Ele saiu da cadeira de rodas e andou para receber seu diploma na formatura

Com o objetivo traçado, ele deu duro na fisoterapia e virou um exemplo para quem também vive as consequências de uma lesão na medula espinhal.

Caroline Canazart

(Clique no rodapé do vídeo em CC e no símbolo ao lado e escolha o Português para ver as legendas)

Depois de fraturar gravemente a coluna, o estudante universitário Chris Norton, soube que teria apenas 3% de chance de voltar a movimentar-se do pescoço para baixo. A probabilidade era bem pequena, mas não para a persistência dele.

O acidente ocorreu em 2010 durante um jogo de futebol e, em 2015, ele conseguiu concluir o objetivo que traçou depois do triste acontecimento: atravessou o palco da formatura andando para pegar o diploma de graduação pelo Luther College, uma universidade da cidade de Decorah, no estado de Iowa, nos Estados Unidos.

Hoje ele tem 23 anos e precisou de mais de três anos de fisioterapia para conseguir alcançar o sonho. Além disso, o jovem teve o apoio da noiva Emily Summers, que esteve ao lado dele durante todos os anos e, também, enquanto ele dava os passos, na cerimônia, diante de um público emocionado. Um dia depois do sonho realizado ele a pediu em casamento.

Superação

Para Chris, estar de pé durante a graduação era como um dia de jogo ou um evento olímpico. “Meu foco era dar os melhores passos que eu conseguisse e não me preocupar com o público ou outra coisa”, contou o estudante.

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Apesar dos médicos terem dado poucas chances para que ele voltasse a ter movimentos, Chris aproveitou muito bem toda a assistência médica e terapêutica que teve e, com o passar do tempo e muito esforço, a circulação de todo o seu corpo foi recuperada.

Ele anunciou publicamente que o seu objetivo era andar durante a cerimônia de colação de grau. O objetivo era também inspirar aqueles que estavam passando pela mesma dura terapia física que ele estava se propondo a ter. Chris terminou o curso um semestre adiantado para poder dedicar-se inteiramente, até seis horas diárias, nos treinos de preparação.

“Muitas pessoas, inclusive eu, tem medo do fracasso. Isso é humano. Mas se você faz tudo que está em seu poder para realizar seus sonhos, no final do dia, você pode estar orgulhoso e feliz com o quão longe você foi”, disse Chris. “As coisas boas vão aparecer no seu caminho”.

Solidariedade

Durante o processo de recuperação o jovem percebeu que teve sorte por ter um bom seguro de saúde. Ele viu que outras pessoas com as mesmas lesões que ele, lesão na medula espinhal, não tinham o mesmo atendimento.

Dessa forma, Chris começou uma fundação, a SCI CAN Foundation, que tem como objetivo arrecadar dinheiro para quem não tem acesso aos equipamentos necessários para as terapias físicas. Entre os aparelhos estão uma bicicleta de exercícios que custa U$ 25 mil dólares e um sistema de reabilitação de U$ 15 mil dólares.

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Caroline Canazart

Caroline é uma jornalista catarinense que optou por ser mãe em tempo integral depois do nascimento dos filhos. Ama escrever e ainda acredita que pode mudar o mundo com isso.