Comer de 3 em 3 horas não ajuda na dieta, segundo Nobel de medicina

De quantas em quantas horas você se alimenta? Está na hora de rever seus conceitos.

Renata Finholdt

Se você se preocupa com a manutenção de seu peso ou ainda é daquelas que vive tentando algo novo para poder perder alguns quilinhos, com certeza já se deparou com a informação de que deveria comer de três em três horas.

Essa informação é muito disseminada atualmente por nutricionistas que ensinam que dentro deste período é preciso ingerir algo saudável e nutritivo, como uma fruta, uma barra de cereais, queijo branco ou qualquer outro alimento que produza baixas calorias, mas que sirva para manter o corpo saciado.

Recentemente, Yoshinori Ohsumi, um biólogo celular e prêmio Nobel de medicina, apontou que essa teoria está errada.

Com base em suas pesquisas, o organismo precisa de mais tempo sem alimento para manter o peso ou até diminuí-lo, e afirma ainda que a prática de comer a cada três horas pode levar a um efeito inverso ao esperado, ou seja, quilos a mais.

O cientista aponta que nosso organismo precisa de algum tempo em jejum para que desta forma possa agir em um processo conhecido como autofagia, em que as células degradadas façam uma reciclagem e eliminem proteínas e depois se renovem.

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Este processo é conhecido há muitos anos e serviu como base para os estudos de Yoshinori.

E o que muda, então, com essa descoberta?

Se você tem o hábito de se alimentar a cada três horas, conforme indicado anteriormente e percebe que essa prática nada tem contribuído para sua perda de peso, pode buscar realizar as três maiores do dia (desjejum, almoço e jantar) ficando desta forma mais tempo em jejum, pois é assim que a autofagia em nosso organismo se inicia.

Mesmo sendo um processo involuntário, todos os dias já ficamos algumas horas em jejum, isso porque nos alimentamos à noite e depois só nos alimentaremos novamente pela manhã, no desjejum. Este tempo em “jejum” já colabora para que nosso organismo faça toda a limpeza necessária e ainda contribua para a prevenção de algumas doenças. Para que este processo seja ainda melhor, a alimentação noturna deve acontecer cedo, contribuindo para que o período de jejum seja ao menos de doze horas.

Outros estudos anteriores ao do ganhador do prêmio Nobel, também apontavam que o hábito de comer a cada três horas não contribuía com o emagrecimento e podia favorecer o ganho de peso. Yoshinori veio confirmar essa teoria.

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Fato é que a população do mundo atualmente anda mais obesa do que nunca, fazem mais refeições por dia do que o indicado e sofrem as consequências com o aumento das doenças relacionadas à obesidade.

É hora de rever os conceitos e cuidar melhor de nossa saúde!

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Renata Finholdt

Renata Finholdt é formada na área de Recursos Humanos com enfâse em treinamentos.