Alimentos orgânicos, inorgânicos e transgênicos: os efeitos na saúde das pessoas e do planeta
O que se tem ouvido é que esses alimentos trazem grandes diferenças que afetam diretamente a sua saúde e o meio ambiente, mas será que é assim mesmo?
Stael Ferreira Pedrosa
Muito se tem ouvido falar sobre esses dois tipos de alimentos: orgânicos e transgênicos, um sendo elevado à categoria de altamente recomendável – os orgânicos, enquanto os outros, inorgânicos e transgênicos, condenados como nocivos. Mas, será que é assim mesmo?
Alimentos orgânicos x inorgânicos
A grande diferença entre orgânicos e inorgânicos está no modo como são produzidos. Os orgânicos são cultivados como no tempo de nossos bisavós – por processos isentos de fertilizantes químicos e pesticidas. Mas, não é só isso, para serem considerados orgânicos, os alimentos precisam de outros cuidados envolvidos no processo de produção.
Isso envolve além dos processos naturais de cultivo – em que a própria natureza faz todo o trabalho de crescimento do que foi plantado, os alimentos cultivados não podem sofrer modificações genéticas e nem aditivos – ou seja, todos os processos devem se dar de forma natural e sem interferência humana.
Para ser considerado orgânico, o alimento tem que ser cultivado de maneira sustentável, ou seja, de forma a não esgotar os recursos naturais e ainda cuidando do meio ambiente, já que não usa produtos químicos (agrotóxicos) os alimentos produzidos de forma orgânica não poluem o solo e nem as nascentes de água, beneficiando a vida animal e o meio ambiente, economizando energia e evitando desperdícios.
Já o alimento inorgânico é aquele produzido em alta escala para abastecer o mercado de alimentos, utilizando tecnologias avançadas e com a menor perda possível de produtos. Para isso são utilizados agrotóxicos que matam as pragas e poluem o solo e as águas, além de fertilizantes para acelerar a produção – não necessariamente a qualidade dos alimentos cultivados, que se apresentam um pouco menos nutritivos e mais tóxicos.
O estudo destes pesquisadores encontrou que a opção da população por alimentos orgânicos ajuda o consumidor a ingerir menos substâncias tóxicas e apoiando a preservação do solo, das águas e promovendo a saúde ambiental e aconselham que esse tipo de produção seja estimulado e subsidiado mundialmente.
Uma das maneiras de ingerir alimentos orgânicos é plantando uma horta em casa. Se você tem ainda que um pedaço pequeno de terra em casa, use-o na produção de alimentos, mas, não corra na loja de produtos agrícolas para comprar adubos químicos ou produtos para matar pragas, se não, não adiantará nada. Veja aqui ideias para fazer hortas orgânicas em casa.
Transgênicos
Como falado anteriormente sobre os inorgânicos, os transgênicos são também alimentos produzidos em larga escala para atender mercados de todo o mundo, produzindo mais, gerando mais lucro e diminuindo custos. São facilmente identificáveis pelo “T” dentro de um triângulo nas embalagens.
Com a demanda de alimentos para abastecer o mundo, tornou-se necessário criar alimentos mais resistentes, que durassem mais e juntassem menos pragas – daí surgiram os transgênicos, organismos modificados através da Engenharia genética. Essas mudanças têm sido feitas no DNA de tais organismos desde os anos 1970, ou seja, o milho ou a soja que se consome hoje traz em sua essência genes de outros organismos, não tendo mais parte de sua natureza original, na busca por um produto que dure mais e produza mais. Não é mais o milho, nem a soja que nossos avós consumiam.
Quais os riscos de consumir alimentos transgênicos
De acordo com este site, os europeus, não aceitam o consumo desse tipo de produto em áreas urbanas, já os americanos são a favor, por alegar que o aprimoramento produz organismos imunes a pragas e, dessa forma, evita o consumo de agrotóxicos usados no combate. No Brasil, o Conselho Nacional de Segurança Alimentar (CONSEA) em conjunto com o IDEC (Instituto de Defesa do Consumidor) lançaram uma reportagem afirmando que os transgênicos, apresentam riscos à agricultura, à saúde e ao meio ambiente.
Riscos à agricultura
Entre os riscos para a agricultura está a possibilidade de extinção de espécies de grãos, já que os transgênicos não são plantáveis, não germinam e são protegidas por patentes, obrigando aos produtores que paguem para ter o direito a plantar alimentos.
Riscos para saúde
A reportagem aponta desde alergias, passando por aumento de resistência a antibióticos, até intoxicação alimentar grave devido à maior quantidade de resíduos acumulados nos alimentos.
Riscos para o meio ambiente
Pode-se fazer com o uso dos transgênicos o desenvolvimento de pragas e ervas-daninhas super-resistentes (“superpragas” e “superervas”).
O risco do uso de transgênicos ainda não foi totalmente estimado. Estudos ainda estão em andamento, mas até o momento não houve nenhum achado científico que recomendasse essa prática. Se vir o “T” dentro do triângulo nas embalagens, fuja sem olhar para trás.