9 atitudes de pais que estão criando adolescentes para o bem
Ensinar pelo exemplo é uma excelente maneira de orientar nossos filhos na direção que queremos.
Yordy Giraldo
O “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço” nunca foi um argumento válido, muito menos quando se trata de nossos filhos adolescentes. Nessa fase, eles precisam que sejamos seu farol, que sejamos constantes em nosso comportamento, porque, mesmo que não percebam, isso permitirá que se sintam seguros.
Como pais, somos um exemplo de vida
E como exemplo, aquilo que fazemos é mais importante do que aquilo que dizemos, pois o que eles veem em nós e a forma como interagimos com eles determinará sua vida adulta. A esse respeito, Sigmund Freud disse que “a infância é o destino” e, em maior ou menor grau, isso é totalmente verdade.
Desde o nascimento, aprendemos a falar por imitação, a andar por imitação, a desempenhar papéis por imitação, a maneira como usamos os talheres e até mesmo as roupas que escolhemos estão atrelados a como nos identificamos com a mãe e o pai.
Dizer aos nossos filhos para não mentirem, enquanto pedimos a eles que inventem uma desculpa para alguém ao telefone que não queremos atender; ou dizer para não consumirem bebida alcoólica, quando nós mesmos consumimos; ou exigir que sejam responsáveis e respeitosos, enquanto jogamos lixo na via pública, ofendemos motoristas ou pedestres, menosprezamos as pessoas por causa de seu peso, aparência física ou status social – tudo isso fará com que a educação que queremos incutir neles seja baseada apenas em palavras. E as palavras vão embora com o vento.
A comunicação é um tema constante em todas as relações bem-sucedidas
Comunicar implica honestidade, tolerância, vontade de mudar. Embora para o resto das pessoas possa ser uma decisão pessoal, a verdade é que, em se tratando de nossos filhos, ela é inevitável se quisermos que eles sejam emocionalmente saudáveis.
Quando nossos filhos são pequenos, somos seus heróis. Como somos uma referência para eles, eles não enxergam nossos erros. Mas tudo fica mais complicado na fase da adolescência, já que eles não dependem mais do que a mãe e o pai dizem para dar mais ênfase ao que os amigos dizem. Pela mesma razão, nossa palavra deixa de ser lei e passa a ser objeto de escrutínio e descrédito.
E não é que sua intenção seja nos desrespeitar com esses comportamentos, eles só querem mostrar que suas opiniões também têm peso, que eles cresceram e conseguem se virar sozinhos. Por isso, além de algumas doses extras de paciência e tolerância, devemos ser coerentes entre o que dizemos e o que fazemos. Se, como pais, perdermos a credibilidade e qualidade moral diante dos filhos, isso fará com que percam essa bússola que somos para eles.
A falta de liderança na vida fará com que eles busquem esse guia em outras pessoas que, a seu ver, sejam confiáveis, fortes, autênticas. O problema disso é o risco de que essa figura substituta não se importe em ser uma boa influência na vida deles, ou não se preocupe se seu mau exemplo esteja afetando sua vida ou pode trazer prejuízos futuros.
Sem mencionar a possibilidade de que essa pessoa ou grupo que eles seguem seja do tipo que só quer tirar proveito de seu entusiasmo e inexperiência e cuja qualidade moral seja realmente questionável.
Assim sendo, tente adaptar à sua dinâmica familiar os conselhos abaixo de como educar seus filhos pelo exemplo:
1. Não grite. Ensine a eles que os argumentos têm mais peso do que um tom de voz alterado.
2. Cumpra suas promessas. Isso mostrará a eles o valor que a palavra tem.
3. Reconheça seus próprios erros.
4. Diga-lhes frequentemente o quanto você os ama e demonstre esse amor com atitudes.
5. Nunca os castigue por serem honestos.
6. Valorize seus esforços mesmo que os resultados não sejam os melhores.
7. Nunca faça com que eles se sintam diminuídos.
8. Seja congruente.
9. Seja constante.
A paternidade/maternidade é um trabalho de tempo integral e para toda a vida. Independentemente da idade deles ou da nossa, nossas ações sempre terão um impacto em suas vidas. Façamos o que for necessário para que, quando se lembrarem de nós com o passar do tempo, o façam pensando nos pais como pessoas de quem sentem orgulho!
Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original Consejos para actuar mientras crías hijos adolescentes