7 formas que o amor transforma seu cérebro

Quando nos apaixonamos, o amor que sentimos é capaz até de transformar o nosso cérebro; veja como.

João Martins

“Guarde o amor no seu coração. Uma vida sem amor é como um jardim sem sol, onde as flores estão mortas.” – Oscar Wilde

Quando o amor enche o nosso coração parece que algo muda. O mundo torna-se mais alegre; o sol torna-se mais brilhante, e a voz da pessoa que amamos é como uma melodia das mais belas sinfonias. Quando amamos, o nosso coração parece que quer saltar do nosso peito, mas o amor também tem grandes efeitos no nosso cérebro.

Podemos encontrar sete formas de como o amor causa mudanças até no nosso cérebro:

1. Começamos a pensar em “nós” ao invés de apenas “eu”

Quando o amor começa a crescer, nós deixamos de pensar no eu e começamos a pensar mais na pessoa que amamos. Este efeito é notado desde que somos crianças e o demonstramos com os nossos pais, quando estamos com a pessoa que desejamos partilhar a nossa vida e, não esquecer, é algo que também envolve os filhos. O amor começa logo por mudar a nossa forma de pensar; o que nós desejamos deixa de ser uma prioridade e começamos a ficar mais preocupados com o que a pessoa que amamos deseja e precisa.

2. Nós nos sentimos viciados

Há quem compare o amor a uma droga, e existe uma razão para isso. Os sistemas que se tornam ativos quando estamos apaixonados são os mesmos que ficam ativos quando estamos sob o efeito de uma droga. Por exemplo, a euforia que nos faz desejar mais, desejar estar mais tempo com a pessoa que amamos é, na sua essência, parecida com o desejo que uma pessoa viciada sente quando quer usar o seu vício. Apesar disso, o vício do amor é, com certeza, um vício muito saudável e recomenda-se!

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3. Quanto mais amamos, mais saudáveis e sábios ficamos

Quando nos apaixonamos e cuidamos de um amor que está crescendo, o efeito que isso tem no nosso coração é muito benéfico. Sabem aquela sensação que sentem no peito, que parece que o coração quer saltar do peito para fora? Essa sensação é parecida com a que sentimos quando estamos fazendo exercício e, por isso, estar apaixonado é um bom exercício para o coração. No que toca ao cérebro, estar apaixonado liberta uma hormona chamada dopamina, e essa hormona está ligada ao prazer, desejo e euforia. Devido a essa hormona, nós nos sentimos mais felizes e, quem se sente mais feliz vive relações mais saudáveis e, além disso, o efeito dessa alegria faz com que fiquemos mais sábios e com uma melhor saúde mental.

4. Nós ficamos mais relaxados

Apesar de todos nós lembrarmos da sensação de borboletas voando no nosso estômago na altura do primeiro beijo que demos com a pessoa que amamos, não é desse nervosismo a que me refiro quando falo de precisar relaxar. Quando estamos com a pessoa que amamos, durante uma relação saudável, basta apenas dar a mão para que, mesmo depois de um dia estressante, o nosso corpo relaxe, a nossa pressão sanguínea abaixe, as dores físicas que podemos sentir são atenuadas e a nossa mente acalme.

5. Nós protegemos mais e também auxiliamos mais

Quando amamos alguém, nós aprendemos algo que é maravilhoso – a importância de apoiar e de proteger alguém que é muito importante para nós. Este desejo cresce a medida que nós permitimos que uma relação de confiança cresça entre nós e a pessoa que amamos. Também é de notar que, segundo o Professor Semir Zeki, da University College London, que promoveu estudos realizados usando MRI (imagem por ressonância magnética), a atividade na zona frontal do nosso cérebro, responsável pelo julgamento, é diminuída, o que nos faz ser menos críticos e negativos em relação à pessoa que amamos; o que nos permite apoiar mais e ser mais carinhosos em vez de ser negativos e deitar abaixo.

Leia também: 5 formas de demonstrar por ações que você ama alguém

6. Nós brilhamos

Bem, tecnicamente não somos nós que brilhamos, mas sim os locais do nosso cérebro responsáveis pelo que é chamado de recompensas (quando fazemos algo bom, esses locais nos fazem sentir bem e quando fazemos algo mau, então esses locais nos fazem sentir mal). Esse efeito está muito ligado ao que falamos no ponto três, sobre a dopamina. Pessoas que dizem estar muito apaixonadas mostram que estão cheias de alegria e com sorrisos mais bonitos que o normal – elas parecem brilhar.

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7. Nós nos sentimos seguros

Este sentimento é análogo ao que os bebês sentem em relação à sua mãe. Quanto mais o amor entre duas pessoas cresce, então mais seguras elas irão se sentir na relação. Segundo o mesmo estudo do ponto cinco, esse amor que está crescendo é capaz até de anular a parte do nosso cérebro que é responsável pelo sentimento de medo e pelas emoções negativas em geral.

O amor é o único sentimento forte o suficiente para mudar corações e alterar até a nossa forma de pensar. Quando amamos, nós deixamos de pensar no eu e começamos a pensar mais nos outros, principalmente em quem amamos. Quando vivemos esse sentimento maravilhoso, o nosso corpo fica mais saudável, o nosso coração bate com mais força, como se a motivação para bater fosse viver para sempre com aquela pessoa especial.

Aproveitando a citação de Oscar Wilde, vamos permitir que a luz do sol aclare o nosso jardim e ilumine as flores que querem florescer como nos primeiros dias da primavera.

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João Martins

João Martins é um biofísico com uma paixão pelo ensino e busca de conhecimento. Podem enviar uma mensagem ou seguir no Facebook: https://www.facebook.com/joao.martins.1401 ou no google+ https://plus.google.com/u/0/+JoaoMartinsJPM/posts