Adolescentes e namoro: O poder do exemplo e autocontrole
Veja neste artigo como conversar e impor limites ao seu filho para protegê-lo e orientá-lo adequadamente na relação amorosa.
Fernanda Ferraz
Uma hora seu filho irá querer namorar, e é importante os pais estarem atentos a isso e acompanharem esse relacionamento de perto. A orientação é fundamental, o namoro não é mais importante do que outras atividades, como a educação e a proteção dos valores morais.
Não pode haver timidez ou insegurança da parte dos pais para poder falar sobre esse assunto. O melhor é haver uma constante linha de comunicação transparente com os adolescentes. Infelizmente, “crianças” ou adolescentes de 11 anos têm começado a namorar e a se relacionar com várias pessoas ao mesmo tempo, a chamada “Era Moderna” onde tudo pode. Ouço histórias de jovens que já nessa idade começam a ter uma vida sexual ativa, às vezes, também com mais de uma pessoa, são as chamadas “ficadas”. E tudo isso tem um impacto muito profundo na vida dos filhos e dos pais também, sem contar nos problemas e perigos, como:
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Gravidez indesejada.
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Doenças sexualmente transmissíveis.
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Transtornos psicológicos.
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Perda precoce da infância.
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Depressão.
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Estupro.
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Abandono dos estudos.
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Inversão de prioridades e valores.
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Degradação moral.
Existe idade certa para permitir seu filho namorar?
Existe idade recomendada, a partir dos 16 anos, por haver mais maturidade e compreensão da parte do adolescente. Muitas coisas não precisam nem devem começar cedo demais, é uma questão de prevenção. Adolescentes são geralmente tanto imaturos fisicamente e psicologicamente e se houver estímulos para que desenvolvam atitudes sexuais cedo, podem haver sérias consequências.
Segundo pesquisas, foram coletadas informações sobre a melhor idade para se desenvolver um namoro, foi descrito que o melhor momento é aos 18 anos, pois o indivíduo torna-se responsável perante a lei por seus atos, e consegue conciliar estudo e namoro de forma mais equilibrada e consciente, visando uma faculdade e um desenvolvimento profissional concreto.
O poder do exemplo
. O exemplo é a primeira coisa que os filhos vão enxergar nos pais, o amor, a dedicação, a comunicação, tudo isso é essencial no relacionamento entre pais e filhos. Mesmo com bons exemplos, acontece dos filhos seguirem rumos errantes, mas quando se tem exemplo vívido é mais fácil corrigir e redirecioná-los para o caminho correto.
Impor limites
. Os limites são extremamente necessários. Enquanto os filhos forem menores de idade são responsabilidade dos pais, e seus atos refletirão para sempre na família.
É preciso estabelecer limites e horários, regras. O mundo está se tornando esse caos social, onde jovens de 14 anos ou menos já fumam, usam drogas, já são alcoólatras e têm filhos à vontade, deixando-os nas costas dos pais. Tanta inconsequência, porque às vezes não há monitoração, regras. Tudo hoje é muito liberal, sexo pode em qualquer idade, beber socialmente pode. Gente, onde estão os limites? Cadê a preservação desses filhos? E isso tem que começar e partir dos pais.
Diálogo sobre a sexualidade
. Quando seu filho começar a namorar, converse com ele, não sendo violento ou carrasco, é explicar a importância da autopreservação, dos cuidados e da proteção. Ensine que o ato sexual tem um tempo para acontecer e deve acontecer dentro do casamento, pois o casal saberá lidar com essa situação de maneira correta, incentive-o a namorar em locais públicos, evitando toques íntimos, que induzem a uma relação sexual precoce. Sabe aquela época do namoro de porta? Havia mais respeito e menos problemas.
Amigos
. Nesta fase de hormônios e descobertas, algumas amizades tendem à indução precoce do namoro e da sexualidade. É preciso que os pais observem quem são e como agem os amigos de seus filhos. É claro que para tudo isso é preciso muita conversa e observação sobre conduta do certo e errado. Os amigos podem ter grande influência nas atividades e vida de seus filhos, observe como agem, a linguagem corporal e verbal, se usam palavrões, as roupas, se são curtas demais, etc.
Ensinar sobre o autocontrole
. Outro ponto chave é ensinar a importância do adolescente ter autocontrole sobre suas emoções e desejos. Ele deve ser ensinado a conseguir dominar-se e conter seus impulsos, refletir sobre as prováveis consequências de suas decisões.
Tudo em demasia, sem equilíbrio e direção, sem explicações sobre o momento certo para acontecer pode trazer consequências irreparáveis.