As atitudes contagiam: fique longe das críticas destrutivas

Cercar-se de bons amigos é a chave para ficar longe de pessoas tóxicas.

Adriana Acosta Bujan

“Você parece ter engordado”, “É muito difícil, duvido que vá conseguir”, “Pessoas como nós não conseguem ter sucesso na vida”, “Deixe para lá essa ideia de encontrar um amor”. Em algum momento da vida, já ouvimos frases iguais ou parecidas com essas. Muitas delas são mal-intencionadas, repletas de inveja, ressentimento e audácia.

Acredite ou não, existem pessoas que têm tendência a invejar o sucesso dos outros, e por mais que tentem se disfarçar de boas pessoas, são como lobos no meio da floresta procurando uma presa frágil para prejudicar e saírem triunfantes.

Talvez sua intenção não seja magoar a outra pessoa, mas suas atitudes, comentários e comportamentos mostram o contrário.

Mas que diferença faz se falam bem ou mal de alguém

Somos seres sociais por natureza, portanto, precisamos nos sentir parte de um grupo para desenvolvermos a personalidade e identidade. Desde pequenos, buscamos nos encaixar, sentir-nos amados, agradar e sermos reconhecidos pelos outros para nos sentirmos seguros, protegidos e aceitos.

Às vezes, somos capazes de até mesmo mudar algum comportamento ou atitude para nos sentirmos parte daquele grupo, a ponto de acreditarmos em tudo o que podem dizer sobre nós (seja bom ou ruim).

Por muitos anos, especialistas exploraram o campo da mente humana tentando explicar como o cérebro funciona quando se lembra imediatamente de coisas negativas, mais que das positivas. Isso acontece porque o hormônio noradrenalina atua em um receptor, aumentando a sensibilidade química dos neurônios. Dessa maneira as coisas negativas são gravadas.

Portanto, tudo o que seu cérebro recebe como críticas negativas terá efeitos em você, pois você se lembrará e até mesmo acreditará no que os outros dizem.

A crítica é um vírus contagioso

Há pessoas que, sem perceber, acabam enchendo tudo ao seu redor de negatividade; não existe autocrítica neles, pelo contrário, acreditam que são perfeitos e pensam que as outras pessoas é que devem mudar de vida para serem felizes. Portanto, devemos ficar alertas para não sermos infectados.

Você certamente já se sentiu derrotado, sem forças, totalmente incapaz de seguir em frente, apenas por ouvir frases negativas de quem está à sua volta. No entanto, nunca permita que outras pessoas prejudiquem sua autoestima, fique longe de quem quer mudar seu jeito de ser, seus valores, sua concepções e fazer você se sentir um fracassado.

Como colocar uma barreira e ser feliz

1. Arrisque-se e confie

As pessoas tóxicas vão tentar fazer você focar nos próprios erros e fraquezas a fim de impedi-lo de alcançar seus sonhos e objetivos. No entanto, existe uma força crescente dentro de você que ninguém pode ver: chama-se autoconfiança e amor-próprio.

Não dê credibilidade às críticas dessas pessoas, tire o melhor de si, arrisque-se e confie em si mesmo. Faça o que você acha que deve fazer, tome suas próprias decisões sem a necessidade de buscar aceitação externa. Lembre-se, você tem capacidade, é inteligente e muito corajoso.

Anthony Robbins, autor do livro The Power of Now, explica que a única maneira de melhorar sua autoestima é fazendo coisas difíceis, forçando-se a fazer coisas além do que você acha possível. Quando consegue e age pensando em suas decisões e convicções, sentirá orgulho e estima por si mesmo.

2. Os erros são aprendizados

Diga-me, quem você conhece que nunca errou? Certamente ninguém, já que somos todos pessoas imperfeitas que aprendem com os erros e fracassos. Por mais que ouça que “não deve fazer tal coisa” ou “isso não é para você” ou “você não consegue”, você deve tirar isso da cabeça e ignorar a negatividade que o cerca.

Afaste o medo, as dúvidas e a incerteza para agir e fazer as coisas, por mais que lhe digam que não é capaz de alcançar seus objetivos. Para isso, recomendo limpar seu caminho, fazer uma lista dos seus maiores medos, das queixas que você faz de si mesmo, das pessoas que o ajudam e das que atrapalham.

3. Trabalhe sua autoestima

Quando você se sente vulnerável, incapaz, inseguro e com medo, certamente o nível de sua autoestima está baixo, pois acabou se esquecendo de quem você é, de seu conhecimento, habilidades e destrezas que o tornam único e especial neste mundo. Portanto, você é suscetível às críticas dos outros, o que faz com que você se infecte com essa atitude e pensamentos ruins.

Lembre-se de andar com as pessoas certas, as que tenham o jeito de pensar, de sentir e agir compatível com o seu, pois elas podem influenciar sua mente, tornando-o mais forte do que você é, motivando-o a alcançar seus sonhos.

Como diz Francisco Alcaide, especialista em motivação e liderança, “nosso ambiente determina em grande parte o auge do nosso sucesso. Em bons ambientes, o talento se expande e abre suas asas; nos ruins, o talento encolhe e parece pequeno”.

4. Ignore

Como minha avó costumava dizer, “Às vezes, é melhor fazer ouvidos moucos”. Não dê importância às críticas de pessoas que não sabem do que estão falando, pois elas adoram dar conselhos sem ter a mínima ideia do que está acontecendo. Ninguém pode julgá-lo pelo que você é ou por como age, pois todos temos perspectivas diferentes de cada situação.

Refiro-me a que, para os outros, suas ações ou comportamentos são equivocados, mas para você é a melhor coisa que poderia ter feito. Portanto, confie em sua intuição e ignore as críticas que podem destruir sua integridade ou objetivos.

Uma coisa é a crítica construtiva, que pode ajudar você a crescer e melhorar; outra coisa é a crítica com más intenções, que o afasta de seus sonhos e o destrói. Busque o apoio de pessoas que lhe dão incentivo, que o motivam e não tentam mudar sua maravilhosa essência.

Traduzido e adaptado por Erika Strassburger, do original La actitud se contagia: Aléjate de las críticas destructivas

Adriana Acosta Bujan

Adriana Acosta estudou comunicação, é mãe de um adolescente, e atualmente se dedica em ensinar e pesquisar em nível universitário em Puerto Vallarta. Publica seus textos esperando que ajude as pessoas com suas vivências úteis.