Alimentação na gravidez: 6 soluções para a saúde da mamãe e do bebê
Veja como fazer para que seu bebê receba os melhores nutrientes dos alimentos que você ingere.
Fernanda Ferrari Trida
Quantas vezes já não ouviu falar que nós somos o que comemos? Pois essa é a mais pura verdade. Precisamos de uma alimentação balanceada e consciente para que nosso corpo reaja da melhor forma possível a todos os desafios que nos são mostrados diariamente.
Agora que você está grávida, existe mais uma verdade: seu bebê é o que você come. Afinal, a nutrição do feto é responsabilidade da mãe, por meio da placenta, ocorre a difusão de nutrientes e oxigênio do sangue materno para o sangue fetal. A boa alimentação da mãe aumenta a probabilidade do bebê de nascer com o peso normal, melhora seu desenvolvimento cerebral, enquanto ainda é um feto, e reduz o risco de certas anomalias congênitas, além de contribuir para que o bebê se torne um adulto sadio.
Precisa dizer mais? Se você acha que sim, saiba que se alimentar de forma correta durante a gravidez também traz benefícios para a gestante: reduz o risco de anemia e pré-eclâmpsia, reduz as náuseas matinais, a fadiga e a constipação, diminui as oscilações de humor e as chances de parto prematuro e faz com que a recuperação no pós-parto seja mais rápida.
1. Café da manhã: refeição obrigatória
Enquanto dormimos, nosso corpo trabalha. O coração, os pulmões e o cérebro não param de funcionar, assim como os demais órgãos e sistemas do nosso corpo. A diferença é que funcionam em ritmo mais lento, o que chamamos de metabolismo basal. Quando o feto dorme, a mesma coisa acontece, mas nem sempre os horários de sono do bebê e da mãe são os mesmos.
Por isso, a gestante acorda com fome. Assim, pular o desjejum não é uma boa ideia. Se a mãe está com fome, o feto também está. Então, sente-se e faça uma refeição de qualidade. Se você tem enjoos matinais, saiba que alimentar-se pode ajudar a melhorá-los. Mas se não há como comer, fale com seu médico sobre outras formas de nutrição.
2. Coma a cada três horas
Seu metabolismo deve sempre funcionar como uma linha reta e constante, para que o organismo de seu bebê não tenha que se preocupar em estocar nutrientes. Para isso, não fique mais que três horas em jejum. Alimentação regular em horários regulares é o segredo para uma mãe e um bebê saudáveis e sem sobrepeso. Além disso, pesquisadores descobriram que as mulheres que se alimentam desta forma têm mais chances de levar a gravidez a termo.
3. Duplique a nutrição, não as calorias
É verdade o que dizem sobre a gestante ter que se alimentar por dois. Mas não se trata de comer por dois adultos obesos. As necessidades calóricas do feto são bem menores que as de sua mãe, algo em torno de 300 kcal/dia. Então, entupir-se de comida, mesmo que sejam vegetais e carnes magras, não adianta de nada, a não ser provocar ganho de peso desnecessário.
Duplicar a nutrição significa fazer trocas e supressões inteligentes. Por exemplo, deixe o pão branco de lado e passe a consumir pão integral, troque a manteiga ou margarina por requeijão light, etc.
4. Procure comer mais alimentos naturais que industrializados
Os alimentos industrializados são ricos em conservantes, aditivos, corantes, sódio e açúcar. Muitos deles podem fazer com que a gestante retenha mais líquido, tenha mais chances de ter hipertensão e gere problemas para o feto. Portanto, procure mudar os hábitos. Em vez de ir ao mercado comprar comida pronta, vá passear na feira. Além de ser gostoso, você pode comprar alimentos mais fresquinhos e ricos em vitaminas.
5. Tente esquecer o açúcar
Doces são um manjar dos deuses, não é? Quando engravidamos parecem ser até mais que isso. Comer um docinho aqui outro ali muito de vez em quando, só para matar aquela vontade, tudo bem. Mas faça de forma consciente, ou seja, escolha um único tipo de doce e não aquela Banana Split com várias caldas e sabores de sorvete ou opte por um chocolate diet em vez de um bolo mousse carregado no granulado.
Mas, se possível, coma frutas frescas e secas em lugar dos doces feitos com açúcar refinado, pois elas não predispõem ao risco de diabetes gestacional e satisfazem tanto quanto. Outra maneira de se manter longe das tentações é fazendo exercícios físicos. Procure por aqueles que exijam concentração, como ioga e meditação, pois suprimem a ansiedade.
6. Trocas importantes
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Refrigerante por água;
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Suco industrializado por suco natural feito na hora;
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Pão branco por pão integral;
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Bolacha recheada por biscoito de cereais;
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Açúcar por sucralose;
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Doces por frutas secas;
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Iogurte integral por iogurte desnatado;
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Tortas prontas por tortas feitas em casa com farinha integral;
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Massas refinadas por massas integrais;
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Carnes de vaca e porco, gordas, por carnes brancas e magras;
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Atum em lata por salmão;
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Arroz branco por arroz integral;
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Muito sal por pouquíssimo sal;
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Vegetais cozidos por vegetais crus;
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Guloseimas por frutas.
Este artigo oferece um caminho a seguir, mas se a gestante tem dúvidas, sugiro que consulte um nutricionista. Ele estudou para saber exatamente o que e em que quantidade você deve comer para cuidar de você mesma e do seu bebê.