ELE me mostrou o futuro!

Deus conhece o futuro, e Ele me mostrou o futuro naquele dia.

Tove Maren

Este artigo foi publicado originalmente no blog Mamma in the Now, reproduzido com permissão, traduzido e adaptado por Sarah Pierina.

Algumas histórias acontecem e instantaneamente imploram para serem escritas, outras precisam amadurecer, e então, um dia elas estão prontas para serem apresentadas ao mundo. Eu mantive esta história em meu coração por seis anos, ela me ajudou durante os momentos mais terríveis de minha vida. Esta história foi meu “cobertor de segurança”, “meu refúgio” e minha âncora, quando eu senti que estava embarcando nos oceanos mais profundos e escuros da maternidade.

À beira

O maior medo de uma mãe é perder o seu filho! Seis anos atrás, eu enfrentei esse medo! Eu estive na beira, olhando para o abismo e senti a sensação de afundamento em meu coração e vazio em meus braços – me perguntando se eu voltaria a ver luz ou felicidade novamente.

Assim como eu comecei a sentir uma força me puxando para baixo – de repente eu estava cercada por calor e conforto. Este sentimento reconfortante nunca me deixou desde então – mesmo durante os piores dias de nossas vidas.

As providências

Nosso filho tinha 12 dias de vida e estava doente! Realmente doente! Os médicos não sabiam exatamente o que havia de errado com ele. Eles só sabiam que ele precisava ser levado de helicóptero para um hospital universitário para tratamentos mais completos – era sua única chance de sobreviver. Dizer que estávamos assustados, tristes, sem esperança e derrotados é um sério eufemismo.

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Nosso bebê já havia passado 10 de seus 12 dias em uma UTI, então eu estava acostumada a hospitais, alarmes soando e passos urgentes. Alguém passou pelo nosso quarto e mencionou “tomar providências”. Isso significava conseguir um helicóptero para levar-nos para o sul para o melhor hospital, mas quando você está em pé ao lado do seu bebê incubado, essas não são as “providências” que vêm à mente.

Eu imediatamente comecei a chorar. Que “providências” tomaríamos por ele? Ele tinha apenas 12 dias de idade e nunca teve chance de ter uma música favorita, uma cor favorita ou ser parcial sobre nada. Eu sabia que ele era confortado pelos cuidados e som da minha voz, mas fora isso, suas preferências ainda eram desconhecidas – então como iríamos “tomar providências” aptas para ele? Ele mal tinha tido a chance de usar as roupinhas fofas de bebê dele, então que roupinha eu iria escolher? E a música? Eu pensei em “Amazing Grace”, todo mundo ama essa música – era a música favorita de meu pai e ele havia falecido apenas seis meses antes. Meu fluxo de consciência era fisicamente doloroso. Meus pensamentos eram obscuros e sufocantes.

Eu fui para perto de nosso pequeno e doce bebê e comecei a sussurrar “Amazing Grace”- eu não conseguia cantar porque estava segurando as lágrimas – lágrimas grandes, derrotadas e de coração partido. Eu observei o nosso bebê – sussurrando a melodia que me trouxe tal conforto, esperando que fosse aliviar sua tensão também… Quando de repente – calor, conforto e paz tomaram conta de mim.

A visão

Enquanto eu observava Jordan na incubadora, uma “visão” encheu minha mente, meu coração, minha alma – era como se Deus tivesse colado uma imagem em um retroprojetor na minha frente. Ele estava me enviando um sinal em alto e bom som – Ele não queria que eu perdesse a mensagem! Era como o bat sinal iluminando o céu noturno. Bem ali, diante de mim, estava a imagem de um menino de cabelo loiro e enrolado. Ele estava correndo em um campo gramado, como os que temos em nosso bairro. Ele estava feliz (e saudável). Ele olhou para trás para mim, rindo e brincando a uma certa distância de nós.

A visão ficou comigo pelo que pareceu uma eternidade – pode ter sido apenas um flash, ou talvez alguns minutos ou horas. Eu realmente não sei por quanto tempo eu observei o menino feliz, mas exatamente o tempo certo para consertar meu coração partido, acalmar meus nervos e trazer paz para minha alma.

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Desse ponto em diante, eu sabia que o nosso bebê ficaria bem – ele seria um milagre médico, ele iria “mostrar para eles” e ser meu herói para sempre. As únicas “providências” que este menino precisava eram planos para uma bela vida – comemorando cada minuto, hora e dia – a cada momento!

Nosso futuro

As próximas 7 semanas não passaram sem dramas, momentos assustadores e perigosos – eles foram tão assustadores quanto seus primeiros 12 dias tinham sido, muitas vezes até mais. Mas… Quando a dúvida e o medo entravam em minha mente, eu recuperava a visão do menino correndo e me prendia a ela com todas as minhas forças. Alguns dias ela aparecia magicamente por conta própria, outros dias eu precisava procurar bastante e recuperá-la em meu banco de memória… Mas me ajudou durante nossos momentos mais assustadores – e falando sobre enfrentar esses momentos, o nosso pequeno lutador espirituoso acabou sendo loiro de cabelo enrolado – algo que eu nunca saberia olhando para ele com 12 dias de idade. Mas meu coração sabia – e minha alma havia visto. Eu agradeço a Deus por me dar o conforto e segurança que eu precisava quando me sentei na cabeceira torcendo por nosso pequeno lutador.

Deus conhece o futuro, e Ele me mostrou o futuro naquele dia. Nosso futuro é tudo o que um garotinho loiro de cabelos encaracolados e feliz representa! É bom!

Algumas experiências lhe moldam na pessoa que você é hoje. Eu escrevi mais alguns artigos relacionados a este – Eles são capacitadores e lhe ajudam a “viver no agora”.

Leia também: Carta para a mãe sentada à minha frente!

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Tove Maren

Hejsa! I am a Danish American mama to four boys! I report live from the trenches of motherhood, surrounded by life, love, laughter and lots of Legos!