5 sinais de suicídio e 5 coisas que você pode fazer para ajudar

Devemos estar atentos aos sinais e saber como agir quando um amigo ou familiar está a sofrer e a ponderar suicidar-se.

João Martins

Os comportamentos contra o bem-estar e a própria vida, como o suicídio, são um flagelo cada vez maior da nossa sociedade. Em Portugal estima-se que aconteçam, em média, 5 suicídios por dia; no Brasil a estimativa é de 25 vítimas todos os dias.

Infelizmente o número está cada vez aumentando e as vítimas são, na sua generalidade, adolescentes e adultos até os 35 anos de idade. Em Portugal, e no Brasil, existem linhas de apoio e associações especializadas para ajudar quem sofre e, também, aconselhar familiares e amigos para saber como ajudar.

Em Portugal: SPSuicidologia

No Brasil: CVV

A ajuda especializada, como psicólogos, terapeutas e psiquiatras, é essencial para ajudar quem vê o suicídio como única opção e, amigos e familiares, devem saber observar os sinais de alertas e, também, saber como agir.

Estes são os 5 sinais mais comuns de quem pondera o suicídio:

1. Tentativas de automutilação e dano propositado ao seu corpo e bem-estar

A pessoa normalmente apresenta sinais de que está a mutilar o seu próprio corpo de forma propositada ou ameaça o fazer. Essa pessoa também procura formas de atentar à própria vida, como compra de armas, medicamentos ou outro meio.

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2. Sentimentos extremos sobre perda e falta de esperança

Ela irá começar a falar, ou a escrever, muito sobre a morte, sobre morrer ou sobre especificamente o suicídio; isto será um alarme maior principalmente se essa pessoa nunca escreveu ou falou sobre esses temas. Ela sente-se sem saída e sem esperança e, como consequência, não vê propósito em continuar vivendo.

3. Mudanças estranhas de humor e de comportamento

Poderá existir um aumento de raiva, de ódio e até sentimentos de vingança. Poderá ter uma maior aproximação a atividades de risco, e o faz sem pensar. Pode existir também um aumento no uso de álcool e drogas.

4. Ela irá isolar-se

A pessoa poderá começar a afastar-se de familiares e dos amigos. Ela irá estar mais agitada, ansiosa e com problema em dormir ou dormindo demasiadamente.

5. Colocar os assuntos em ordem

Uma pessoa que deseja terminar a própria vida poderá começar a colocar a vida em ordem, isto é, poderá começar a ligar para amigos e familiares para se despedir. Irá resolver assuntos que ficaram pendentes e, em alguns casos, poderá escrever, ou mudar, um testamento.

Alguns desses sinais podem existir em pessoas que não pretendem atentar contra a própria vida, mas se um amigo, ou familiar, está apresentando esses sinais e, no passado, não os apresentava, é bom estar atento.

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Existem pelo menos 5 coisas que se pode fazer para tentar ajudar:

1. Compreender que o problema é sério

Por vezes, principalmente quando acontece com adolescentes, é comum os pais, amigos e até professores, pensarem que é apenas uma fase e que vai passar. Se observarmos os sinais, então devemos estar atentos e preparados para agir. Se a pessoa fala conosco e desabafa que pensa em se suicidar nós devemos levar isso muito a sério e nunca desprezar, mesmo que essa pessoa o tenha feito, em outras ocasiões, apenas para chamar a atenção.

2. Ligar para os números de emergência (Portugal: 112, Brasil 192)

3. Ligar para as linhas de apoio

Se, como amigos ou familiares, verificamos os sinais acima, então podemos ligar para os números de apoio para pedir conselhos.

Em Portugal, no site SPSuicidologia, encontra-se variadas linhas de apoio também para quem pensa em se suicidar – como a linha Voz amiga.

No Brasil pode ligar para o número 141 ou pode ver números, ou locais por região, no site do CVV – Centro de Valorização da Vida.

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4. Encorajar a pessoa a procurar ajuda especializada

Este ponto é muito importante. Para quem está sofrendo, um simples abraço e ombro amigo pode não chegar. Incentivar a pessoa a procurar ajuda especializada é um passo importante para ajudar.

5. Não desistir

Não desistir de quem está pensando atentar contra a própria vida é também muito importante. Devemos tentar estar sempre em contato e até disponíveis para apoiar caso seja necessário. Mesmo que essa pessoa já esteja sendo acompanhada por especialistas, nós devemos estar lá para apoiar e dar força. O processo pode ser longo e a nossa ajuda é fundamental.

Leia também: 5 ações que podem desviar os jovens do suicídio

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João Martins

João Martins é um biofísico com uma paixão pelo ensino e busca de conhecimento. Podem enviar uma mensagem ou seguir no Facebook: https://www.facebook.com/joao.martins.1401 ou no google+ https://plus.google.com/u/0/+JoaoMartinsJPM/posts