AVC: sinais de que você pode ter um no futuro
Você sabe o que é o AVC e quem tem maior risco de sofrer um ainda que no futuro? Informação ainda é a melhor prevenção.
Stael Ferreira Pedrosa
Acidente Vascular Cerebral, ou o “Derrame” como é popularmente conhecido, é um dos assassinos que mata centenas de pessoas diariamente. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, este índice é de aproximadamente 100 mil casos por ano. O AVC pode ser isquêmico ou hemorrágico e o que é mais assustador é que pode ser evitado.
O AVC acontece quando há algum impedimento da oxigenação cerebral através do fluxo sanguíneo. Seja por um entupimento (AVC isquêmico) ou rompimento dos vasos sanguíneos (AVC hemorrágico), a parte afetada morre e com isso os movimentos e funções associados a essa parte do cérebro também são afetados, causando paralisia, fala enrolada, intensa dor de cabeça, entre outros.
Segundo o neurologista Leandro Teles, médico do Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, “O derrame não surge do nada, geralmente é fruto de disfunções anteriores que levam ao aumento no risco de oclusão de um vaso ou seu rompimento”.
Embora existam riscos impossíveis de serem controlados, existem muitos outros que dizem se uma pessoa está em risco de vir a sofrer um AVC e que podem ser controlados, evitando o ataque.
Sinais de que você pode vir a ter um AVC
Casos de AVC na família
Se seu pai teve um AVC aos 65 anos, você tem duas vezes mais probabilidades de ter também na mesma idade.
Caso tenha acontecido em sua família, não é possível remover esse risco totalmente, mas pode-se amenizar através de controle da pressão arterial, realização de exercícios físicos, manutenção de peso saudável, diminuição da ingestão de sal e evitar o tabagismo.
Seu colesterol LDL é alto
Segundo o Ministério da Saúde, o colesterol alto é responsável por mais de 180 mil internações por ano e é um dos maiores fatores de risco para o AVC. Uma dieta pobre em sal, açúcar e gorduras, além de prática de exercícios físicos moderados, e evitar tabaco e álcool pode ajudar a baixar o colesterol LDL e propiciar maior dilatação das artérias (o cigarro é vasoconstritor e estreita as artérias).
Você tem hábitos nocivos
Fumar, beber, ter vida sedentária, usar drogas, ter alimentação rica em sal e açúcar, dormir em excesso são hábitos que levam ao AVC. Quanto mais cedo a pessoa adquire hábitos mais saudáveis, maiores as chances de evitar um derrame.
Sua pressão arterial é alta
Muitas pessoas nem sabem que têm hipertensão arterial, pois costuma ser uma doença insidiosa e assintomática. No entanto, é uma doença que lesa órgãos internos, causando insuficiência cardíaca, danos visuais, problemas renais, infarto e AVC. Por isso é chamada de “assassino silencioso”.
Quem tem essa doença não pode simplesmente ignorá-la. É necessário tomar os medicamentos prescritos pelo médico e não o suspender por conta própria. Ter um peso saudável, evitar álcool, tabaco e limitar a ingestão de sal, são fundamentais para o controle da pressão arterial.
Você tem diabetes
A diabetes é o segundo maior responsável pelo AVC. 6 em cada 10 diabéticos morrem de infarto ou derrame. A diabetes provoca alterações nas paredes internas dos vasos sanguíneos que irrigam os órgãos e tecidos do corpo, o que pode causar acúmulo de gordura e bloquear o fluxo sanguíneo que alimenta o cérebro e ou o coração. Associado ao risco de doenças cardíacas na família, a diabetes é certamente a maior causa de AVC.
Você tem outros casos de doenças cardíacas na família
Doença cardíaca é um termo geral que faz referência a diversos problemas que afetam uma ou mais partes do sistema cardíaco e impede seu correto funcionamento. Se há na sua família doenças como angina, colesterol alto, arritmia cardíaca, cardiomiopatia, estenose mitral, hiper ou hipotensão, insuficiência cardíaca ou casos de AVC e ou Infarto, suas chances são grandes de vir a ter AVC.
Sofreu lesões de cabeça ou pescoço
Independente de história familiar, doenças e comorbidades relacionadas ao AVC, as lesões de cabeça e pescoço podem levar ao AVC em qualquer idade, inclusive crianças e jovens. Segundo uma pesquisa feita na Universidade da Califórnia em São Francisco, entre pacientes atendidos na emergência com lesão de cabeça e pescoço, cerca de 11 crianças em cada 100.000 acidentadas, e 48 adultos em cada 100.000, sofriam um acidente vascular cerebral no espaço de quatro semanas. A causa é que a lesão pode afetar os vasos e interromper a irrigação sanguínea adequada ao cérebro.