Por que Deus envia seus filhos à Terra?

Se a vida é tão penosa, por que trazer filhos ao mundo? Conheça a opinião de Deus sobre o assunto, e de que forma a vida mortal é ESSENCIAL ao Plano de Salvação.

Erika Strassburger

Você já pegou um recém-nascido no colo e, sendo tomado de paz diante de tamanha fragilidade e pureza, perguntou mentalmente: “Quem é você, pequeno? De onde veio? Qual sua missão aqui na terra?” Ou, diante de uma pessoa falecida, questionou-se: “Onde ela está agora?”, “O que acontecerá com ela daqui por diante?”

Se nunca pensou nisso, talvez seja a hora de começar a pensar. É um assunto que precisa ocupar nossos pensamentos, pois dependemos desse conhecimento para nos prepararmos para o que está por vir.

Para entender o propósito da mortalidade, é preciso compreender os seguintes pontos:

1. De onde viemos?

Não entrarei em questões doutrinárias, basta afirmar que nossa jornada eterna teve início na presença de Deus, nosso Pai.

2. É melhor não trazer filhos ao mundo a ter de expô-los às vicissitudes da mortalidade?

Essa é uma INVERDADE amplamente difundida. Muitos usam-na como desculpa para defender o aborto. Se assim fosse, Deus não diria a Adão e Eva: “Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra” (Gên. 1:28). Não foi mera sugestão, mas um mandamento. Portanto é um erro pensar que tanto faz uma pessoa nascer ou não. Ou que é melhor ela não nascer do que nascer para sofrer.

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Todos os filhos de Deus precisam receber um corpo mortal, caso contrário, terão seu progresso eterno barrado. O que cada um de nós deve fazer é proporcionar a essas crianças ambientes seguros para nascerem, lares cheios de amor, onde suas necessidades sejam supridas e princípios corretos, ensinados.

Leia: Por que Deus permite o sofrimento?

3. Mas por que é tão necessário receber um corpo físico?

Obter um corpo físico é fundamental para o progresso eterno de cada filho de Deus, pois como herdarão a vida eterna sem a ressurreição? E como ressuscitarão sem haverem morrido? E como morrerão sem haverem nascido? “Porque assim como a morte veio por um homem [Adão], também a ressurreição dos mortos veio por um homem [Cristo].” (1 Cor. 15:21)

Quando trazemos filhos ao mundo estamos não somente apoiando o Plano de Salvação do nosso Pai Celestial, mas formando uma espécie de sociedade com Ele.

4. E por que a jornada mortal precisa ser tão dolorosa? Deus deseja que soframos?

O Senhor alegra-se em nos ver felizes, e Ele trabalha incansavelmente para que isso aconteça. Mas não há felicidade sem paz de consciência, e esta, por sua vez, está condicionada à retidão. Ou seja, não há como sermos felizes cometendo erros. Portanto, acabamos sofrendo por causa de nossos pecados de duas maneiras:

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  1. Sentindo tristeza e remorso pelo erro cometido (quando temos consciência do erro) e perdendo a paz de espírito. Este sofrimento é bom e necessário, pois funciona como um sinal de alerta. Ele leva-nos ao arrependimento sincero, tão fundamental para obtermos o perdão divino e recobrarmos a paz e a alegria. “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação” (2 Cor. 7:10)

  2. Sentindo tristeza, angústia e medo por causa das consequências de nossas más escolhas. Ainda que consigamos nos arrepender de um erro, muitas vezes precisamos lidar com as suas consequências.

Viver em retidão nos livrará desses sofrimentos, ainda assim, não estaremos imunes a outros tipos de sofrimento. Há situações que fogem do nosso controle, como uma crise na economia; catástrofes naturais; atos praticados por terceiros, como violência, ofensas, injustiça, perseguição etc.; doenças e a morte de um ente querido.

Leia:Encontrando a felicidade duradoura seguindo as leis de Deus

5. De que forma devemos encarar o sofrimento?

O sofrimento é um grande refinador de caráter. Então, em vez de cedermos ao orgulho, devemos nos concentrar na busca do arrependimento sincero. E em vez de nos queixarmos dos infortúnios, de buscarmos vingança ou nos revoltarmos contra Deus, devemos aproveitar para refletir sobre a vida, apegar-nos ao Pai através de orações mais significativas, do jejum, da leitura das escrituras e de outras práticas espirituais. Devemos trabalhar para reverter nossa situação em vez de nos afundarmos na autocomiseração.

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6. E como lidar com a perda de entes queridos?

Uma verdade é irrefutável: todos morreremos, cedo ou tarde. A morte é parte essencial do Plano de Salvação de Deus. Precisamos da morte para progredir eternamente, pois, como já foi dito, sem morte não haverá ressurreição. Sem ressuscitarmos, não estaremos aptos a herdar a vida eterna.

Se tivermos essa verdade em mente, ficará muito mais fácil aceitarmos a morte, e a esperança amenizará a dor da perda e da saudade.

7. E depois dessa vida, o que virá?

No devido momento, haverá uma ressurreição e um julgamento:

“E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.” (Apoc. 20:13)

“E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.” (Apoc. 20:12)

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E, então, nos será dado o “veredito”:

“E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição da condenação.” (João 5:29)

Há alegria eterna reservada aos fiéis

Vivemos nos últimos dias desta Terra mortal, e sobrevêm sobre nós “tempos trabalhosos” (2 Tim. 3). Ou seja, nossa jornada mortal não é nem será fácil. Ainda assim, vale muito a pena passar pela mortalidade, por tudo de bom que podemos vivenciar durante esse período e, principalmente, por tudo o que, graças ao nosso Senhor Jesus Cristo (João 16:11), nos aguarda na eternidade, caso Lhe sejamos fiéis.

Leia: Como ensinar os filhos a orar

Deixo-lhes, como consolo e incentivo, as palavras do Apóstolo João, o Revelador:

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“Vós agora… tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará.” (João 16:22)

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas.” (Apoc. 21:4)

“Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.” (Apoc. 21:7)

“Bem-aventurados aqueles que guardam os seus mandamentos, para que tenham direito à árvore da vida, e possam entrar na cidade pelas portas.” (Apoc. 22:14)

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Erika Strassburger

Erika Strassburger nasceu em Goiás, mas foi criada no Rio Grande do Sul. Tem bacharelado em Administração de Empresas, trabalha home office para uma empresa gaúcha. Nas horas vagas, faz um trabalho freelance para uma empresa americana. É cristã SUD e mãe de três lindos rapazes, o mais velho com Síndrome de Down.