9 situações insuportáveis no casamento que exigem medidas emergenciais
Preste atenção nas entrelinhas e verá o que todas elas têm em comum, que é o que impossibilita uma conciliação, a menos que sejam aplicadas medidas emergenciais.
Erika Strassburger
Antes de darmos um passo tão importante quanto o casamento, precisamos encontrar alguém que tenha muito a ver conosco, que compartilha os mesmos valores e objetivos de vida. Mas mesmo encontrando uma pessoa assim, às vezes descobrimos nela uma personalidade bem diferente da nossa ou diferenças culturais e de criação. Isso costuma ser manifestado com toda força somente depois do casamento. Sem contar com o fato de que alguns fingem ser quem não são para conquistar. E não demora muito para a realidade vir à tona, trazendo lágrimas amargas de decepção.
Você verá abaixo nove situações em que é praticamente impossível salvar o casamento, a menos que ambos estejam dispostos a fazer algo que será dito no fim deste artigo. Preste atenção nas entrelinhas e verá o que todas elas têm em comum, que é o que impossibilita uma conciliação:
1. Vocês não conseguem mais conversar sem brigar
Qualquer assunto mais sério – finanças, tempo juntos, tempo fora de casa, filhos, sogros etc. – gera tensão. Vocês não conseguem chegar a um consenso, estão irredutíveis.
2. Não enxergam mais o que há de bom um no outro
Seus olhos enxergam apenas as falhas, imperfeições e incapacidades um no outro, ignorando tudo o que há de bom. Não apenas isso, qualquer pequena imperfeição é vista com lentes de aumento, tornando a visão ainda mais turva.
3. É sempre o outro que está errado
A culpa de qualquer coisa ruim que aconteça é sempre do outro.
4. Não há mais confiança
Por alguma razão, houve uma perda na capacidade de se abrir com o outro ou confiar no que ele diz. Então, sempre recorrem a um terceiro para fazer confidências.
5. É preciso “pisar em ovos” na relação
O outro se magoa à toa ou se irrita facilmente. Então, para manter a paz dentro de casa, tornou-se necessário medir cada palavra dita e cada ação.
6. Desprezo pelo jeito de ser do outro
Desde o início, ela viu a maneira como ele se comportava à mesa ou ele viu o jeito dela de rir, por exemplo. Mas o encanto acabou e agora é algo que causa extrema irritação e desprezo.
7. As ofensas viraram hábito
Palavras ofensivas e cruéis, como burra, fedorento, porca, preguiçoso tomaram lugar daquelas que eram ditas no início, como lindinha, amoreco, chuchu ou vida.
8. Agem como se não fossem casados
Administram as finanças, tomam decisões profissionais e fazem planos futuros, entre outras coisas, sem incluir o cônjuge. Passam tempo demais com os amigos e têm mais amigos solteiros do que casados. Esses são indícios de que ainda não se deram conta do que significa a aliança em seu dedo (se é que a usam).
9. Interação física medíocre
Não trocam mais olhares, não ficam mais de mãos dadas, não se encostam quando conversam. E o sexo, quando há, tornou-se uma obrigação em vez de desejo.
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O que esses pontos têm em comum?
Falta de interesse em ceder, adaptar-se e mudar. Há uma extrema incapacidade de introspecção e autocrítica. Essas são grandes pedras de tropeço de qualquer convivência. No casamento não seria diferente. Muito pelo contrário, esse é o relacionamento que mais exige adaptação e mudança. Quando o amor é verdadeiro, o desejo dos dois deve ser lutar para dar certo. E isso muitas vezes exige que se pague o preço.
Já li muitas vezes que o amor verdadeiro requer que aceitemos o outro exatamente como ele é, sem exigir qualquer tipo de mudança. Discordo dessa ideia. Concordo que “exigir mudança” de alguém soa muito autoritário. Além disso, a verdadeira mudança nunca é conseguida sob pressão, a pessoa tem que reconhecer que precisa mudar em vez de ser coagida a mudar contra a vontade. Mas esperar mudança do outro e motivá-lo a mudar para melhor é se preocupar com seu bem-estar e como o casamento. Mas a iniciativa deve partir da própria pessoa (deve vir de dentro para fora).
Medidas emergenciais
Portanto, as medidas emergenciais para salvar um casamento em situações insuportáveis como essas são:
- Fazer uma séria introspecção – pensar seriamente naquilo que você diz, faz e pensa sobre o cônjuge.
- Humildade para reconhecer a gravidade dos erros cometidos.
- Capacidade de pedir perdão e perdoar (perdão verdadeiro e não de fachada).
- Desejo de ceder, adaptar-se e mudar.
- Trabalho árduo para efetuar as mudanças necessárias.
- Pedir ajuda divina – quando recebe uma ajuda como essa, tudo se torna mais fácil.
- Amar verdadeiramente – com pensamentos, palavras e ações.
- Fazer coisas divertidas juntos com bastante frequência. Em muitos casos, o casal só precisa relaxar e se divertir um pouco.
Embora, em um casamento conflituoso, um acabe sendo mais falho que o outro, ambos precisam se empenhar para fazer dar certo. Nessas horas é importante paciência, empatia e motivação mútua para uma mudança acontecer. Quanto mais esforço houver, melhor serão os resultados.
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