A importância do amor em nossas vidas

Respirar amor só depende de nós. Mesmo quando o odor nos é desagradável, podemos transformá-lo em algo inspirador para o bem.

Fernanda Ferrari Trida

“Amar é…”. Nos anos 1960, a artista neozelandesa, Kim Grove, inventou essa série, que retratava um menino e uma menina apaixonados um pelo outro. Quando essas encantadoras figurinhas desembarcaram no Brasil eu era um bebê (pois é, faz tempo!). Mas acho que ela ainda é um bom exemplo do que entendemos por amor.

Se você também é dessa época, creio que sua lembrança acerca do menino e da menina gira em torno de algo tranquilo, bom e reconfortante. Para mim significa um tempo de regozijo, quando éramos verdadeiramente felizes.

Opa! Agora meu cérebro acaba de pregar uma peça. Como assim “éramos felizes”? Pois é, fica muito fácil acreditar que fomos felizes quando criança, porque o amor era algo sublime, despido de preconceitos e julgamentos. Mas o que nos impede de continuar a entender o amor como foi na época em que éramos crianças?

Eu cresci vivenciando fragmentos de um sentimento que todos diziam ser amor. Via meus pais juntos, de mãos dadas e felizes. Via também o carinho com que meus avós tratavam a mim e ao meu irmão. Via também o amor estampado no focinho de cada animal que cruzava o meu caminho. Se parar e observar, ainda posso sentir todo esse amor. Sem saudade. Mas tenho a certeza de que esse é o mesmo amor que vejo agora permeando a vida dos meus filhos.

“Amar é…”

  • Não julgar.

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  • Não criticar sem antes olhar para dentro de si mesmo.

  • Ajudar aquele que precisa, mesmo que não o conheçamos.

  • Andar de mãos dadas com a compaixão, sentimento tão necessário a todos e tão pouco vivenciado pela maioria de nós.

  • Despir-se de amarras.

  • Não acreditar que o outro mereça o mal que está recaindo sobre ele.

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  • Cultivar amores fraternos e eternos.

  • Compreender as atitudes do outro.

  • Não infligir sofrimento ao outro.

  • Não compactuar com injustiças.

  • Saber-se parte de um grande reino divino, no qual todos os homens, animais e plantas são iguais.

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  • Ver-se com humildade.

  • Encher o coração de felicidade para não sobrar espaço algum para a raiva.

  • Ter paciência com a vida.

Viver com amor é sinônimo de elevação espiritual. A mesquinhez, a ira e o caos não encontram lugar no coração daquele que enxerga um mundo de amor. Você deve estar se perguntando se eu não acompanho todas as notícias sobre as atrocidades que os seres humanos cometem uns com os outros por objetivos vis, os escândalos políticos, as desgraças provocadas por pessoas irracionais.

Sim, eu vejo e fico muito triste por perceber que muitos de nós não sabemos qual o verdadeiro objetivo de estarmos aqui na Terra. Mas eu opto por vislumbrar um horizonte azul e compassivo, pois eu não posso esperar os outros pararem de agir com maldade para que meu mundo, e o dos meus filhos, se torne melhor.

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Eu sei que se eu só tiver amor para doar, serei capaz de tocar algum coração frio, mesmo que seja apenas um, e fazê-lo mudar de rumo. Acho que você, leitor, também consegue colocar o amor em primeiro lugar. Vamos tentar juntos. Todos nós.

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Fernanda Ferrari Trida

Fernanda Trida é jornalista, médica veterinária, dona de casa, esposa, mãe de Marcela, com três anos, e de João, com um ano de idade.