A influência do ambiente familiar na visão que os filhos têm do casamento
Estudos comprovam: A forma como nos relacionamos e a convivência em nossos lares influencia positiva ou negativamente as escolhas de nossos filhos no futuro. Confira 10 dados surpreendentes!
Caroline Canazart
Às vezes gostaríamos de acreditar que as ações negativas do dia a dia não influenciam a vida de nossos filhos. Divórcios, brigas e até aqueles desentendimentos entre pai e mãe que pensamos que ninguém percebeu… Alguns podem gerar traumas, mesmo que silenciosos, e influenciar os filhos em suas escolhas nos relacionamentos futuros analisando e absorvendo os acontecimentos que presenciaram durante a infância e adolescência.
A boa noticia é que, apesar disso, as atitudes positivas também podem influenciar os filhos. De acordo com estudos, crianças de famílias onde não houve divórcios estão mais inclinadas a ter atitudes positivas sobre o casamento e expectativas mais elevadas para os seus próprios casamentos. Na fase adulta, a tendência é menor de estar em um casamento de alto risco, divorciar-se ou morar junto com seu parceiro antes do casamento. Eles também aproveitam o casamento com mais qualidade.
Veja 10 dados sobre o assunto:
1. Estrutura familiar e percepção de casamento
Um estudo diz que homens e mulheres que cresceram em famílias sem divórcios tendem a ter maior respeito pelo casamento. Em comparação com quem não viveu numa família desse estilo, os adultos que passaram a infância com os pais estavam mais inclinados a concordar que é melhor casar-se, que o casamento é para a vida toda e que as crianças estão melhor com os pais. Eles também tendem a não concordar com o divórcio e a ser menos propensos a ter filhos fora do casamento.
2. Ambiente familiar e qualidade conjugal
As pessoas que cresceram em famílias sem a presença do pai ou da mãe e estiveram envolvidos em mais tensões familiares têm maior dificuldade em administrar os problemas de seu próprio casamento já que as experiências que tiveram durante a infância têm um impacto significativo na qualidade de seus próprios casamentos, também percebido em outros relacionamentos. Quem cresceu em uma família estável, obteve mais sucesso em lidar com as dificuldades do casamento ou outro relacionamento.
3. Estrutura familiar e expectativa de casamento
Os adolescentes projetam suas expectativas de relacionamento familiares baseadas na estrutura que tiveram. Os jovens que pertencem a famílias com apenas o pai ou a mãe, ou em famílias que coabitavam, tiveram expectativas mais baixas de se casar no futuro. Adolescentes que viveram com famílias adotivas não apresentaram tendência, nem para mais, nem para menos, de se casar, comparados com jovens que viviam em famílias onde não havia divórcio.
4. Divórcios dos pais e o divórcio na próxima geração
Este estudo informou que as pessoas que não viveram a experiência de divórcio entre os pais são menos propensos a ele, se comparadas com as que tiveram os pais separados. Neste grupo, houve um aumento de 38% de chances de acontecer o divórcio em seus próprios casamentos.
5. Divórcio dos pais e a qualidade conjugal da próxima geração
Aqui o divórcio dos pais mostrou que as crianças levaram consigo uma bagagem de más lembranças, pois o estudo demonstrou que elas têm os casamentos mais problemáticos além de terem sentimentos como raiva, inveja, mágoas e problemas de comunicação que afetaram diretamente seus próprios relacionamentos.
6. E strutura familiar e estabilidade conjugal
Esta pesquisa diz que a qualidade dos casamentos está ligada às experiências que as mulheres tiveram com as suas famílias na infância e adolescência. As mulheres que cresceram em famílias onde não houve divórcio estavam menos propensas a um casamento de alto risco, a morar junto antes do casamento ou de engravidar fora do casamento.
7. Divórcio dos avós e brigas conjugais
Os homens e as mulheres que tiveram avós divorciados estão mais inclinados a também terem discórdia em seus casamentos. Ter avós separados foi associado a um nível mais baixo de escolaridade, maior probabilidade de brigas conjugais e uma relação ruim entre pai e filho, mesmo que o divórcio tenha acontecido antes do neto nascer.
8. Ausência dos pais e a perspectiva para o casamento da próxima geração
Neste estudo, os indivíduos que não tiveram a presença dos pais tinham maior tendência em não se casar ou ao divórcio.
9. Casamento não oficial dos pais e as expectativas de relacionamentos da próxima geração
Os adolescentes que tinham pais que moravam junto com outra pessoa depois do divórcio estavam mais propensos a pensar que os seus próprios relacionamentos também teriam um fim como o de seus pais.
10. Divórcio dos pais e a próxima geração de não casados
Adolescentes ou adultos que tiveram a experiência de ter pais separados têm três vezes mais chance de morar junto com o seu parceiro sem estarem oficialmente casados.
A conclusão que podemos tirar é de que o divórcio não é algo apenas entre o homem e a mulher quando crianças também estão envolvidas. Os filhos sentem e sofrem junto as experiências a qual são expostas. E o pior é que elas não têm maturidade suficiente para administrá-las e mais tarde levam tais experiências para seus futuros relacionamentos. Aqui você pode ler um artigo com dados que falam um pouco mais sobre a influência do divórcio na vida das crianças.