Mães sozinhas: Celebrando o Dia dos Pais quando não há um pai

Algumas reflexões sobre como agir com seus filhos na ausência do pai.

Suely Buriasco

Muitas são as mulheres que, por motivos diversos, criam seus filhos sozinhas. São viúvas, mães solteiras, separadas que não contam com o apoio do pai de seus filhos e que superam todas as dificuldades em prol de criá-los com segurança e afeto. Verdadeiras heroínas que precisam pensar em tudo, inclusive em como diminuir o embaraço do dia comemorativo aos pais, principalmente nos primeiros anos.

Se você é uma dessas mães, algumas sugestões podem facilitar a situação:

1. Coloque o assunto em debate

Não tema tocar no assunto, se seus filhos têm idade para opinar, dê a eles esse direito. Pergunte o que gostariam de fazer e como acreditam que seria a melhor forma de vocês passarem o dia. É interessante que você apresente sugestões e que compreenda qualquer que seja a reação deles, sempre procurando apaziguar os ânimos.

2. Faça um plano

Você pode pensar em incluir mais pessoas como familiares ou amigos íntimos para movimentar o dia. Se as crianças têm os avôs é uma ideia começar a transferir a comemoração para eles, o que pode ser muito saudável. Talvez vocês prefiram fazer um domingo diferente, fora de casa, num parque ou qualquer lugar que ofereça atividades para desenvolverem juntos, como andar de bicicleta ou visitar um zoológico.

3. Aceite o luto

Se o pai de seus filhos faleceu e esse é o primeiro Dia dos Pais sem ele é perfeitamente normal que seja um dia triste; não espere demais de você, muito menos das crianças. Se tiverem vontade de se isolar do mundo façam, mas guarde por manter a unidade familiar, ou seja, encontre uma forma das crianças ficarem perto de você. Em alguns países existe uma tradição muito significativa e bonita; amarrar vários balões de gás junto a uma nota ou bilhete e soltar ao céu como sendo uma forma de “falar” com o pai.

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Leia: Superando a perda de entes queridos

4. Tristeza é compreensível, revolta não

Converse muito com seus filhos, procurando afastar deles o sentimento de revolta que corrói a alma e provoca muitos prejuízos psicológicos e físicos. Inspire-os a aceitar o que não se pode mudar e encontre com eles meios de superar a dor da perda, seja ela por morte ou mesmo por abandono. Essa é uma grande responsabilidade sua, porque a forma como você reage influencia totalmente na maneira como eles vão agir.

Leia: Conflito familiar – Quando o pai é ausente

5. Dê tempo ao tempo

Acredito muito nesta frase de Victor Hugo:”O tempo não só cura, mas também reconcilia“. Quando nos livramos de revolta e julgamentos, permitimos que a vida flua e se restabeleça a harmonia. Permita sentir a dor da situação, mas não se demore nela; a vida apresenta novas possibilidades, mas você precisa estar aberta a isso.

Claro que muitos outros Dias dos Pais virão e os sentimentos de hoje não serão os mesmos, até porque ninguém será. A dor nos transforma e provoca o que há de mais intenso em nossas almas. É aí que produzimos a força que precisamos para superar.

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Tenha fé e transmita o que há de melhor para os seus filhos!

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.