6 formas que os pais destroem a vida dos filhos

Talvez essas coisas aconteçam sem que os pais percebam. Então chegou a hora de mudar essa situação.

Caroline Canazart

Não existe perfeição quando se fala em criação de filhos. Não há pais perfeitos e tampouco filhos completamente ideais. Os pequenos não vêm com manual de instrução e, tornar-se pais, também não faz ninguém ter, de uma hora para a outra, todas as respostas para as dúvidas que tomam conta da cabeça de um pai ou de uma mãe.

Porém existem atitudes, ou a falta delas, que podem marcar um filho para toda a vida. O fato de crianças e adolescentes serem negligenciados por seus familiares, tanto material como emocionalmente, traz consequências que às vezes tornam-se irreversíveis. “Meu filho adolescente é ingrato e rebelde. Está perdido”. Esse pode ser o pensamento de alguns pais. Porém, o que foi feito até ele transformar-se nessa pessoa?

O que pode ter sabotado o futuro brilhante que ele tinha?

1. O trabalho toma muito tempo dos pais

As plantas precisam ser cuidadas, regadas, adubadas e colocadas no sol. Se você não prestar atenção em uma semente plantada e esquecer de colocar água por alguns dias ou semanas, por exemplo, ela não irá brotar. Se você estiver tão ocupado e não perceber que outra planta ficou tão grande que encosta no chão, também não verá que ela exposta ao solo desenvolverá rapidamente doenças. O que você faz ou deixa de fazer irá prejudicar a planta. As crianças são como elas. Precisam ser podadas, adubadas e treinadas para crescer. Deixá-las crescer para que a própria natureza as eduque é a pior escolha que se tem para elas. Os pais precisam dar direção, apoio, segurança e amor constantes.

2. Defina um mau exemplo

As crianças precisam saber quais atitudes são aceitáveis ou não. Tudo precisa ser explicado. Normalmente mais de uma vez, muito mais do que uma vez. Você precisa falar sobre o que é desonestidade, ingratidão, desrespeito, entre outras coisas. Para os pequenos é preciso conversar sobre compartilhar brinquedos e o fato de ser errado bater ou brigar com outras crianças.

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3. Expressar desagrado regularmente

Se nos colocarmos no lugar das crianças ou adolescentes dá para entender como é chato viver com alguém que está sempre criticando e apontando o seu erro. O mau comportamento também pode ser provocado pelos olhares constantes de reprovação que os pais têm sob os seus filhos. As crianças e adolescentes podem entrar naquele ciclo de fazer algo errado só para provocar a família. O autor do livro “To Train Up A Child“, Michael Pearl, disse, “se você não consegue ensinar seus filhos a fazer como deveriam é muito melhor diminuir suas exigências e apreciá-los como eles são do que permitir que seus olhares de desagrado se tornem algo normal. Uma criança pode crescer e ser indisciplinado, mas não há nenhuma razão para adicionar a ele um sentimento de não ser amado e incapaz de agradar alguém”.

Os filhos, principalmente os mais pequenos, vão querer agradar aos pais, mas apenas quando encontrar prazer em estar com eles. Os pais precisam ser o exemplo disso.

4. Não impor limites

Essa é uma das melhores maneiras de destruir seu filho. Não fazer nada, não colocar nenhum limite e pensar que tudo sairá bem talvez não seja a melhor opção de educação. Ele não irá crescer e aprender o que é certo ou errado por conta própria, nem saberá de uma hora para outra, como num passe de mágica, quais são as responsabilidades dele.

Não aplicar limites está muito ligado ao fato de não ser o pai “chato”, aquele que perturba a criança e determina regras do que pode ou não ser feito. Se você não quer ser o desmancha prazeres do seu filho, saiba que com isso ele estará perdendo as chances de saber que os limites existem no mundo e eles começam em casa, ou pelo menos deveria começar.

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5. Deixar escolher os seus amigos

Se a presença do pai e da mãe durante a infância é importante, imagina na adolescência, o período marcante onde a influência dos amigos vem com força total. Mesmo que você tenha feito um ótimo trabalho com o seu filho enquanto ele era apenas uma criança, não há escapatória para os hormônios dos jovens.

Direcioná-los a boas amizades é uma forma de protegê-los. Normalmente os adolescentes não têm uma consciência madura sobre as consequências de seus atos e também tendem a pensar que vão viver eternamente sem que nada de ruim aconteça com eles. Um círculo de amizade sadio ajuda muito a não quebrar as regras e valores estipulados pelos pais ainda na infância.

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6. Não dar qualquer responsabilidade ou não os responsabilizar por seus atos

Todos nós prestamos contas a alguém e não dá para fugir desse sistema. Todos em casa precisam exercer um grau de responsabilidade. Se as crianças ainda são pequenas, elas podem guardar os brinquedos, levar a sua própria roupa suja para o cesto ou perder um jogo de boliche devido ao mau comportamento. Quando a idade for aumentando, as responsabilidades devem crescer junto. As tarefas domésticas estão todos os dias à espera de alguém para serem feitas.

Se um adolescente quebrou, sujou ou desorganizou alguma coisa, ele tem que ter consciência disso e saber que ele é responsável pelas suas ações. Não há como transferir isso a outra pessoa. Não faça essas atividades pelo seu filho. Deixe-o aprender com os erros e suas consequências.

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O autor Michael Pearl também comentou: “Tenho observado um princípio bonito, as crianças que agem com responsabilidade são as mais felizes e mais seguras no amor e baseadas na boa vontade. Elas aprendem a amar o seu próximo”.

A Bíblia dá um sábio conselho aos pais no livro de Provérbios: “Educa a criança no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele”. Essa educação consiste em amar, respeitar e orientá-los desde pequenos. São sentimentos e atitudes que constroem uma ponte robusta e forte de confiança entre pais e filhos que irá auxiliar muito nos momentos de dificuldades.

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Caroline Canazart

Caroline é uma jornalista catarinense que optou por ser mãe em tempo integral depois do nascimento dos filhos. Ama escrever e ainda acredita que pode mudar o mundo com isso.