Casais de sucesso: não existe amor sem bondade

A amabilidade é alimento para a alma e felicidade para quem está perto de nós.

Erika Otero Romero

Quando se trata de amor, não há nada fácil. Desde o momento que uma relação amorosa começa até o último dia em que o casal fica junto, o amor é um desafio.

Costuma-se pensar que a conquista termina no dia que o casal diz “sim” frente ao altar. Este é um erro muito grave e leva muitos casamentos a extinguirem-se após alguns anos de convivência.

Os casamentos que duram mais são aqueles em que ambos procuram estar atentos às necessidades emocionais de seu parceiro. E agir assim deveria ser óbvio. Quando decide partilhar a sua vida com alguém, você o faz porque realmente quer ter um lar e criar uma família; caso contrário, escolheria ficar sozinho.

Os detalhes com o passar dos anos

Ser detalhista durante o período da conquista é algo que se dá de maneira natural; e mais, até as pessoas menos detalhistas sabem que isso é essencial para estabelecer as bases de uma futura relação.

É claro que ser detalhista não se resume a dar presentes de ordem material. O detalhe nas relações implica também estar atento às necessidades emocionais do casal.

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O problema é que quando a relação já está estabelecida, essas atenções e amabilidade ficam em segundo plano. A conquista nunca acaba, e essa é a maior omissão que as pessoas fazem quando se casam.

Que os detalhes vão declinando nem é o pior. O triste é que, ao dar a relação por estável, basicamente se esquecem de expressar amor.

Não é questão de saturar diariamente e a cada hora com um” te amo” ou uma flor; não, é saber ler o que seu parceiro lhe diz sem expressar uma só palavra. É ser consciente das coisas que se faz e que deixa de fazer e que afetam o seu parceiro.

Os detalhes também se escondem em uma expressão sincera de arrependimento quando você está ciente de que fez algo errado.

O orgulho, o maior problema de convivência matrimonial

Muitos dos problemas que surgem entre os seres humanos se devem ao orgulho.

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Não há nada de errado em se amar e ter uma boa autoestima. O problema é quando se sentir superior ao seu parceiro, isso pode fazê-lo tratar o outro de forma déspota e até mesmo o ignorar.

Ignorar o parceiro quando há problemas é abuso e violência emocional. Quem ama o parceiro irá tratá-lo como uma parede? É doloroso, para quem vive essa situação, que seu par faz de conta que ele “não existe”. É dilacerante. O que torna tudo ainda mais frustrante é que aqueles que castigam com indiferença acreditam que esse tratamento não é violento.

É até justificável que, durante uma discussão, uma das partes decida afastar-se para acalmar os ânimos. O que não está certo é ignorar o cônjuge por estar com o ego ferido.

O normal deveria ser que, depois de ter conseguido se acalmar, tentasse remediar o problema. Você pode amar-se muito, mas enquanto se ama, deve amar também o seu parceiro.

Dar como certo, outro grande problema matrimonial

Não há nada mais arriscado para um casamento do que considerar o relacionamento garantido e estável.

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Estar casado com alguém vai além de uma cerimônia diante de um altar ou em um tribunal; essas são meras legalidades. O que torna um casal casado é o nível de compromisso, respeito e responsabilidade que ambos se dedicam.

Não faz sentido dizer “sou casada com um cara”, quando essa pessoa a ignora a maior parte do dia.

Outra falha de dar por garantido, é acreditar que, por estar casado, não há necessidade de ser amável. Ser atencioso com seu parceiro não é o mesmo que ser subserviente; são duas coisas muito diferentes.

É uma questão de ler nas entrelinhas as necessidades da pessoa que você ama. Ainda que pareça insignificante oferecer um copo com suco ao seu parceiro que chega cansado, é um ótimo ato. Ele não está lhe pedindo para lavar seus pés como se você fosse um(a) escravo(a), é só uma questão de atenção. Se você faz para uma visita, porque não para o seu parceiro?

Sua mulher não espera um buquê de rosas toda semana; no entanto, quer que você seja capaz de captar que precisa de um pouco de atenção de sua parte.

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Não é questão de joias, doces e bichos de pelúcia; mas que você seja capaz de consolá-la quando está triste. Você pode perceber quando o outro precisa falar sobre suas frustrações de trabalho. Ele quer ser ouvido e atendido; e isso não é pedir muito.

Ser gentil é uma questão de atitude

Para uma pessoa que costuma ter uma boa atitude não é estranho ser amável. Além disso, a amabilidade é a melhor expressão de amor pelos outros. Não custa nada tratar as pessoas bem, e deveria custar menos ainda tratar o seu parceiro com amabilidade.

Ser amável é questão de atitude. É querer ser gentil e oferecer um ombro para repousar e uma palavra amável de consolo. Não custa nada fazê-lo todos os dias. Além disso, não só faz de você um melhor cônjuge; é alimento para seu próprio ser e um exemplo para seus filhos e para aqueles que o observam.

Traduzido e adaptado por Stael Pedrosa do original Parejas exitosas: no existe el amor sin la amabilidad

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Erika Otero Romero

Erika é psicóloga com experiência em trabalhos comunitários, com crianças e adolescentes em situação de risco.