Sou eu uma árvore infrutífera no solo da paternidade ou maternidade?

As parábolas citadas pelo Salvador Jesus Cristo estão repletas de ensinamentos. Esta da figueira infrutífera ajuda a entender um pouco sobre solos sagrados como o da paternidade e maternidade.

Michele Coronetti

Há uma parábola, contada apenas no evangelho de Lucas, capítulo 13, versos 6-9. Apesar de ser pequena, o ensinamento que pode ser retirado é imensurável:

E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira, e não o acho. Corta-a; por que ocupa ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque; E, se der fruto, ficará e, se não, depois a mandarás cortar.

Comparações são muito utilizadas nas escrituras como esta parábola. Assim como uma árvore, nascemos, dependemos de cuidado e crescemos para cumprir nosso papel com a sociedade e perante Deus.

De qualquer árvore frutífera é esperado frutos. Eles podem ser doces ou amargos. No caso desta figueira citada por Jesus Cristo, não haviam frutos na árvore há algum tempo.

Frutos bons são aqueles que trazem alegria e satisfação. O sabor pode ser variado dependendo da árvore, pois cada uma tem sua função. Normalmente os frutos agradam a quem está usufruindo deles. Podem ser bonitos, perfeitos ou disformes. Possuem tamanhos e cores variados, texturas diferentes. Não importa como são, desde que a árvore ofereça frutos.

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Ao realizarmos o bem na sociedade, nossos frutos são considerados bons. Frutos amargos ou estragados não são apreciados e normalmente são jogados fora. Uma árvore pode dar frutos bons e ruins. Um fruto pode ter sido bom, mas devido ao tempo ou outros fatores, pode apodrecer. Frutos têm sementes em seu interior, que em contato com o solo poderão dar origem a novas árvores.

O dono da vinha faz uma pergunta-chave: Por que a árvore ocupa a terra inutilmente? Seu investimento com aquela árvore não estava dando retorno. Ela poderia ser arrancada e lançada fora porque não servia para nada. Em seu lugar poderiam estar parreiras produzindo bons frutos como no restante da plantação.

A terra pode ser comparada ao chão onde estamos pisando. O ser humano passa por diversas situações em suas vidas. Estudo, trabalho, o papel de marido e esposa, entre outros. Muitos ocupam o agradável e desafiador solo da paternidade e maternidade. E frutos são esperados desta árvore que ocupa este solo. E, como diz a parábola, se ocupa a terra inutilmente, não está sendo interessante para o dono da vinha.

Para alívio da árvore, o jardineiro pede para cuidar dela por mais um tempo, para dar-lhe a oportunidade de gerar frutos. Jesus Cristo nos deixou ensinamentos e exemplos para que, como árvores, sejamos frutíferos. Temos vários recursos que nos permitem encontrar conselhos sábios e diligentes que nos ajudam a entender o propósito como pais e mães. E melhor ainda que apenas produzir frutos, estes podem ser agradáveis e saborosos dependendo da nossa dedicação e atenção aos conselhos recebidos.

Algumas coisas que pais e mães podem fazer para não ocupar o solo da paternidade e maternidade inutilmente e continuar ocupando aquele espaço sem precisar ser arrancado, cortado e lançado ao fogo:

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  • Guiar seus filhos no melhor caminho para que a sociedade seja abençoada com o adulto que ele se tornará.

  • Ser exemplo de retidão, civilidade e solidariedade.

  • Promover o bem-estar físico e emocional para sua família.

  • Ter fé e esperança e conduzir sua família através destes princípios.

Leia:

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Bons frutos sempre agradam, especialmente ao dono da plantação. Árvores frutíferas não são caracterizadas como estorvo. Elas produzem frutos e por isso permanecem em seu solo, alegrando as pessoas que passam e a apreciam. E o Criador delas se regozija.

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Michele Coronetti

Michele Coronetti é secretária, mãe de seis lindos filhos, gosta de cultura e pesquisas genealógicas.