Eu deixei de amar meu marido, e isso foi o que eu fiz para me apaixonar por ele novamente

Quando conhecemos nosso príncipe encantado, aquele digno de nosso amor, não imaginamos que podemos deixar de amá-lo, mas isso aconteceu comigo e veja as consequências.

Cibele Carvalho

Falar que amam, todas as pessoas no mundo inteiro dizem diariamente. Palavras soltas, fáceis de fluir, sem acréscimos ou comentários, todavia, provar que ama é muito mais difícil.

E enquanto não decidirmos buscar e aprender a amar nosso cônjuge com um amor mais significativo, real e verdadeiro, não apenas com palavras, raramente conseguiremos manter nosso casamento.

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Foi assim que aconteceu comigo.

Como em todos os belos contos de fadas quando conheci meu esposo tudo parecia perfeito nele, seu jeito de falar, de andar, de dar risadas, suas brincadeiras, tudo mesmo, não conseguia enxergar faltas nele. O amor que eu supunha sentir naquelas ocasiões de romance e poesia parecia ser maior do que qualquer outro sentimento que pudesse existir.

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Ah, o dia do nosso casamento! Que dia glorioso! Todos da família estavam felizes, extremamente contentes com nossas decisões e dispostos a nos apoiar, estar presentes para o que der e vier. Dançamos lindamente como dois pombinhos apaixonados.

Nossa perfeita lua de mel, a brisa do mar, o barulho das ondas, sol, praia e água fresca, tudo perfeito como deveria ser, afinal de contas o amor que sentíamos era único (julgava), acreditava que finalmente havia encontrado o amor dos romances, o amor verdadeiro, aquele que faz com que os casamentos nunca acabem.

No entanto, quando descemos do avião após nossa lua de mel, nosso amor mudou. Parecia esfriar-se, parecia que ele não era mais assim tão atraente, tão perfeito, tão príncipe.

Até que um dia, recentemente, após anos de casados e apesar dos filhos, não faz muito tempo, resolvi que iria deixar de amá-lo, ele não estava merecendo tanto assim mais o meu amor. Isso era justo, não iria entregar minha vida toda para alguém que não merecia esse amor, não é mesmo?

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Foi então que conheci o sentimento que dá sentido à vida, aquela luz que ilumina nossos caminhos sem que percebamos, encontrei o puro amor de Cristo. Descobri que esse sim era o amor verdadeiro, genuíno, real, a essência mais pura do sentimento chamado amor, límpido, sem manchas.

Ora, como poderia deixar de ser? Pois foi Cristo que nos amou e se entregou por nós sem que nós merecêssemos esse amor. Ele nos amou sem que nós quiséssemos ou tivéssemos conhecimento desse amor.

Então uma nova chama acendeu em meu coração, algo que ardia mais forte do que aquele primeiro amor que senti pelo meu esposo, algo mais intenso e ardente do que minha primeira paixão por ele. Entretanto, não era natural, havia apenas um ingrediente essencial dentro de mim que eu mesma precisei ativar, para que pudesse sentir esse amor sublime pelo meu amado esposo, o DESEJO.

Desejei profundamente com todo ímpeto da minha alma aprender a amar meu esposo como Cristo nos amou, um amor semelhante é claro, pois a perfeição desse amor, o absoluto, puro e perfeito amor de Cristo, só foi conhecido uma única vez nesse mundo, na forma do próprio Cristo.

Mas Ele nos deixou Seu exemplo, nos ensinou a pescar, através das Suas parábolas e outras coisas mais, podemos aprender a vivenciar em nosso casamento e em nossas vidas a verdadeira caridade, o amor verdadeiro, não aquele dos contos de fadas.

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Como podemos fazer isso?

Uso o advérbio como exatamente pela razão dele ser, pois não é porque eu amo você, ou quando eu amo você, nem onde eu amo você, ou porque você não me ama, mas sim COMO eu amo você. Como demonstro esse amor? Como revelo meu verdadeiro e caridoso amor por você?

Em Coríntios, o Apostolo Paulo nos ensinou muito sobre como podemos amar como Cristo, declarou que: “O amor é sofredor, é benigno, o amor não é invejoso, o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece… Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (I Coríntios 13: 4 e 7).

Mas não conseguimos isso sem esforço ou paciência, listei abaixo algumas ações que aprendi que se realizadas diariamente permitem-nos amar dessa maneira:

1. Ausência do egocentrismo

Ou seja, da inveja, do egoísmo, da vaidade extrema. Precisamos amar e nos preocuparmos com nosso cônjuge acima das nossas próprias preocupações e necessidades.

O verdadeiro amor floresce quando nos preocupamos mais com a outra pessoa do que com nós mesmos” (Jeffrey Holland).

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2. Bondade

Ser bondoso com nosso cônjuge é demonstrar ativamente nosso amor, é ser prestativo, paciente, falar palavras bondosas, demonstrar alegria com as realizações do nosso cônjuge, diariamente, principalmente quando achamos que naquele momento ele não mereça, isso faz parte do amor puro.

3. Respeito

O amor é muito frágil, e alguns elementos da vida podem quebrá-lo facilmente. Amar e ser amado é um ato de total confiança e entrega. É onde depositamos nossos sonhos, esperanças, temores e fraquezas. Carecemos que o outro (nosso cônjuge) respeite e cuide da nossa bagagem emocional e fisicamente.

Se você está passando por dias difíceis como eu e milhares de outras pessoas já passaram deseje e decida hoje mesmo amar seu cônjuge com um amor semelhante ao de Cristo. Seja feliz.

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Cibele Carvalho

Bacharel em Direito, Mediadora e Conciliadora de Família, realiza palestras para noivos e recém-casados sobre relacionamentos, especialista em Psicologia Jurídica, esposa, mãe e genealogista.