Casamento destruído? 7 dicas que funcionam para recomeçar
Por que os casamentos acabam? Seria possível identificar as falhas que causam a ruína de um casamento? Existem modos de se recomeçar um casamento? Aqui você encontra todas as respostas.
Jarleyde Andressa Sales de Oliveira
Em nenhum outro momento da história da humanidade foi tão necessário olhar para as famílias como tem sido agora. Atualmente, as famílias são o alvo principal das maldades mundanas. É muito frequente vermos casamentos destruídos e famílias desfeitas pelo divórcio, que aliás, parece ser a palavra da vez.
Por que os casamentos acabam? Seria possível identificar as falhas que causam a ruína de um casamento? Existem modos de se recomeçar um casamento?
Se você tem passado por momentos angustiantes em seu casamento ou conhece alguém nessa situação, você precisa ler as sete sugestões que separamos para você. São dicas para começar de novo, que funcionam.
As sete dicas que escolhemos encontram-se baseadas no “Apólogo dos dois escudos”, de autoria desconhecida:
“No tempo da cavalaria andante, dois cavaleiros armados, tendo vindo de partes opostas, encontram-se numa encruzilhada em cujo vértice se via ereta uma estátua da Vitória, a qual empunhava numa das mãos uma lança, enquanto a outra sobraçava um escudo. Como se tivessem estacados, cada um de seu lado, exclama, ao mesmo tempo: – Que rico escudo de ouro! – Que rico escudo de prata! – Como de prata? Não vês que é de ouro? – Como de ouro? Não vês que é de prata? – O cavaleiro é cego. – O cavaleiro que não tem olhos. Palavra puxa palavra, eis que arremetem um contra o outro, em combate singular, até caírem gravemente feridos. Nisso, passa um camponês que, depois de tratar a ambos com toda caridade, inquire deles o motivo da contenda. – É que o cavaleiro afirma que aquele escudo é de ouro. – É que o cavaleiro afirma que aquele escudo é de prata. – Pois, meus irmãos, observou o camponês, ambos tendes razão e nenhum a tendes. Todo esse sangue se teria poupado, se cada um de vós tivésseis dado ao incômodo de passar um momento ao lado oposto. De ora em diante, nunca mais entreis em pendência sem haverdes considerado todas as faces da questão.”
Eis as dicas:
Dica 1 – Compreender as diferenças
Em um casamento, somos cavaleiros vindos de partes opostas, com culturas e tradições diferentes. E o primeiro passo para os que estão interessados em reconstruir seus casamentos é compreender essas diferenças e entender que ambos têm muito a contribuir, de maneiras distintas.
Dica 2 – Apreciar o casamento
Na história citada, ambos os cavaleiros param tão somente para apreciar a belíssima estátua. Eles apreciam suas qualidades, sua história, sua essência, seus valores, etc. Devemos apreciar nosso casamento, olhando-o com zelo e admiração por tudo o que ele significa para nós. Aos que procuram reerguer a “estátua” de seus casamentos, é necessário apreciar e relembrar a importância dele.
Dica 3 – Observar as pequenas coisas
Os cavaleiros da história, que num momento inicial pareciam concordar com o fato de a estátua ser merecedora de admiração, mal percebem o momento inicial da discordância. O que parecia uma coisa tola, como de que era constituído o escudo que a estátua empunhava, tornara-se algo fora de controle. Reconstruir um casamento significa repensar nas pequenas coisas, pois “é por meio de coisas pequenas e simples que as grandes são realizadas”.
Dica 4 – Escolher o certo
Cada cavaleiro estava consciente do poder de ferir um ao outro, de que ambos possuíam e podiam ter escolhido não combaterem de modo tão grave, a ponto de caírem gravemente feridos. No casamento também temos o “poder” de machucar gravemente nosso cônjuge. Mas ao tentar recomeçar, devemos fazer a escolha certa de protegê-lo, principalmente nas suas piores fraquezas. Sabemos que estamos num campo de batalha, mas o inimigo não é nosso cônjuge, devemos ser aliados contra os males do mundo.
Dica 5 – Conversar com alguém
Em nossa história, o camponês tornou-se uma peça fundamental para solucionar o impasse dos dois cavaleiros, pois ele tratou-os com caridade e, além disso, teve o cuidado de conhecer o motivo da desavença antes de aconselhá-los. Quando estamos reconstruindo nosso casamento, é normal e saudável conversarmos com outras pessoas, mas precisamos ter o cuidado de escolher sabiamente os nossos aconselhadores, que deve ser alguém de confiança e que esteja realmente disposto a ajudar, como terapeutas de casais ou líderes religiosos.
Dica 6 – Estar dispostos a ouvir
O fato de procurarmos por bons aconselhadores de nada adiantará, se não estivermos dispostos a ouvir suas sábias palavras. Precisamos entender que a pessoa está realmente querendo nos ajudar, e possui conselhos que podem ser de grande valia na reconstrução de nosso casamento. Seus conselhos podem nos fazer refletir sobre nossos erros e como podemos minimizá-los.
Dica 7 – Colocar-se no lugar do outro
Um terrível embate teria sido poupado se ao menos um dos cavaleiros tivesse tido o trabalho de passar para o lado oposto e observar o outro lado do escudo que a estátua empunhava. Precisamos ter o sentimento de empatia em nosso casamento, e isso requer que nos coloquemos frequentemente no lugar de nosso cônjuge. Cada um dos cônjuges precisa ter a firme decisão de passar para o outro lado para tentar ver cada questão como o outro a vê, essa atitude pode impedir que divórcios aconteçam.
Agora é hora de colocar em prática as sete dicas para recomeçar seu casamento. Acreditamos que se ambos os cônjuges estiverem dispostos a tentar, o final será feliz. Como conselho final, indicamos as seguintes palavras de Gerald G. Jampolsky, um renomado psiquiatra e especialista em casamentos, “[…] quando nos livramos do medo de sofrer e perdoamos, sentimos amor total e comunhão com o outro.”
Tenha um feliz recomeço!