3 situações onde é sua a culpa porque seu filho não se comporta

Mais do que a amizade dos pais, filhos precisam de quem os oriente. Eles esperam por isso.

Michele Coronetti

O comportamento das crianças no meio social muitas vezes espanta as pessoas que tiveram uma educação muito diferente da oferecida nos dias de hoje. O que não era jamais permitido em uma sala de aula, por exemplo, acontece com frequência e é considerado normal para a maioria das pessoas.

Mau comportamento ainda incomoda muita gente. Especialmente quando vem de crianças, pois projeta-se como será um adolescente e depois um adulto que se comporta mal. E a culpa recai sobre os pais.

A busca pela amizade com os filhos é tão grande que os pais acabam esquecendo de cumprir seu papel. O julgamento é difícil, porém nestas três situações, os pais com certeza incentivam seus filhos a terem um comportamento inadequado:

1. Sem planejamento

Pais que não oferecem aos filhos o que fazer deixam uma lacuna de tempo muito grande para que eles façam o que bem entenderem sem objetivos definidos a curto prazo. É como um jogo de futebol. Se o treinador não estabelecer o que cada um fará, ensinar as regras do jogo, nem tiver uma estratégia que todos conheçam, fica difícil conseguir a vitória. Consegue imaginar um treinador que permite que seus jogadores fiquem no banco se quiserem, corram no campo para o lado que quiserem, sem pedir-lhes que protejam seu gol e se esforcem por um objetivo?

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Pois é isso que os pais fazem. Um plano que defina onde as atitudes, comportamentos e os traços de caráter que um pai deseja a seu filho delimitará o objetivo e os pais poderão planejar melhor como seus filhos gastarão seu tempo.

Quanto menor a criança, melhor um plano que inclua todos os minutos para que ela se mantenha ocupada com coisas que lhe trarão um bom futuro de acordo com o idealizado. Fica muito mais fácil ser pais com uma estratégia montada e não haverá tempo para a criança comportar-se mal.

2. Inconsistência

Falar e não fazer, prometer e não cumprir. Os pais até esquecem que haviam comentado que fariam tal coisa, mas a criança não. Ela vai se lembrar e cobrar, e quando cansar a imagem que ela terá é de que não é levada a sério. Perderá assim o respeito pelos pais o qual exigirá uma longa caminhada para ser readquirido.

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Pais precisam ter controle da situação, manter sua palavra, ser sempre um bom exemplo a fim de contar com o respeito do filho. Afinal, se o filho não o respeita, não vai aceitar correção alguma por mau comportamento e não se deixará controlar.

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3. Batalhas no lar

Assim como a oferta de canais para assistir na TV, assuntos para bronquear e brigar dentro de uma casa com crianças formam um vasto leque. Será que realmente é necessário reclamar da decisão da criança em usar bermudas e casaco em um dia frio? Especialmente com crianças de temperamento mais forte, um comentário poderá desencadear uma verdadeira guerra. Relevar algumas coisas de pouca importância pode ser benéfico para o aprendizado da criança, que o fará por seus próprios erros e acertos. Escolher as batalhas é importante, pois haverá muitas que realmente serão necessárias. Mostrar ao filho um erro e explicar porque não deve ser cometido é importante para ter seu comportamento devidamente controlado. Será sábio deixar as broncas para o que for realmente necessário.

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Mais do que amigos os filhos precisam de pais que os orientem e indiquem o que deve ou não ser feito. Eles esperam por isso. Seu comportamento será diferente e respeitoso e a família toda se sentirá satisfeita e feliz.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.