A atitude diante das suas falhas é o que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso
Quando você muda para melhor, seu mundo inteiro muda, e você consegue ser feliz.
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Erika Otero Romero
Se você já se perguntou por que nunca dá certo no amor ou por que sempre acaba brigando com seus pais quando queria apenas conversar, então você é um dos meus. A verdade é que muitas vezes na vida caímos no erro de “tropeçar na mesma pedra”. O problema é que não temos ideia do porquê de isso acontecer. O bom é que, se aprendermos a detectar onde o problema surge, nunca mais cometeremos esse erro.
A culpa e a solução estão em nossa atitude
Por mais difícil que possa ser ler isso, essa é a verdade. Embora uma “reviravolta” disso também conserte a bagunça.
Há pessoas que têm dificuldade em assumir a responsabilidade por suas ações, acabam jogando a responsabilidade sobre os outros. Há também aqueles que agem com total indiferença; eles percebem seu erro, mas não se importam, seguem a vida como se nada tivesse acontecido. E, finalmente, há pessoas que reagem com veemência, seja com agressividade ou paixão.
Qualquer uma das opções acima está errada e eu lhe direi os motivos.
Primeiro:
Não assumir responsabilidade é um sinal de imaturidade mental. A pessoa pode ter 50 anos, mas se não for capaz de lidar com o peso das decisões e ações, é imatura.
No entanto, quando alguém é capaz de analisar o que aconteceu ou gerou o problema, tentará dar uma solução para a situação. Isso o torna responsável.
Segundo:
Quando uma pessoa passa a vida agindo com indiferença em relação a seus erros, ela é condenada a falhar repetidamente no mesmo ponto, ainda que sejam situações diferentes na vida. Quem age dessa maneira quer evitar a dor e a vergonha, mas tudo o que faz é prolongá-la.
A atitude que alguém indiferente deve assumir é agir conscientemente; isto é, colocar os “5 sentidos” em cada ação ou decisão que tomar, pois muitas vezes ele nem percebe suas ações. Outra solução é assumir a responsabilidade; não passar longe para evitar mal-estar, sabendo, por exemplo, que magoou sua mãe com palavras. Ambas as ações dão a você a capacidade de viver com mais tranquilidade e com menos carga emocional negativa.
Terceiro:
Há pessoas que, quando alguém aponta seus erros, deixam extravasar todo seu lado emocional. Elas podem ficar com raiva, chorar, defender-se apaixonadamente, gritar; tudo isso para defender suas ações e mostrar que estão certas e os outros estão errados.
Obviamente, uma realidade depende da percepção dos envolvidos, mas somos sempre capazes de ver se estamos errados ou não. Portanto, para superar esse ato infantil, é essencial ser humilde para conseguir reconhecer os erros. No começo, pode ser muito complexo para o ego dizer “sim, o erro foi meu” ou “eu estava errado”, mas a partir do momento em que você decidir mudar de atitude, será muito mais fácil se relacionar com os outros.
Maturidade emocional e mental, a fonte de nossa paz pessoal
Ter maturidade não é uma questão de idade. Você pode ter 20 anos e ser uma pessoa madura e emocionalmente estável, ou 50, e continuar como um garoto rebelde de 15 anos.
Como é adquirida a maturidade mental e emocional?
A maturidade do caráter é adquirida através do aprendizado deixado pela vida. O aprendizado acompanha as situações que levam uma pessoa a extrair seus recursos pessoais e força interior.
Sim, você aprende mais em situações de pressão e dificuldade do que nos bons momentos. Os bons tempos nos deixam prazer e benefícios; você aprende alguma coisa? Sim, mas não com a mesma intensidade dos maus momentos. As “pancadas” que levamos nos fazem amadurecer, crescer e fortalecer.
Pois bem, tenhamos em mente que somos todos diferentes, portanto, vamos reagir de maneira diferente diante de uma mesma situação. Os irmãos gêmeos, apesar de compartilharem muitas coisas e serem fisicamente muito parecidos, pensarão de maneira diferente. Os dois não vão reagir da mesma maneira ao divórcio dos pais, por exemplo. Um pode afundar em extrema tristeza, enquanto o outro sentirá que foi a melhor coisa que poderia ter acontecido à família, porque ninguém merece viver assistindo os pais brigarem todos os dias.
A forma como você encara as situações da vida faz toda a diferença entre paz e caos
Para não ir mais longe, nem todos reagimos da mesma forma à pandemia de coronavírus. Há pessoas que gostam de ficar sozinhas e decidem conversar com suas famílias por meio de um aplicativo de vídeo. Há também aqueles para quem essa foi uma sentença de morte. Outros se mantêm calmos porque têm o rosto voltado para as coisas boas da vida.
A diferença está na maneira como lidamos com as situações complicadas da vida que, para o bem ou para o mal, é o que nos faz crescer e amadurecer. Eu sei que é triste o fato de aprendermos apenas nos momentos mais sombrios da vida. Isso acontece porque não somos capazes de enxergar os bons momentos, nós apenas os desfrutamos. É por isso que experiências ruins são necessárias para você aprender a apreciar o que tem, amadurecer e dar a elas o valor que merecem.
Infelizmente somos filhos do rigor. Nos momentos bons, muito poucos aprendem alguma lição; nos “maus” momentos, ou você aprende a lição ou está condenado a passar por situações de dificuldade semelhante várias vezes até conseguir ver. É disso que se trata, de abrir os olhos, ver onde você está falhando, fazer a correção e seguir o caminho. Aprendida a lição, não há mais necessidade de passar por isso novamente. E se você passar, bem, você já sabe “em que pedras pisar para não cair no rio”.
Só me resta dizer que espero que você aproveite e aprenda com a vida todos os dias. Cada dia traz consigo o seu afã, seu ensinamento; por isso, seja grato e humilde, reconheça seus erros e não seja teimoso, a vida será muito mais bonita e fácil de viver.
Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original La actitud ante tus fallas es la que hace la diferencia entre el éxito o las equivocaciones