Além das aparências: 3 necessidades essenciais para conseguir a saúde financeira da família
É melhor que as pessoas considerem o seu castelo um pouco mais singelo, mas que você não precise pedir ajuda a elas se o pior acontecer. Melhor é estar na condição de ajudar do que de ser ajudado.
Samuel Marroni
Vivemos em um mundo em que as pessoas preferem alimentar a aparência de que têm uma boa condição financeira do que possuir, verdadeiramente, esta condição.
Há aquele ditado popular anônimo, sábio, que diz: “As pessoas gastam o dinheiro que não têm, com coisas que não precisam, para agradar [na maioria das vezes] àqueles de quem não gostam [ou de quem possuem inveja]”. Também há aqueles que possuem uma excelente condição financeira e que gostam de deixar bem claro para todo mundo o quão grande é a sua fortuna – e fazem isso por meio de extravagâncias e desperdícios.
Neste momento alguém poderia perguntar: “Mas qual o problema de possuir uma boa condição financeira?” Nenhum. De fato, não há o menor problema em ter posses, ser rico, administrar algumas regalias, enfim… Não há nada de errado nisso. Mas nenhum ser humano deve viver somente para isso, ou colocar em risco a saúde financeira de um lar por causa de aparência ou status. Há inúmeros exemplos de pessoas e instituições que ostentaram em demasia, prospectaram riqueza somente pela riqueza e não mediram as consequências de seus atos, mas sofreram quedas muito vergonhosas.
No início de 2015, uma grande empreiteira brasileira que atua principalmente em obras de infraestrutura e que possui participações em concessões rodoviárias de aeroportos, estádios, entre outras atividades, vem passando por uma grave crise financeira, principalmente devido ao seu envolvimento com esquemas desonestos de pagamento de propinas para obtenção de benefícios contratuais. Após ser descoberta em suas fraudes, além de perderem contratos de grande importância e de valores econômicos bastante expressivos, seus credores exigiram os pagamentos dos créditos que foram confiados à empresa, porém esta não conseguiu pagar aqueles a quem devia. As agências de classificação de crédito conferiram-lhe as piores notas e isso impediu que lograssem outros credores. Resultado: veio à tona um endividamento gigantesco com o qual a empreiteira não consegue arcar sozinha e esta não possui caixa suficiente para arcar nem mesmo com as dívidas a curto prazo e o custo operacional de suas atividades, que são duas vezes maiores do que o valor existente em caixa. As últimas notícias indicaram que haverá um iminente pedido de recuperação judicial, pois esta grande corporação (que aparentava ser um império indestrutível) beira a falência.
O que acontece com essas grandes empresas é o mesmo que acontece com muitas famílias, obviamente, em proporções muito diferentes.
Surge um imenso desejo de alcançar determinadas posições mais rapidamente do que o tempo hábil e as posses atuais permitem, então começa a busca por crédito e a utilização de recursos emprestados a juros altíssimos. Em seguida, nasce a sensação de que é bem fácil adquirir bens materiais, até que a situação começa a fugir do controle, os credores começam a exigir seus pagamentos e um abismo financeiro se impõe no caminho. Neste ponto, com muita dor, as pessoas percebem que não terão como arcar com tudo o que se comprometeram e ocorre uma tenebrosa e indesejada queda.
Estamos vivendo dias muito difíceis e onerosos. Cada vez fica mais difícil prover as necessidades básicas de uma família, mas ainda assim muitas vezes as pessoas “colocam a carroça na frente dos bois” e dão prioridade àquilo que não é prioridade.
As famílias que querem realmente ter uma boa condição de vida precisam atentar para alguns detalhes:
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Não podem se iludir com bens materiais.
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Devem procurar o sustento completo de seu lar antes de qualquer coisa.
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Devem zelar pela saúde financeira da família antes de ostentar qualquer aparência.
Verdadeira saúde financeira, por exemplo, significa:
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ter alimentos em quantidade suficiente para os intervalos do mês;
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possuir armazenamento de alimentos ou até mesmo de água diante da atual crise hídrica do país;
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possuir reserva financeira significativa;
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possuir plano de previdência que lhe permita manter a sua situação atual ou melhor que isso quando da aposentadoria;
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possuir seguro contra mortes inesperadas – para que o cônjuge e os filhos não fiquem desamparados se ocorrer uma tragédia;
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dar preferência à aquisição de bens imóveis ao invés de dispender recursos para aquisição de automóveis e aparelhos eletrônicos de última geração;
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investir em educação e aperfeiçoamento acadêmico-profissional, entre outras necessidades.
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Além disso, as famílias devem tomar muito cuidado com cartões de crédito, empréstimos e financiamentos.
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Não adianta construir um castelo formoso com fundações inadequadas.
Visualmente todos acharão que você está muito bem de vida, mas se a maré virar você conseguirá honrar seus compromissos ou precisará implorar por ajuda?
É melhor que as pessoas considerem o seu castelo um pouco mais singelo, mas que você não precise pedir ajuda a elas se o pior acontecer. Melhor é estar na condição de ajudar do que de ser ajudado.
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