Como sobreviver ao fim do casamento
Algumas dicas essenciais para não acrescentar mais sofrimento ao divórcio e preparar-se para a superação desse trauma.
Suely Buriasco
O divórcio é um período normalmente conturbado, confuso e acima de tudo muito doloroso. Fim de sonhos, mudanças de planos, frustração, decepção, raiva, culpa, tristeza, enfim uma gama de emoções e sentimentos difíceis de conter. Mas, como dizia minha sábia avó Aurora: “Fato consumado é igual a leite derramado, não adianta chorar”. Então o melhor é aprender a lidar com a nova realidade.
O vínculo quebrou
Você e seu ex tiveram motivos para entender que o casamento já não valia a pena, algumas falhas aconteceram que acabaram se tornando irreparáveis. Eu sei que isso é difícil, principalmente se você ainda ama o ex, mas é preciso parar de desejar que as coisas sejam diferentes do que realmente são. É preciso deixar que o passado se vá e com ele todas as dores, as mágoas, os ressentimentos; colocar um fim no que já acabou. Você se divorciou por uma razão, seu casamento não estava funcionando, não era bom para você, e você precisa encontrar a força e a disciplina para superar isso.
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Não restrinja a sua vida
Divórcios acontecem independente da vontade das pessoas, isso não desmerece você. Mesmo que tenha cometido erros e é muito provável que sim, sentimento de culpa, vergonha ou qualquer outro que desmereça você apenas servirá para restringir as possibilidades de mudança na sua vida. Não é que você não seja bom o suficiente ou que outras pessoas sejam melhores do que você, não é justo fazer esse tipo de comparação, muito menos se definir a partir dos outros. Para sobreviver ao fim do seu casamento, você precisa separar sua autoidentidade do rompimento.
Mantenha distância física e emocional
Se o casamento acabou mesmo e todas as tentativas por mantê-lo foram em vão, não vai ajudar continuar por perto. Claro que vocês terão que se encontrar para tratar de assuntos práticos, pelo menos no início, mas é importante não manifestar confusão emocional como brigas, palavras ríspidas ou mesmo qualquer tipo de apelação. Vocês já não estão mais juntos, não há mais nada de emocional para ser cobrado. A distância física também é importante, em muitos casos ex-cônjuges acabam tendo o que chamam de “recaída”, mas sexo e divórcio têm por soma mais sofrimento. É quase impossível separar-se emocionalmente quando vocês ainda têm um relacionamento íntimo. Definitivamente, não vale a pena!
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Faça planos para sua nova vida
No início é mais difícil, mas exercitando você pode conseguir mudar seus pensamentos sempre que eles se direcionarem ao passado. Escreva coisas que você pode realizar agora, sonhos deixados de lado, cursos que foram adiados, ideias novas. Fica mais fácil se você tiver alguém confiável para lembrá-lo dos novos projetos sempre que você sentir desânimo ou medo. Um amigo ou familiar podem ajudar muito, mas a presença de um especialista também pode ser necessária, o ideal é que você não se deixe levar por pensamentos derrotistas e, quando necessário, não tarde em buscar quem facilite seu caminho para a superação.
Abra-se para o amor
Não se trata de sair correndo atrás de outro relacionamento amoroso, isso quase sempre não dá certo, antes de iniciar um novo relacionamento é fundamental estar plenamente livre do passado. Esse é um momento em que você precisa muito de amor, mas esse sentimento vem em pacotes diferentes, o romântico é apenas um tipo. O amor está em toda parte e você pode compartilhá-lo com filhos, pais, amigos e até com estranhos através de trabalhos voluntários que comprovadamente causam grande satisfação. Entretanto, fundamental mesmo é estar em harmonia com você mesmo e amar a pessoa que você é.
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