguem pegar o bebê com o dedo na boca durante o ultrassom. E é nesse começo de relação que as dúvidas aumentam. Dar ou não chupeta para o filho?

A principal vantagem da chupeta é a calma que ela traz para a criança e, automaticamente, para os pais. Ao invés de usar a mãe, o bebê usa a chupeta para relaxar, já que muitos deles querem ficar no seio, não por fome, apenas pelo conforto que o ato de sugar traz. Inclusive, o medo de que a criança deixe de pegar o peito para mamar transforma a chupeta em um vilão para muitas mães e médicos. Apesar dessa possibilidade, uma pesquisa realizada na Argentina, em 2009, apontou que bebês que começaram a usar chupeta a partir do décimo quinto dia de vida, não deixaram de mamar até, pelo menos, os primeiros três meses. Então, a dica é que o bebê só comece a utilizar a chupeta depois de estar craque em sugar o leite da mamãe.

Alguns especialistas também ligam o uso da chupeta à redução da morte súbita de berço, uma síndrome que leva à morte os bebês com até um ano de idade, durante o sono. Segundo os médicos, os bebês que dormem com chupeta não adormecem de maneira tão profunda quanto os que não têm chupeta. Dessa forma, podem acordar mais facilmente caso aconteça algo que possa terminar em uma parada respiratória. Porém, ainda não existe uma comprovação científica para isso.

Apesar dessas informações, outras desvantagens, além da possibilidade de interrupção da amamentação, se somam ao uso da chupeta.

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Problemas nos dentes

Muitos especialistas ligam problemas dentais ao uso prolongado da chupeta e também ao fato da criança chupar o dedo. A questão fica pior caso ela ainda esteja com a chupeta quando os dentes permanentes começarem a nascer. A dica é tirá-la quando o bebê completar um ano de idade.

Otites

A infecção média no ouvido tem relação direta com o uso de chupeta. Acredita-se que o uso aumente a migração de infecções para a Trompa de Eustáquio (a passagem oca que liga o ouvido médio e a garganta). Para evitar esse tipo de problema, limite o uso da chupeta à hora de dormir.

Infecções

Diarreia, vômitos, febre e cólicas também são sintomas ligados ao uso da chupeta. Esterilizá-la e sempre ter uma reserva na bolsa é a opção para diminuir as chances de seu filho ter alguma infecção.

Problemas de fala

A chupeta na boca pode atrasar o desenvolvimento dos sons que os bebês emitem. Se a criança for maior, pode reprimir a linguagem. Para amenizar esses problemas, a dica também é deixar a chupeta apenas para a hora do sono.

O importante é os pais analisarem os prós e contras do uso da chupeta e decidirem juntos o que será melhor para o bebê. O pediatra do seu filho também pode ajudar tirando as principais dúvidas. Além disso, se a criança não quiser a chupeta, não force. Ela vai encontrar outra forma para relaxar. E, caso seu filho goste muito da chupeta, vai chegar o dia em que ele vai querer entregá-la para o Papai Noel ou para o coelhinho da Páscoa.

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Caroline Canazart

Caroline é uma jornalista catarinense que optou por ser mãe em tempo integral depois do nascimento dos filhos. Ama escrever e ainda acredita que pode mudar o mundo com isso.