Naninhas, ursinhos e carinho

Aprenda conforme as fases do bebê o que cada chupeta, naninha, paninho e ursinho significa no seu desenvolvimento.

Mônica Pessanha

Toda mãe já deve ter observado que existe um momento na vida da criança que ela usa chupeta ou polegar e em outro começa a se interessar pelos ursinhos ou paninhos. Quem tem filhos com menos de 6 anos, não escapa desta questão!

Crescimento do bebê: Entendendo cada fase de desenvolvimento

Esses ursinhos e paninhos produzem efeitos na criança que os pais gostam muito, porque os tais ursinhos e paninhos acalmam a ansiedade dos pequenos.

De zero a 2 anos de idade

O que poucas mães sabem é que a criança quando adota um brinquedo ou objeto concreto, está tentando transitar pela independência, que naturalmente vai adquirindo de sua mãe, pois até os 9 meses a criança acha que ela faz parte do corpo da mãe. A compreensão dessa separação – mãe e criança são duas pessoas distintas – faz a criança buscar algo que compense a falta ou ausência da mãe.

Geralmente é algo macio, um cobertor ou um ursinho que funciona como uma recordação dos braços calorosos da mãe e da mama, claro!

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Quando abraçam seus paninhos e ursinhos, sentem-se afagados pelas mães. Eles substituem a presença da mãe na mente da criança. E isso é uma coisa boa. Esses objetos ajudam na construção do “EU”, pois por meio deles os pequenos aprendem que podem ser uma pessoa.

De 2 a 5 anos de idade

E entre dois e cinco anos de idade é provável que o abandone, mas isso também poderá ser um momento difícil e, até lá, a criança o manterá com ela até sentir-se totalmente segura.

Algumas mães que vivência essa experiência já notaram que “lavar” o objeto é algo complicadíssimo. Geralmente, as crianças não gostam, porque quando se lava o paninho ou ursinho, introduz-se uma quebra de continuidade no vínculo da criança-objeto!

Mães, a sujeira e o mau cheiro podem ser um problema para vocês, mas não é para a criança. Quando sentirem a necessidade de lavarem converse com a criança. Lembre-se de que esse objeto é uma ponte entre você e o mundo externo. Dificilmente esse objeto é substituível pelos pais, pois não é. É a criança quem precisa criá-lo, escolhê-lo!

Acima de 5 anos

As crianças crescem e, ao assumirem suas personalidades, vão substituir elas mesmas os objetos, por animais ou amigos. Mesmo assim vão aprendendo a serem fortes.

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Lembram como foi difícil para o Andy Davis do filme Toy Story doar seus brinquedos? Ele guardava todas suas lembranças (brinquedos) dentro de uma caixa até os 17anos. Ele nem precisava mais deles, mas de alguma forma, doá-los confirmava a ideia de que a infância e tudo aquilo que representava – o aconchego – estaria distante!

Nem todas as crianças vão se relacionar com um objeto transicional, sendo assim, as mães não precisam ficar preocupadas, porque de alguma forma seu bebê achou o conforto que precisava.

A imagem familiar da criança e o objeto de transição, geralmente doce e bem-humorado, às vezes frenético e até mesmo desesperador, lembra-nos que aprender a negociar e a lidar com situações de desconforto faz parte do processo de amadurecimento não só das crianças, mas também dos pais.

Leia também: Quais são os brinquedos mais adequados para cada idade da criança

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