5 dicas para criar um filho responsável

A forma como o filho enfrenta as situações e assume suas próprias responsabilidades é o que vai definir o seu grau de satisfação na vida adulta.

Suely Buriasco

É comum ouvirmos dizer que devemos criar os nossos filhos para o mundo, afinal eles não estarão conosco a vida toda, tampouco todo o tempo e precisam estar seguros de como agir na nossa ausência. Esse é um processo lento e contínuo pelo qual os pais devem avaliar, aos poucos, a capacidade do filho de assumir responsabilidades.

Como alerta o texto de José Saramago: “Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos”.

1. Não tolha iniciativas

Pais superprotetores não permitem que seu filho se arrisque na descoberta do que é capaz de fazer. O psiquiatra Içami Tiba escreveu no livro Seja feliz meu filho: “A hipersolicitude da mãe, extensiva a pai, avós e empregadas, vai minando a iniciativa dessa criança no sentido de se esforçar para atingir seus objetivos”. Se a criança tem tudo à mão, vai acreditar que será sempre assim e a desilusão pode trazer graves consequências na sua vida adulta, tais como a dificuldade de assumir responsabilidades.

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2. Respeite a individualidade

Seu filho é um ser humano único e, como tal, desenvolve-se à sua maneira e tempo, não devendo ser comparado a ninguém em nenhuma fase da sua vida. A psicóloga Karine Rizzard afirma que: “Quando se educa os filhos respeitando as individualidades de cada um, você contribuirá para que este seja um adulto mais seguro profissionalmente, com menos complexos psicológicos, com boa dose de iniciativa e sem problemas de inferioridade”.

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3. Seja um educador

Impor limites com afetividade é primordial para que seu filho assuma as responsabilidades que lhe são inerentes. É importante que se entenda que castigar representa impor sofrimento, mas disciplinar significa ensinar, portanto não se trata de ser inflexível e autoritário e sim, de ser um educador. Para tanto é preciso que seu filho desde cedo reconheça regras sociais, dessa forma se tornará um adulto seguro e responsável.

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4. Manifeste seus sentimentos

Crie um espaço contínuo para o diálogo e jamais abra mão desse canal de entendimento com o seu filho. Ao falar demonstre sempre seus sentimentos, assim ele passará a associar seus atos com as consequências. Mas muito cuidado para não transformar isso em chantagem emocional; quando o seu sentimento for de decepção, por exemplo, não se prenda nessa questão, e sim no quanto as coisas podem ser diferentes. E não se esqueça nunca de demonstrar o amor incondicional que sente por ele.

5. Dê a liberdade que ele precisa

Aos poucos e com muita cautela é preciso dar liberdade ao filho, na medida em que ele se coloque apto a isso. Se você superproteger seu filho, não terá como ensiná-lo a ser responsável, afinal ele precisa de orientação, mas também de liberdade para isso. Se seu filho demonstra interesse em agir por conta própria é o momento de você manifestar que confia nele. Segundo essa matéria: “Os pais devem ter consciência de que, mais cedo ou mais tarde, os filhos terão de abandonar o ambiente controlado e protegido do lar. E, para isso, precisam se sentir seguros e contar com o apoio total dos pais”.

Educar é uma tarefa árdua que exige muitas coisas, inclusive renúncia. Por muito amar é difícil para os pais preparar seus filhos para o mundo, até porque não querem que eles sofram. No entanto, mantê-los apegados e superprotegidos é condená-los a sofrimento maior.

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Suely Buriasco

Mediadora de Conflitos, educadora com MBA em Gestão Estratégica de Pessoas, apresentadora do programa Deixa Disso com dicas de relacionamentos. Dois livros publicados: “Uma fênix em Praga” e “Mediando Conflitos no Relacionamento a Dois”.